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Estado de Minas

Acidentes com caminh�es sobem 30% no Anel Rodovi�rio no 1� bimestre

Batidas que envolvem ve�culos de carga, como voltou a ocorrer ontem, travam Belo Horizonte. Obras n�o t�m prazo e plano de a��o emergencial inexiste


postado em 24/03/2017 06:00 / atualizado em 24/03/2017 18:33

CArga de minério se espalhou pela pista com tombamento de carreta(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
CArga de min�rio se espalhou pela pista com tombamento de carreta (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
O que esperar de uma rodovia constru�da no in�cio da d�cada de 1960, quando seus 26,5 quil�metros recebiam cerca de 1,5 mil ve�culos por dia, e na qual, atualmente, circula em certos trechos uma frota em torno de 160 mil autom�veis? Para os usu�rios do Anel Rodovi�rio de Belo Horizonte, uma das respostas � transtorno. N�o s� pelas reten��es nas proximidades de viadutos e pontilh�es, locais em que o n�mero das faixas de rolamento se reduz de tr�s para duas, como por causa do crescente n�mero de acidentes envolvendo caminh�es ou carretas. O mais recente ocorreu ontem, e o enredo de horas de reten��es, congestionamentos em outras regi�es da cidade e irrita��o de motoristas se repetiu. E n�o tem data para acabar.


Balan�o da Pol�cia Militar Rodovi�ria mostra que a quantidade de desastres envolvendo ve�culos de carga na rodovia que corta BH subiu 30% no confronto entre o primeiro bimestre de 2017 (52 ocorr�ncias) e o mesmo per�odo de 2016 (40 registros). Dependendo do acidente, como tombamento do ve�culo de carga, o tr�nsito precisa ser interrompido total ou parcialmente, o que exige maior paci�ncia dos demais condutores. Neste ano, o fluxo no Anel foi suspenso por horas em pelo menos seis ocasi�es.

A �ltima foi a de ontem no km 470, altura do Bairro Padre Eust�quio (Regi�o Noroeste), por volta das 5h10, onde uma carreta abarrotada de min�rio tombou na pista em dire��o a Vit�ria. Por�m, o tr�nsito foi parcialmente interditado em ambos os sentidos, pois parte da carga foi derramada numa das faixas para o Rio de Janeiro. O fluxo voltou ao normal aproximadamente �s 11h, quase seis horas depois. O motorista teve ferimentos leves.

O motivo do acidente ainda n�o foi divulgado pela per�cia, mas a PM acredita, em princ�pio, em falha humana. “H� fiscaliza��o 24 horas nas pistas. Realizamos campanhas, contudo, o Anel � uma via que necessita de grandes obras (de revitaliza��o). Foi constru�do para uma frota com menos caminh�es e de ve�culos mais lentos. Hoje, h� trechos em que transitam 160 mil ve�culos”, disse o tenente Barreiros, da PM Rodovi�ria.

O Anel, embora fiscalizado pela Pol�cia Militar Rodovi�ria, � um trecho de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do governo federal. At� o fechamento desta edi��o, o Dnit n�o informou quando o trecho ser� revitalizado, com o alargamento das pistas nas entradas de viadutos e pontilh�es.

Acidente provocou grande retenção do trânsito no Anel Rodoviário(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Acidente provocou grande reten��o do tr�nsito no Anel Rodovi�rio (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)

Outro problema � a profundidade das canaletas �s margens do asfalto, o que pode levar ao tombamento de ve�culos de carga. Mas boa parte dos acidentes na rodovia se deve tamb�m � imprud�ncia de condutores, inclusive de ve�culos menores, que abusam da velocidade. Pedestres, por sua vez, arriscam a vida em travessias, muitas vezes feitas bem debaixo de passarelas.

Resultado: o balan�o geral de acidentes no local cresceu 15% do primeiro bimestre de 2016 (176 ocorr�ncias) em rela��o a igual per�odo deste ano (202 registros). O n�mero de feridos, na mesma base de compara��o, saltou de 123 v�timas para 138. O de mortos, por sua vez, caiu de 10 para 7.

