A Lagoa da Pampulha, por exemplo, est� a apenas 600 metros do local; o Zool�gico, a 1,5 quil�metro; o Parque Ecol�gico da Pampulha, a 1,8 quil�metro; a Associa��o Atl�tica Banco do Brasil e o Pampulha Iate Clube, a 2 quil�metros. Um grande n�mero de eventos pr�-carnavalescos e de lazer tamb�m est� programado para a regi�o a partir de hoje. Em vista dessa situa��o, a secretaria recomenda que os belo-horizontinos se vacinem nos 150 postos de sa�de, e anuncia ter recebido nesta semana mais 400 mil doses do imunizante, totalizando 680 mil doses. Desde o in�cio do ano, 235.304 pessoas se vacinaram na capital mineira. No estado, j� foram notificados 987 casos humanos de febre amarela, com 163 mortes suspeitas e 68 confirmadas.
A Grande BH ainda n�o tem registro de caso humano da doen�a, mas tamb�m foram identificados macacos mortos pelo v�rus nas outras duas maiores cidades da regi�o metropolitana – Betim e Contagem. Nesta �ltima, o caso foi registrado no Bairro Petrol�ndia. Na primeira, no Petrovale. Em ambos os munic�pios, postos de sa�de nas comunidades afetadas estar�o abertos hoje para vacina��o. Na capital, por�m, n�o haver� escala de plant�o para esse fim.
Em Belo Horizonte, a resid�ncia onde o macaco infectado foi encontrado morto e os im�veis em um raio de 200 metros s�o considerados a �rea de maior aten��o pelas autoridades sanit�rias. Por todas as ruas da vizinhan�a � frequente a visita de agentes de zoonoses da prefeitura, procurando por focos do mosquito Aedes aegypti, que entre outras doen�as pode transmitir a febre amarela, ao picar macacos contaminados e depois humanos. T�cnicos da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) tamb�m percorreram essa zona de alerta para orientar sobre focos de dengue e proceder �s buscas ativas e capturas de macacos.
Logo que o exame laboratorial confirmou que o sagui morreu de febre amarela, a equipe de controle de zoonoses realizou uma opera��o pente-fino, com vistorias minuciosas para identifica��o e elimina��o de criadouros e focos de mosquito em 160 im�veis vizinhos no Copacabana. Agentes comunit�rios de sa�de realizaram visitas domiciliares, orientando que os moradores da regi�o fossem se vacinar contra a doen�a e o Grupo de Arte e Mobiliza��o – Mobiliza SUS-BH promoveu nos dias 1º, 7 e 8 deste m�s atividades de mobiliza��o de combate ao Aedes aegypti no entorno da �rea de abrang�ncia onde foi encontrado o macaco.
Na rua onde o animal foi recolhido, a vizinhan�a conta que era frequente a presen�a de bandos de saguis, que n�o apenas eram admirados quando passavam para se alimentar nas �rvores frut�feras de quintais e jardins, como tamb�m recebiam alimentos dos moradores. “J� contei 16 macaquinhos, alguns filhotinhos que ficam agarrados nas costas dos pais. Mas minha patroa j� mandou n�o dar mais comida para eles, justamente por causa da febre amarela. De uns tempos para c�, o n�mero deles tem diminu�do. Na �ltima quarta-feira, s� apareceram dois”, conta o mestre de obras Ant�nio Carlos de Oliveira, de 65 anos, morador do bairro.
ARMADILHAS Para tentar capturar macacos e fazer exames neles, armadilhas foram colocadas em v�rias casas, inclusive na de Ant�nio Carlos. Na casa do advogado Reginaldo Salvino, de 43, a armadilha colocada dentro da garagem pelos agentes de zoonoses foi para capturar mosquitos Aedes aegypti. Na quinta-feira foram instaladas 30 ovitrampras na regi�o onde o macaco foi recolhido. S�o armadilhas com cor e cheiro que permitem atrair a f�mea do mosquito e possibilitam avaliar a concentra��o de ovos do tramissor. As amostras ser�o encaminhadas para an�lise na pr�xima semana.
O morador da casa onde o sagui contaminado foi descoberto n�o estava no im�vel ontem e teria viajado, segundo informa��es de vizinhos. O homem, ainda de acordo com a vizinhan�a, seria um dos que mais prazer tinham em alimentar os bandos de micos que chegam pela fia��o el�trica, sobem em �rvores, escalam telhados e muros. Dava bananas e outras frutas que cultiva em seu quintal para os animais, colocando-as nas grades do seu jardim.
“� muito importante que a popula��o entenda que esses primatas n�o apresentam riscos para a sa�de humana, e que n�o transmitem a febre amarela. Pelo contr�rio, os animais doentes ou mortos que s�o encontrados s�o um importante sinal para a vigil�ncia de poss�veis doen�as”, destacou a secretaria, por meio de nota. A notifica��o de morte de macacos ou de esp�cimes doentes pode ser feita por qualquer pessoa � Secretaria de Sa�de de cada cidade, e deve ocorrer o mais brevemente poss�vel, para que provid�ncias possam ser tomadas.
VIGIL�NCIA NOTURNA Na pr�xima semana, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, ser� iniciada a instala��o de telas com inseticidas na Unidade de Pronto-Atendimento Venda Nova. O bloqueio tem o objetivo de impedir a entrada do mosquito na UPA, protegendo usu�rios e trabalhadores. Em parceria com a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), ser�o realizadas visitas noturnas � Regi�o de Venda Nova, para vistoriar im�veis sempre encontrados fechados pelos agentes de combate a endemias durante o dia.