
Segundo Carvalho, essa � uma das medidas que o Conselho de Criminologia e tamb�m o Conselho Penitenci�rio est�o propondo para tentar reduzir a superlota��o carcer�ria. O desembargador defendeu tamb�m a mudan�a da mentalidade encarceradora que, segundo ele, n�o produziu resultados efetivos para a garantia da seguran�a p�blica. “Pelo contr�rio. O que vemos � um aumento do n�mero de presos em todo o pa�s e uma escalada da viol�ncia”.
Para Carvalho, a redu��o do n�mero de presos provis�rios, que muitas vezes cumprem penas superiores � condena��o imposta ao final do julgamento, � fundamental para diminuir o “funil do sistema penitenci�rio”. Segundo ele, o ritmo de constru��o das penitenci�rias n�o segue o mesmo do encarceramento.
O presidente do Conselho Penitenci�rio de Minas Gerais, Bruno C�sar Gon�alves da Silva, tamb�m defendeu o uso das tornozeleiras e mudan�as na forma��o dos agentes penitenci�rios que hoje, em sua avalia��o, � muita militarizada, contribuindo pouco para a ressocializa��o dos detentos. Al�m disso, ele defende a altera��o do decreto de indulto publicado pelo governo federal no fim do ano. O decreto, alvo de cr�ticas por parte de diversas entidades que trabalham no sistema penitenci�rio, praticamente acabou com a comuta��o da pena. Na avalia��o de Silva, o decreto vai na contram�o de tudo que foi discutido e aprovado pelo Conselho Penitenci�rio Nacional e tende a contribuir para a superlota��o, j� que acaba com a possibilidade de redu��o da pena para presos com bom comportamento e que n�o tenham sido condenados por crimes graves e hediondos.
