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Estado de Minas

'N�o podemos deixar uma maternidade agonizar', diz Kalil sobre Sofia Feldman

Ao anunciar R$ 5 milh�es para evitar fechamento de leitos do hospital, prefeito de Belo Horizonte disse que vai pleitear mais recursos para a sa�de da capital mineira em Bras�lia


postado em 09/03/2017 06:00 / atualizado em 09/03/2017 07:40

Manifestantes deram um abraço simbólico no Hospital Sofia Feldman, pedindo intervenções para evitar o fechamento de leitos(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Manifestantes deram um abra�o simb�lico no Hospital Sofia Feldman, pedindo interven��es para evitar o fechamento de leitos (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Sobrevida de pelo menos mais quatro meses ao Hospital Sofia Feldman, maternidade no Bairro Tupi, Regi�o Norte de Belo Horizonte. Essa � a expectativa da gest�o da unidade, depois que o prefeito Alexandre Kalil (PHS) anunciou a libera��o de R$ 5 milh�es, via Secretaria Municipal de Sa�de.

A verba vai ajudar a compensar o d�ficit mensal de R$ 1 milh�o do hospital, segundo o diretor t�cnico e administrativo, Ivo Lopes. A  crise que provoca falta de insumos b�sicos e atraso em sal�rios h� dois meses, motivou centenas de pessoas, entre funcion�rios, pacientes e fam�lias de crian�as que nasceram na unidade, a darem um abra�o simb�lico no Sofia, pedindo provid�ncias do poder p�blico. Eles temem que a maternidade mais procurada na capital para os partos humanizados perca pelo menos 40 leitos. A unidade � refer�ncia nacional em aten��o neonatal e partos de alto risco e s� em 2016 garantiu cerca de 11 mil nascimentos.

“Eu disse na minha campanha que problema dentro de Belo Horizonte � de Belo Horizonte. � claro que este hospital atende a todo o estado, mas n�s n�o podemos deixar uma maternidade agonizar. Ent�o, vamos adiantar um dinheiro da Secretaria de Sa�de para o Sofia, o que nas palavras do pr�prio diretor vai retornar o hospital � normalidade por um bom tempo”, disse o prefeito Alexandre Kalil. Ele informou que na semana que vem vai a Bras�lia negociar com o governo federal o aumento de repasses para custear o Sistema �nico de Sa�de em BH. “A terceira capital do pa�s tem o 20º or�amento do SUS do Brasil”, criticou Kalil.

Atualmente, al�m da falta de insumos, o 13º sal�rio est� atrasado para os profissionais de n�vel superior, al�m dos pagamentos de janeiro e fevereiro. “ O dinheiro anunciado pelo prefeito vai servir para pagar os sal�rios e colocar em dia as necessidades de aten��o � sa�de, o que evita o fechamento de leitos”, afirma o diretor Ivo Lopes. Depois disso, ele afirma que confia nas articula��es em Bras�lia prometidas por Alexandre Kalil.

Segundo a Secretaria de Estado de Sa�de, o Sofia tem hoje 243 leitos e integra o quadro de maternidades consideradas refer�ncia pela Organiza��o Mundial de Sa�de para gestantes de alto risco. A unidade, por�m, afirma que conta com 183 leitos. Em 2017, est� previsto um investimento estadual de R$ mais de 7 milh�es, incluindo recursos dos programas Pro-Hosp e Rede Cegonha. De acordo com Maria da Gl�ria Abido Capistrano, que faz parte do Conselho Municipal de Sa�de de BH, se n�o for negociada uma solu��o definitiva, 40 leitos do hospital podem ser fechados.

Prefeito Alexandre Kalil anunciou repasse de R$ 5 milhões ao lado do diretor do hospital, Ivo Lopes(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Prefeito Alexandre Kalil anunciou repasse de R$ 5 milh�es ao lado do diretor do hospital, Ivo Lopes (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)

PROTESTOS
Na manh� de ontem, centenas de pessoas protestaram contra a crise. M�es carregando filhos de colo, gr�vidas e funcion�rios da unidade fizeram muito barulho. “Falta material para o trabalho, como toucas, m�scaras, seringas. Precisamos de tudo isso imediatamente, para garantir o atendimento que nossos prematuros necessitam”, afirma a t�cnica em enfermagem Rosana Bendine, de 30 anos, gr�vida de seis meses. “Agora eu sei exatamente o que as m�es sentem ao imaginar que o hospital pode diminuir os atendimentos. Meu filho vai nascer aqui e eu amo trabalhar neste lugar”, completa. Tamb�m t�cnica em enfermagem, Stefany Monteiro, de 24, trabalha com a coleta de leite materno e relata dificuldades na estrutura. “Temos caixas t�rmicas com problema que nunca s�o consertadas. Precisamos de melhorias.”


A psic�loga e doula Aline Teixeira, de 36, teve o filho Jo�o, hoje com 2 anos, no Sofia, e garante que o atendimento foi excelente. “Fiz todo o pr�-natal aqui e tive o acompanhamento de uma equipe em casa, onde meu filho nasceu. Depois, tive uma intercorr�ncia e precisei ser atendida no hospital, que � refer�ncia internacional. N�o podemos admitir uma diminui��o de atendimentos em uma unidade como esta”, afirma.

Rosana Bedine, que trabalha no Sofia Feldman e está grávida, e a colega Stefany Monteiro, que também é funcionária. Dupla relata falta de insumos básicos para o trabalho na unidade(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Rosana Bedine, que trabalha no Sofia Feldman e est� gr�vida, e a colega Stefany Monteiro, que tamb�m � funcion�ria. Dupla relata falta de insumos b�sicos para o trabalho na unidade (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)


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