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Estado de Minas

ONG acusa funcion�rio da UFMG de maus-tratos a animais

A associa��o BastAdotar recebeu den�ncia de uma aluna que diz ter visto um homem depredar as vasilhas de comida e �gua e dizer que serviria 'uma �ltima refei��o' aos gatos


postado em 11/03/2017 08:35 / atualizado em 11/03/2017 09:15

Água e comida ficam servidas o dia inteiro para auxiliar no trato de gatos e cães abandonados no campus(foto: ONG BastAdotar/Divulgação)
�gua e comida ficam servidas o dia inteiro para auxiliar no trato de gatos e c�es abandonados no campus (foto: ONG BastAdotar/Divulga��o)
Integrantes de uma ONG de prote��o aos animais, formada por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), registraram um boletim de ocorr�ncia na tarde desta sexta-feira contra um funcion�rio administrativo da institui��o que teria cometido crime ambiental, crime contra o patrim�nio e intimida��o de aluna.

A den�ncia de que o homem estava depredando os comedouros e bebedouros dos animais que habitam a faculdade foi feita por uma estudante de p�s-gradua��o da Faculdade de Letras (Fale), que alegou ter flagrado a a��o. Segundo ela, o funcion�rio teria dito que serviria “uma �ltima refei��o" a eles, o que foi interpretado como amea�a de envenenamento.

No ano passado, 16 gatos foram assassinados dentro da UFMG, no complexo de Humanidades, que compreende a Fale, a Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas (Fafich) e a Escola de Ci�ncias da Informa��o (ECI). Neste ano, quatro bichanos j� foram encontrados mortos no mesmo local. Por conta dessa situa��o, professores da Fafich criaram a ONG BastAdotarUm deles � o professor Luiz Carlos Villalta. Ele conta que, na �ltima ter�a-feira, a aluna que presenciou os atos do funcion�rio chegou a ele com as informa��es que o incriminam. Duas semanas antes, a BastAdotar havia anunciado uma recompensa de R$2 mil para quem encontrasse os poss�veis respons�veis pelas mortes de felinos e o depredador das vasilhas.

Diante dos fatos, no mesmo dia, Luis Carlos marcou uma reuni�o com a diretora da Faculdade de Letras, a professora Graciela Ravetti, para falar sobre o problema. Segundo Villalta, ap�s expor os fatos, a docente apenas afirmou tratar-se de “excelente funcion�rio” e acrescentou haver proibi��o legal � presen�a de animais em pr�dios p�bicos. Ela n�o falou se vai investigar o caso ou abrir uma sindic�ncia para apurar os fatos. A associa��o manifestou insatisfa��o nas redes sociais e registrou o boletim de ocorr�ncia, na 17ª Companhia do 34º Batalh�o da Pol�cia Militar, para que o caso do funcion�rio seja investigado.

Segunda aluna, um funcionário da instituição teria feito os estragos nas vasilhas(foto: ONG BastAdotar/Divulgação)
Segunda aluna, um funcion�rio da institui��o teria feito os estragos nas vasilhas (foto: ONG BastAdotar/Divulga��o)

Em nota, as diretorias da Fale, Fafich e ECI, disseram que convivem h� anos com a popula��o de gatos e que n�o mant�m projeto de acolhimento aos bichos. Elas reconhecem tamb�m que o ambiente oferece riscos � integridade e vida de gatos, seja pela presen�a de c�es no campus, seja pelos ataques desumanos que v�m acontecendo de tempos em tempos. Destacam tamb�m que resolu��es, envolvendo a Reitoria da UFMG, a Prefeitura de Belo Horizonte, a C�mara Municipal, a Associa��o BastAdotar e as diretorias das unidades est�o sendo encaminhadas. Por fim, afirmam que solu��es �ticas definitivas para a presen�a destes felinos est�o sendo analisadas. Sobre o funcion�rio e a instaura��o de uma investiga��o nada foi dito.

A professora Mirian Chrystus, diretora de comunica��o da BastAdotar, fez um hist�rico sobre o tratamento da universidade a esses animais abandonados nos campi. “Ao longo dos �ltimos 16 anos houve mudan�as no chamado 'ar do tempo': j� n�o existem mais as cru�is c�maras de g�s, e, desde 2002, foi criado o grupo de controle de zoonose, base para o surgimento da ong BastAdotar, numa tentativa de “controle �tico da popula��o felina”. Os defensores que atuam na UFMG h� cerca de 15 anos, conseguiram encaminhamento para mais de mil animais para castra��o, tratamento e ado��o. Tamb�m promoveram semin�rio sobre a quest�o animal e uma dezena de feiras de ado��o na entrada da Fafich”.

Sol é um dos gatos que foi resgatado e doado pela BastAdotar(foto: ONG BastAdotar/Divulgação)
Sol � um dos gatos que foi resgatado e doado pela BastAdotar (foto: ONG BastAdotar/Divulga��o)

Ainda segundo a professora, “a UFMG, uma das cinco maiores do pa�s, deveria servir de exemplo de contemporaneidade no relacionamento com animais, ao lado de outras como a Universidade do Par�, que tem um programa de prote��o aos animais, USP, ou Vi�osa, aqui do lado, no interior, que tem um gatil e promove a ado��o constante, em vez da indiferen�a com matan�a”, acrescenta Mirian Crystus.

Por fim, o professor Luiz Carlos Villalta diz que “a Constitui��o Federal pro�be maus-tratos contra animais e torna o poder p�blico respons�vel pelas vidas deles. � preciso que se d� um destino a esses animais. No campus da Sa�de da UFMG, por exemplo, h� um projeto em que as faculdades de Medicina e Enfermagem cuidam dos animais deixados ali. A a��o � liderada por professores, que se encarregam de acolher, vacinar, castrar e doar os animais”, completa Villalta.


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