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Estado de Minas

Dom Walmor pede empenho pela justi�a e abre Campanha da Fraternidade

Na missa da quarta-feira de cinzas, arcebispo metropolitano de BH pede que popula��o ajude 'o mundo a ser mais justo'. Campanha da Fraternidade � aberta com foco no meio ambiente


postado em 02/03/2017 06:00 / atualizado em 02/03/2017 07:58

Dom Walmor Oliveira de Azevedo na celebração que marcou o início da quaresma na Serra da Piedade: para ele, período é importante para reflexão(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Dom Walmor Oliveira de Azevedo na celebra��o que marcou o in�cio da quaresma na Serra da Piedade: para ele, per�odo � importante para reflex�o (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Palavras em favor da paz, justi�a e solidariedade e contra a corrup��o, viol�ncia e descortesia. O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, celebrou a missa da quarta-feira de cinzas, �s 15h, na Serra da Piedade, em Caet�, na Grande BH, conclamando os cat�licos a “viver melhor a cidadania e a ajudar o mundo a ser mais justo”. O local escolhido para o in�cio da quaresma, que se prolongar� por 40 dias, foi a ermida do s�culo 18 que guarda a imagem da padroeira de Minas, Nossa Senhora da Piedade, esculpida por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814).

Na manh� de ontem, a Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lan�ou, em Bras�lia (DF), a Campanha da Fraternidade 2017 (CF), iniciativa anual da Igreja Cat�lica no Brasil e que envolve toda comunidade em diversas a��es pastorais. Este ano, o tema � Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida e o lema, Cultivar e guardar a cria��o (Gn 2.15). De acordo o secret�rio-geral da CNBB e bispo auxiliar de Bras�lia, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta do tema � “enfatizar as belezas e diversidades de cada bioma brasileiro, criando uma rela��o da vida com a cultura do povo que habita esses lugares”. Na Arquidiocese de Belo Horizonte, o lan�amento da CF (ver quadro) ser� s�bado, a partir das 13h, na Serra da Piedade, com missa e atividades culturais.

A missa das 13h de ontem, com o rito de imposi��o das cinzas, ocorrido em seguida � homilia, atraiu moradores da capital e munic�pios vizinhos. Segundo o arcebispo, que fez o sinal da cruz, com um pouco de cinza, na testa ou no alto da cabe�a de pessoas de todas as idades, o significado � mostrar que “somos humanos, fr�geis, e devemos reconhecer Deus como nosso pai”. Citando a frase b�blica “�s p� e ao p� retornar�s”, o arcebispo disse que a quaresma � um tempo especial e �tima oportunidade “para retornarmos a h�bitos simples, como jejuar, ficar em sil�ncio, meditar, refletir sobre os atos e ter sempre o foco em Deus”.

Jejuar, num sentido mais amplo, tem a ver com uma vis�o de mundo. “Devemos pensar se estamos usufruindo corretamente dos bens da cria��o, como diz o tema da Campanha da Fraternidade, e dos bens materiais, al�m de lembrar, em especial, dos que t�m fome. Precisamos condenar tamb�m a depreda��o e o desrespeito � natureza. Estamos, aqui no topo da Serra da Piedade, um lugar que precisa ser preservado por todos”, ressaltou o arcebispo. A missa teve a participa��o do reitor do Santu�rio de Nossa Senhora da Piedade, padre Fernando C�sar do Nascimento, e do pr�-reitor, padre Carlos Ant�nio da Silva.
A gerente comercial Cecília Fialho, o arquiteto Luciano Barbosa e os filhos saíram de BH para participar da missa: 'A imposição das cinzas é um sinal de paz', diz ela(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A gerente comercial Cec�lia Fialho, o arquiteto Luciano Barbosa e os filhos sa�ram de BH para participar da missa: 'A imposi��o das cinzas � um sinal de paz', diz ela (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

PEREGRINOS Dom Walmor ressaltou que, neste ano jubilar, est�o sendo celebrados os 250 anos de romaria ao topo do maci�o, com programa��o que ir� at� o fim de dezembro. “Na quaresma, vamos ter um per�odo de muitas peregrina��o � Serra da Piedade, que, em 2016, recebeu cerca de meio milh�o de pessoas, entre brasileiros e estrangeiros”. Ontem, com a temperatura amena no alto, bem diferente do Centro de BH, as fam�lias visitaram a ermida, que ficou lotada, com gente at� do lado de fora. “Estamos muito felizes por estar aqui. Viemos sempre � missa de domingo e trazemos os filhos. A imposi��o das cinzas � um sinal de paz. E a quaresma, um tempo de reflex�o”, disse a gerente comercial Cec�lia Fialho, ao lado do marido, o arquiteto Luciano Barbosa, e dos filhos Bernardo, de 7 anos, e Arthur, de 3, residentes no Bairro Cai�ara, na Regi�o Noroeste da capital.

O casal de namorados Gabriele Vit�ria Borges Alc�ntara, estudante, de BH, e Marcos Gomes Moreira, de Santa Luzia, trazia a cruz marcada com cinza na testa e disse que o sinal quer dizer “busca de Deus, paz, e alegria”. Os dois, visitando o local pela primeira vez, estavam acompanhados dos amigos Bruna de F�tima de Assis e Guilherme Fernando de Souza, certos de que estar no Santu�rio de Nossa Senhora da Piedade � ficar “mais perto de Deus”.

FRATERNIDADE A apresenta��o da CF 2017 ser� no Santu�rio Nossa Senhora da Piedade, lugar marcado, conforme disse dom Walmor “pelas belezas naturais, bioma �nico que re�ne as paisagens dos campos rupestres, do cerrado e da mata atl�ntica”. Portanto, ao apresentar a campanha no territ�rio dedicado � padroeira de Minas, “convocamos os crist�os a defender a fauna e a flora das montanhas do estado e que integram nossa identidade”.

PROGRAMA��O

» S�BADO

• 13h – Exposi��o de grupos que defendem o meio ambiente, com apresenta��o musical do Grupo Sonoro Despertar, formado por crian�as da Par�quia S�o Marcos, e Banda Corpora��o Musical de Nossa Senhora do Bom Sucesso, de Caet�
• 14h45 – Caminhada at� a ermida da padroeira, � qual todos v�o se reunir para a celebra��o da missa, �s l 15h, presidida pelo arcebispo dom Walmor.
• 16h - Solenidade de apresenta��o da Campanha da Fraternidade 2017


CONSTRU��O

O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, contou que a hist�ria do santu�rio da padroeira de Minas come�a no s�culo 18, com o relato de um milagre: a Virgem Maria teria aparecido para uma jovem surda, no alto da Serra da Piedade. A partir desse dia, a garota passa a falar e a ouvir, o fato se espalha rapidamente por toda a regi�o e muita chega ao topo do maci�o para rezar. O epis�dio toca o cora��o do portugu�s Ant�nio da Silva Bracarena, ent�o na col�nia para ganhar dinheiro. Mas ele se converte e decide dedicar sua vida � constru��o de uma capela no lugar onde ocorrera o milagre. O singelo templo dedicado a Nossa Senhora da Piedade come�a a ser erguida em 1767 e, mais tarde, ganha a imagem esculpida por um jovem de Ouro Preto, depois reconhecido como mestre do Barroco mineiro – Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.


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