Especialistas defendem interven��es urgentes no Anel Rodovi�rio e maior seriedade do poder p�blico em quest�es relacionadas ao trecho. Para Jos� Aparecido Ribeiro, consultor em assuntos urbanos e especialista em mobilidade, � necess�rio um comit� de crise competente, para agir rapidamente em casos como o de ontem. Em rela��o ao tempo em que as pistas ficam fechadas quando ocorrem acidentes envolvendo carretas, ele acredita que falta sinergia entre institui��es.

“Perde-se muito tempo na articula��o e na log�stica para enfrentar as crises. Os agentes envolvidos – Pol�cia Militar, BHTrans, concession�ria, Corpo de Bombeiros etc. – precisam simular acidentes poss�veis e ter um protocolo para agir como em qualquer pa�s desenvolvido, em que cada um saiba o que fazer no menor tempo poss�vel. O comit� de crise precisa funcionar para atender a toda a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Hoje, percebem-se agentes batendo cabe�a e pouca lideran�a. As equipes precisam ficar de prontid�o em locais estrat�gicos, bem equipadas e articuladas”, defendeu Jos� Ribeiro.

O especialista vai al�m: “Todos precisam ter como compromisso, al�m da seguran�a, a consci�ncia do que significa fechar uma via dessas para a cidade inteira. Falta compromisso com o tr�nsito das cidades. As prefeituras da Grande BH tamb�m precisam participar e se preparar para respostas �s crises”.

Como ficou?

Revitaliza��o sem data prevista

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) informa que iniciou o chamado Estudo de Viabilidade T�cnica, Econ�mica e Ambiental de parte do Anel Rodovi�rio, mas n�o informa prazo para a conclus�o. A obra de revitaliza��o se arrasta desde julho de 2012, quando o Dnit firmou termo de compromisso com o ent�o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas (DER-MG) para a elabora��o de projeto de engenharia. Em 2014, o DER entregou a minuta do projeto, mas, segundo o Dnit, “contendo inadequa��es t�cnicas” e “fora dos padr�es e normas” (exigidos pela institui��o federal), o que teria se repetido em outras ocasi�es. O prazo do conv�nio terminou e a institui��o federal informou ter iniciado, por isso, o atual estudo de viabilidade. J� o departamento estadual argumenta que o conv�nio em fase de encerramento e presta��o de contas priorizava apenas interse��es do Anel com tr�s avenidas: Iva�, Pedro II e Amazonas. Ainda segundo o �rg�o, o governo do estado bancou anteprojeto no ano passado, referente a toda a extens�o da rodovia, que foi encaminhado ao Dnit. Nenhum dos dois departamentos, entretanto, faz qualquer previs�o para solu��o dos problemas na rodovia.

Rotina de derrapagens
» Ontem
Caminh�o tomba na altura do aeroporto Carlos Prates, de madrugada. O tr�nsito � interrompido no sentido Vit�ria e tamb�m na dire��o oposta. Os transtornos duram cerca de seis horas

» 16/3
Uma carreta parada em “L” interdita por mais de uma hora a pista no sentido Vit�ria, na altura do Bairro Cai�ara, por volta das 6h30. H� congestionamento e o tr�nsito fica lento, por causa de curiosos, no sentido oposto

» 9/3
Um caminh�o em chamas interdita temporariamente as pistas principal e marginal, no Bairro Engenho Nogueira, sentido Rio de Janeiro. O congestionamento atinge cerca de tr�s quil�metros

» 22/2
Carreta com querosene tomba no km 535, no sentido Vit�ria, interditando a pista e causando lentid�o por quase 24 horas. O condutor, com ferimentos leves, � socorrido no local

» 20/2
Um caminh�o furtado em Conselheiro Lafaiete, Regi�o Central, tomba pr�ximo ao Shopping Del Rey, no sentido Vit�ria. Uma carreta que trafegava pela marginal da rodovia tamb�m se envolve no acidente

» 24/1
Uma carreta capota na altura do Bairro Camargos, Regi�o Oeste de BH, matando o motorista. O tr�nsito fica congestionado no sentido Vit�ria

 


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