
Outra medida que o laborat�rio precisou adotar para refor�ar a produ��o da vacina da febre amarela foi alterar o planejamento em rela��o a outros imunizantes. “Alteramos o plano-mestre e postergamos a entrega da vacina tr�plice viral (contra sarampo, caxumba e rub�ola). Em vez de entrar em produ��o em fevereiro, ela vai entrar em abril”, explica o vice-diretor. Por�m, Ant�nio Barbosa afirma que a mudan�a no calend�rio n�o trar� preju�zo � popula��o, j� que h� estoque do produto no Minist�rio da Sa�de. “Essa linha de produ��o (da tr�plice viral) � compartilhada. Quando voltarmos a produzi-la, ser�o duas linhas de produ��o: a dela e a da febre amarela, que praticamente n�o para.” O imunizante contra a febre amarela � produzido em duas etapas e leva cerca de 80 dias para ficar pronto.
Apesar dos altos n�meros de doses, a atual produ��o e distribui��o da vacina n�o � recorde em Bio-Manguinhos, segundo Ant�nio Barbosa, diante do grande n�mero de casos em outros grandes surtos j� registrados no Brasil, a exemplo do ocorrido em 2009. O laborat�rio sempre exporta o que � excedente da demanda nacional. “Nossa prioridade � atender ao programa nacional de imuniza��o e ao Sistema �nico de Sa�de. Se n�o sobrar nenhuma dose, n�o exportamos, e � o que tem ocorrido no momento. N�o estamos vendendo para o exterior desde novembro”, explica. As remessas para outros pa�ses representam entre 20% e 30% da produ��o nacional. Em situa��es epid�micas, como ocorreu na �frica, em 2015, o laborat�rio chega a fazer doa��es.
Em Minas Gerais, a febre amarela j� tem 995 casos notificados, com 76 mortes confirmadas e 93 sob investiga��o. Apesar da procura que lota postos de sa�de em cidades como Belo Horizonte, o vice-diretor acredita que a produ��o atual de vacinas est� alinhada com a demanda do minist�rio, e cr� que, al�m de o surto de febre amarela silvestre estar chegando ao fim, a doen�a n�o vai se espalhar para outras �reas no pa�s, nem se urbanizar. “A febre amarela silvestre sempre existiu. A chance de uma pessoa doente ser picada por um mosquito Aedes aegypti na cidade e transmitir a doen�a existe, mas � pequena. N�s, da Funda��o Oswaldo Cruz, n�o acreditamos na urbaniza��o da doen�a. E defendemos que as pessoas se vacinem, paulatinamente, com responsabilidade e seguindo o calend�rio de vacina��o e a recomenda��o das �reas end�micas”, afirmou.

Mais R$ 8,9 mi para Minas
Minas Gerais vai receber mais recursos para intensificar as a��es de imuniza��o da popula��o contra a febre amarela. O Minist�rio da Sa�de publica hoje, no Di�rio Oficial da Uni�o, portaria autorizando a libera��o de R$ 8,9 milh�es para o estado, informou ontem, por meio de nota, o senador A�cio Neves (PSDB), que se reuniu com o ministro Ricardo de Barros e prefeitos mineiros para discutir o surto no estado. Os novos recursos se somam aos R$ 7,4 milh�es j� autorizados na quarta-feira para cobrir despesas hospitalares e ambulatoriais.