A Pol�cia Civil deve investigar as circunst�ncia de um epis�dio de viol�ncia envolvendo um padre de S�o Sebasti�o do Oeste, Centro-Oeste de Minas Gerais. Na �ltima segunda-feira, Cl�ver Geraldo de Souza, de 55 anos, foi encontrado ferido no quarto de um motel na MG-050, em Divin�polis, na mesma regi�o. O padre disse ter sido v�tima de um assalto.
Diante da den�ncia, os militares foram at� o motel para checar a veracidade do caso. Eles foram recebidos pelos funcion�rios, que contaram que dois homens entraram no local �s 22h30 de domingo em um carro, pediram um quarto e, ap�s consumirem bebidas alco�licas, ficaram mais 40 minutos. Depois desse per�odo, o motorista pagou a corrida e saiu do motel em alta velocidade.
Conforme o boletim de ocorr�ncia, �s 6h de segunda, uma funcion�ria da limpeza encontrou o quarto trancado e percebeu que havia uma pessoa l� dentro. A porta s� foi aberta com a ajuda de um chaveiro. Foi quando os funcion�rios encontraram o homem ferido. Segundo a PM, os funcion�rios disseram que ofereceram aux�lio � v�tima para ir a um hospital ou chamar a pol�cia, mas ele recusou. Assim, o taxista foi acionado.
Ainda naquele dia, a PMRv foi informada que o padre Cl�ver havia dado entrada no Hospital Santa M�nica, v�tima de roubo e espancamento. Conforme os policiais, o religioso disse que havia sido assaltado perto da MG-050. Ele contou que estava em seu Siena e, ao reduzir a velocidade para passar por um quebra-molas, foi abordado e agredido por um desconhecido, que levou o carro e sua carteira com documentos e cart�o de cr�ditos. O padre disse n�o se lebrar de mais nada ap�s o ocorrido. Ainda de acordo com a PM, o padre tinha uma marca de tentativa de enforcamento no pesco�o por uso aparente de corda, e que o objeto foi encontrado no quarto do motel. A per�cia da Pol�cia Civil n�o foi ao estabelecimento porque o local do crime n�o estava preservado, j� que os funcion�rios lavaram o quarto do motel.
IGREJA SE PRONUNCIA A Arquidiocese de Divin�polis, respons�vel pela Par�quia S�o Sebasti�o, administratada pelo padre Cl�ver, divulgou uma nota sobre o caso na manh� desta quarta-feira. O texto, de 7 de fevereiro, � assinado pelo bispo diocessano dom Jos� Carlos de Souza Campos. Ele diz que soube dos acontecimentos, “como narrados pela imprensa local e segundo o BO lavrado na ocasi�o”, na tarde passada durante uma reuni�o em Belo Horizonte.
Dom Jos� Carlos diz que a Arquidiocese repudia qualquer forma de viol�ncia, independente dos autores, alvos e circunst�ncias. “Lamentamos, imensamente, not�cias desta natureza, pois revelam e atraem as aten��es e os �nimos sobre as mazelas dos membros da Igreja Cat�lica. Esta n�o � a primeira nem ser� a �ltima vez, infelizmente”, diz o religioso. Ainda segundo o bispo, “ sobre as circunst�ncias, as motiva��es e os detalhes do evento, nada temos a dizer. Estes esclarecimentos, justificativas e informa��es cabem ao padre”. Leia a nota na �ntegra:
SOBRE OS EVENTOS ENVOLVENDO PE. CL�VER GERALDO DE SOUSA.
Soube dos acontecimentos, como narrados pela imprensa local e segundo o BO lavrado na ocasi�o, estando eu numa reuni�o da CNBB Leste II, em Belo Horizonte, na tarde da ter�a-feira (07). Diante dos relatos, temos a declarar:
1) Repudiamos toda e qualquer forma de viol�ncia, independentemente de quem sejam seus autores, seus alvos e suas circunst�ncias;
2) Lamentamos, imensamente, not�cias desta natureza, pois revelam e atraem as aten��es e os �nimos sobre as mazelas dos membros da Igreja Cat�lica. Esta n�o � a primeira nem ser� a �ltima vez, infelizmente. Isso incomoda, mesmo sabendo que estas fraquezas est�o por toda parte, mas n�o deveriam marcar a vida de quem desejou e escolheu livremente um caminho de vida exemplar e testemunhal no seguimento de Jesus;
3) Sobre as circunst�ncias, as motiva��es e os detalhes do evento, nada temos a dizer. Estes esclarecimentos, justificativas e informa��es cabem ao padre;
4) Em se tratando de comportamento comprovadamente il�cito e imoral, haveremos de tomar as medidas e aplicar as penalidades cab�veis, mas fora do �mpeto do momento, das solicita��es externas e depois de ouvirmos suficientemente o padre. Certamente, o padre n�o estar� � frente de alguma par�quia por ora. E ser� ajudado diante das suas demandas humanas e vocacionais.
5) Pe�o a todos ora��es pelo sacerdote e pela nossa Igreja. Que a ora��o de uns pelos outros nos converta a todos.
Divin�polis, 07 de fevereiro de 2017.
Dom Jos� Carlos de Souza Campos.
Bispo Diocesano de Divin�polis-MG.