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Estado de Minas

Chegada do asfalto tira sossego de Taquara�u de Minas

A cidade � atualmente a que tem menos acidentes de tr�nsito na Regi�o Metropolitana de BH, mas se tornou rota alternativa � rodovia da morte


postado em 04/03/2017 06:00 / atualizado em 04/03/2017 07:52

Com a recente chegada do asfalto à LMG-855, a estrada virou rota alternativa à BR 381, tirando o sossego dos moradores (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Com a recente chegada do asfalto � LMG-855, a estrada virou rota alternativa � BR 381, tirando o sossego dos moradores (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Taquara�u de Minas
– Rui Marques Pessoa, que em breve comemorar� 73 anos de idade, coleciona hist�rias sobre Taquara�u de Minas, que tem origem na �poca dos bandeirantes e cujo nome, no idioma tupi, � taquara grande. A cidade, rodeada por cerrado e cortada pelo rio hom�nimo, registrou o menor n�mero de acidentes de tr�nsito entre as 34 da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Foram 65 de janeiro de 2015 a novembro de 2016, conforme levantamento do Estado de Minas em planilhas da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp).


Mas seu Rui teme uma disparada na estat�stica a partir deste ano. O motivo envolve a perigosa BR-381, rotulada de Rodovia da Morte, e a recente chegada do asfalto � LMG-855, que liga a cidade � MG-020. A pavimenta��o credenciou a estrada estadual como rota alternativa � rodovia federal, palco de incont�veis trag�dias desde que foi constru�da, no fim da d�cada de 1960, com status de um caminho seguro.


De l� para c�, a vis�o sobre a 381 mudou. A agora Rodovia da Morte � uma estrada ultrapassada, com excesso de curvas, aus�ncia de acostamento e piso deteriorado. O fluxo de carretas e a imprud�ncia de motoristas s�o uma combina��o perfeita para desastres. Diante disso, a chegada do asfalto na LMG surgiu, na vis�o de muitos viajantes, como o melhor caminho na regi�o.


A obra de pavimenta��o custou ao cofre p�blico em torno de R$ 42 milh�es. Foi projetada com as camadas de base e sub-base refor�adas, al�m de duas de asfalto, totalizando dez cent�metros de espessura em toda a sua extens�o, segundo o governo mineiro. Mas a nova rodovia tamb�m tem armadilhas: � cheia de curvas, sem divis�o entre as pistas contr�rias, n�o tem acostamento e h� poucos trechos para ultrapassagens.


“Quando a LMG era de poeira, eu levava 1 hora e 30 minutos para chegar a Belo Horizonte. Agora, gasto em torno de 40 minutos. As pessoas que passam pela 381 est�o descobrindo o caminho alternativo. Mas h� de ter prud�ncia. O n�mero de acidentes pode crescer por essa banda”, teme seu Rui.


Afinal, acrescentou a comerci�ria Klartanieelly Valery Pessoa, de 31, a troca do piso de terra pelo asfalto diminuiu o tempo de viagem, mas n�o exterminou todos os perigos. “A estrada, por exemplo, foi pavimentada com bastante curvas e sem acostamento”, refor�ou a mulher, funcion�ria de um minimercado.


Pelo menos uma morte j� ocorreu no local: um motoqueiro perdeu o equil�brio e n�o sobreviveu � queda. “O ve�culo deslisou para a vala e o rapaz n�o segurou a moto”, recordou o comerciante Nilo Guimar�es, de 51. O acidente em quest�o ainda n�o entrou na estat�stica da Sesp, pois ocorreu em dezembro passado. Dos 65 registros entre janeiro de 2015 e novembro de 2016, 19 foram com v�timas.


Moradores da cidade acreditam que o baixo n�mero de acidentes no registro da Sesp � explicado pela pequena frota. H� 1.283 ve�culos no lugarejo, segundo o Departamento Nacional de Tr�nsito (Denatran). Para abastec�-los, Taquara�u de Minas conta com apenas um posto de combust�vel.


L� n�o h� sem�foros, faixa para travessia de pedestres e centro de forma��o de condutores (CFC). “A sinaliza��o � prec�ria”, lamentou o taxista Juscelino Dias Coelho, de 59. Batizado em homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), ele � chofer h� uma d�cada no lugarejo. � outro que teme o aumento do fluxo de ve�culos na cidade.


“Quem n�o conhece a regi�o deve tomar cuidado”, recomendou o taxista. A LMG n�o corta o per�metro urbano de Taquara�u, mas muitos motoristas que passam por ela entram erroneamente na cidade, aumentando o fluxo de ve�culos. Al�m disso, mesmo que na regi�o rural, acidentes que ocorrem na estrada nova s�o creditados � planilha do munic�pio.

 

 


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