Qual a rela��o entre destrui��o ambiental e o surto de febre amarela, que j� matou 69 pessoas em Minas Gerais neste ano? O Estado de Minas foi atr�s da resposta e o resultado est� no v�deo “O que a febre amarela nos mostra”, divulgado na sexta-feira, dia 10, e que, at� a noite desta segunda-feira, j� havia alcan�ado 1 milh�o de pessoas apenas na p�gina do EM no Facebook.
O v�deo educativo, publicado primeiro na p�gina do EM, teve mais de 10,3 mil compartilhamentos e 1,6 mil rea��es, compartilhado por leitores, escolas e ONGs ambientais. O n�mero de visualiza��es superou os 300 mil em menos de tr�s dias. Na p�gina do portal Uai, foram mais 800 compartilhamentos, com 158 mil pessoas alcan�adas.
O v�deo foi gravado em est�dio na tarde da �ltima sexta-feira. O roteiro � de Renan Damasceno, imagens e edi��o de Fred Bottrel, narra��o de Liliane Corr�a e arte de Quinho, que ilustrou os 3 minutos de v�deo em frente �s c�meras em pouco mais de duas horas.
O EM conversou com infectologistas e primatologistas, que apontam dois fatores como hip�teses da dissemina��o da doen�a: a devasta��o da Mata Atl�ntica e o descuido com vacina��o, a �nica forma de ficar livre da febre.
Para o primatologista S�rgio Lucena, da Universidade Federal do Esp�rito Santo, ecossistemas mais fr�geis t�m mais chances de sofrer com a doen�a porque t�m menor diversidade. Isso significa menos predadores dos mosquitos que transmitem a febre no meio silvestre – Haemagogus e Sabethes – e menos macacos, que s�o os primeiros a sofrer com a doen�a, acendendo o sinal amarelo para os humanos.
J� Carlos Starling, diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, acredita que a falta de cobertura vacinal, que n�o chega a �reas isoladas, m� conserva��o das vacinas e instabilidade pol�tica e econ�mica das regi�es afetadas tamb�m contribu�ram para o surto, que tem Minas como epicentro.