
Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil da capital (Comdec), o muro separa a ocupa��o da empresa Minas Tecnologia Industrial Avan�ada. A estrutura foi constru�da sobre um muro de arrimo e tem cerca de 2 metros de altura e 40 metros de extens�o. Conforme o �rg�o, escava��es e movimenta��o de terra na base do muro podem ter potencializado a ocorr�ncia do desabamento.
Al�m dos barrac�es atingidos, outros oito im�veis abaixo da estrutura est�o em risco. Um trecho de 10 metros de extens�o do muro ainda est� de p�, apresentando inclina��o e uma fissura horizontal na base. “A vistoria constatou que ap�s o sinistro, � alto o risco de desabamento do restante do muro e de escorregamento de terra nas �reas do desabamento, sendo necess�rio o isolamento das moradias da ocupa��o vizinhas ao muro de divisas”, explica a Defesa Civil, por meio de nota.

Com a chegada da manh�, foi poss�vel ter uma ideia dos estragos nos barrac�es ocupa��o. M�veis, eletrodom�sticos e documentos se perderam. Os moradores conseguiram escapar sem ferimentos, mas uma cadela e tr�s filhotes de gato morreram no desabamento.

O pintor industrial Thiago Rodrigues Neves, de 30 anos, era dono do �nico im�vel de alvenaria nas proximidades do muro. A moradia, onde vivia com a esposa, dois filhos, uma cunhada e um sobrinho, foi completamente destru�da. Para Thiago, o dono da empresa vizinha conseguiu evitar uma trag�dia ao se reunir com os moradores no domingo e falar do risco de desabamento. “Ele estava fazendo a reforma no muro e pediu que os moradores se retirassem porque ele mesmo se preocupou. A gente acatou o pedido que o propriet�rio da empresa fez. Gra�as a isso n�o teve nenhuma v�tima.”, explica.
Ap�s o aviso, os moradores da divisa com a empresa sa�ram dos barrac�es. Thiago e sua fam�lia foram para um c�modo provis�rio bem distante do muro. “Ele pediu no domingo que a gente fosse para um lugar mais seguro porque tinha risco de cair por causa das chuvas. Foi at� bom da parte dele porque a gente que � morador e est� na parte de baixo n�o tem a no��o e a vis�o que o propriet�rio da empresa tinha. Foram s� danos materiais mesmo. O mais importante que � a vida ningu�m perdeu”, comenta.