
O telesc�pio russo que est� sendo montado no Observat�rio do Pico dos Dias, em Braz�polis (MG), vai come�ar a operar no fim deste m�s. Segundo o Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia, Inova��es e Comunica��es (MCTI), o processo de montagem, que come�ou em novembro do ano passado, est� na reta final.
O telesc�pio ser� voltado para o monitoramento de lixo espacial e para diagnosticar poss�veis colis�es com a Terra. A sua instala��o � resultado de um acordo assinado em abril do ano passado com a Ag�ncia Espacial Russa, que se comprometeu com um investimento estimado em R$10 milh�es. Em contrapartida, o Brasil ofereceria estrutura para opera��o do equipamento, al�m de arcar com os custos de energia e internet, entre outros.
A parceria faz parte da segunda etapa de uma pesquisa desenvolvida pela R�ssia, que j� tem em seu territ�rio um telesc�pio voltado para o mapeamento de lixo espacial. Os russo buscavam um parceiro do Hemisf�rio Sul e encontraram condi��es favor�veis no Observat�rio do Pico dos Dias, que � gerenciado pelo Laborat�rio Nacional de Astrof�sica, vinculado ao MCTI.
A posi��o geogr�fica � um dos fatores que contribuiu para a escolha do local. Os telesc�pios no Brasil e na R�ssia estar�o em uma posi��o que possibilitar� a captura de imagens complementares. Al�m disso, a regi�o tem um c�u que favorece a observa��o.
O Observat�rio do Pico dos Dias est� situado a cerca de 1,8 mil metros de altitude. Ele j� tem mais quatro telesc�pios. O equipamento russo ser� o mais avan�ado em funcionamento no Brasil. Com 75 cm de abertura, ele ter� campo de vis�o mais abrangente e ser� capaz de mapear �rea maior que qualquer outro instalado em solo nacional.
Benef�cios
Um dos benef�cios da parceria para o Brasil � permitir que ele possa se preparar melhor para o lan�amento de sat�lites, uma vez que ter� dados mais detalhados dos percursos do lixo espacial. H� in�meras pe�as grandes viajando na �rbita da Terra e suas trajet�rias precisam ser observadas para prevenir um impacto que pode ser destruidor. Atualmente, para colocar em �rbita um novo equipamento, o Brasil precisa seguir recomenda��es da Nasa, a ag�ncia espacial norte-americana. No entanto, a ag�ncia n�o fornece informa��es detalhadas. Com o novo telesc�pio, haver� mais elementos para escolher a melhor �rbita.
As imagens geradas pelo equipamento tamb�m v�o contribuir com a pesquisa brasileira, favorecendo estudos sobre asteroides, cometas e estrelas. Todos os dados e fotos ficar�o dispon�veis para a comunidade cient�fica. Os interessados precisar�o fazer uma requisi��o ao Laborat�rio Nacional de Astrof�sica.