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Estado de Minas

Iphan avalia integridade das obras de Portinari na igreja da Pampulha

T�cnicos avaliam se chuvas provocaram mais estragos na S�o Francisco de Assis, especialmente nos quadros, enquanto a Arquidiocese faz tomada de pre�os para recupera��o


postado em 14/03/2017 06:00 / atualizado em 14/03/2017 07:47

O arquiteto Herbert Soares avalia as condições do templo e dos quadros expostos: monitoramento da Arquidiocese é feito semanalmente(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
O arquiteto Herbert Soares avalia as condi��es do templo e dos quadros expostos: monitoramento da Arquidiocese � feito semanalmente (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Equipe do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) far� hoje uma vistoria na Igreja de S�o Francisco de Assis, na Pampulha, na capital, para avaliar se, em decorr�ncia das �ltimas chuvas, houve mais estragos no templo de arquitetura moderna e, de forma especial, nos 14 quadros pintados por C�ndido Portinari (1903-1962) que recriam cenas da via-sacra. Em dezembro, a superintendente em Minas da autarquia federal, C�lia Corsino, recomendou a retirada das pinturas das paredes, diante das infiltra��es que danificaram pelo menos tr�s delas, al�m do forro de madeira. A “Igrejinha da Pampulha”, como � conhecida popularmente, pertence � Arquidiocese de Belo Horizonte, � tombada pelo munic�pio, Iphan e Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico (Iepha-MG) e integra o conjunto reconhecido como patrim�nio e paisagem cultural da humanidade, pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco).


Preocupada com a conserva��o do templo projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) e constru�do entre 1943 e 1945, a Arquidiocese de BH est� fazendo uma tomada de pre�os para escolher a empresa que vai retirar, transportar e depois restaurar os quadros – alguns apresentam manchas e desprendimento de policromia. “N�o podemos fazer nada de forma apressada e temos que envolver todos os �rg�os de patrim�nio e o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG)”, disse, ontem, a coordenadora-geral do Memorial da Arquidiocese, Goretti Gabrich. As pinturas dever�o ser acondicionadas em embalagens espec�ficas e tudo indica que a mesma empresa encarregada do transporte far� o restauro. Ainda n�o foi marcada a data para a realiza��o do servi�o.

Na tarde de sexta-feira, como vem ocorrendo semanalmente, o arquiteto do Memorial da Arquidiocese, Hebert Soares, fez, no local, a avalia��o das condi��es da igrejinha e dos quadros expostos no interior do templo, n�o detectando estragos. Todos os relat�rios, a partir do monitoramento, s�o compartilhados com o MPMG, Iphan, Iepha e Funda��o Municipal de Cultura (FMC)/Prefeitura de Belo Horizonte. Depois de recuperadas, as 14 pinturas s� dever�o retornar � igreja em 2019, j� que ela ficar� fechada a partir de novembro pr�ximo para uma interven��o com recursos do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) das Cidades Hist�ricas. O valor est� estimado em R$ 1,4 milh�o.

O diretor do Conjunto Moderno da Pampulha, Gustavo Mendicino, adiantou que h� uma conversa entre as institui��es envolvidas indicando alguns caminhos: um deles � a possibilidade de a interven��o pelos restauradores ocorrer num “ateli� aberto”, portanto, aos olhos do p�blico. “N�o h� ainda nada definido. Pode ser que os quadros sejam restaurados num ambiente fechado mesmo”, acrescentou.

OBRAS A recupera��o da Igreja de S�o Francisco de Assis esteve envolta em grande pol�mica nos �ltimos anos, culminando com o fechamento marcado para 2018. Em dezembro, foi firmado termo de ajustamento de conduta (TAC) com o MPMG, representado pela promotora de Justi�a e Defesa do Meio Ambiente e do Patrim�nio Hist�rico e Cultural de BH, Lilian Marotta Moreira, que definiu o per�odo de fechamento.

Um dos maiores problemas nesta hist�ria foi o grande n�mero (mais de 200) de casamentos marcados para 2017, implicando manifesta��o das noivas diante da igrejinha para evitar o fechamento. No TAC, ficou determinado que as cerim�nias realizadas na S�o Francisco de Assis poder�o receber, no m�ximo, 150 pessoas. E a partir de 20 de novembro, o templo estar� � disposi��o da Sudecap/Prefeitura de Belo Horizonte para as reformas. 

Triste lembran�a


Um dos templos cat�licos mais visitados de Belo Horizonte, a Igreja de S�o Francisco de Assis tem trabalhos tamb�m de Paulo Werneck (1903-1962) e Alfredo Ceschiatti (1918-1989), sendo rodeado pelos jardins do paisagista Burle Marx (1909-1994). H� quase um ano, em 21 de mar�o, a quatro meses da conquista do t�tulo de patrim�nio e paisagem cultural da humanidade, a capela amanheceu com uma das laterais sujas de tinta azul, ganhando repercuss�o nacional e exigindo a��es das autoridades para garantir mais prote��o e seguran�a. Depois de investiga��o do Minist�rio P�blico de Minas Gerais e Pol�cia Civil, os respons�veis pelo ato de vandalismo foram identificados.


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