
“Fui batizada aqui e tenho o nome em homenagem � padroeira. Ficou tudo muito bonito, estou muito feliz. Havia partes muito deterioradas, como o coro. Todos n�s tem�amos pela seguran�a das pessoas”, disse a aposentada Maria Imaculada de Oliveira, que sempre participou com a fam�lia das missas e demais celebra��es no templo. Segurando o chap�u e muito atento �s explica��es t�cnicas, o ministro da eucaristia Raimundo Cordeiro, de 83 anos, se mostrava igualmente contente. “Est� uma maravilha. Venho aqui desde menino, muitas vezes chegava a cavalo”, recordou-se Raimundo com os olhos brilhando pela emo��o.
Presente � cerim�nia realizada em frente da imponente igreja, numa manh� muito ensolarada, com repique de sinos, incenso, �gua benta e aplausos, a presidente do Iphan, K�tia Bog�a, destacou o comprometimento do munic�pio com a preserva��o do conjunto arquitet�nico. “No Brasil, Congonhas e Goi�s (GO) s�o as cidades mais eficientes na execu��o dos projetos de recupera��o dos bens culturais, com trabalho de excel�ncia”. O prefeito Zelinho Cordeiro acrescentou que a municipalidade gastou cerca de R$ 900 mil com os projetos para 10 a��es aprovadas pelo Iphan na cidade. No fim de 2015, Congonhas se tornou a primeira cidade no Brasil a implantar uma sinaliza��o interpretativa dentro nos moldes da Unesco, o que resultou em manual de refer�ncia para outras localidades.

POL�TICAS P�BLICAS Diante do segundo ato de vandalismo na Igreja de S�o Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, com picha��es em mar�o de 2016 e 2017, a dirigente do Iphan destacou que s�o necess�rias pol�ticas p�blicas n�o s� para a seguran�a dos bens como tamb�m para saneamento, mobilidade, acessibilidade e outras quest�es dos munic�pios com bens culturais protegidos. Para tanto, adiantou, ser� realizado nos pr�ximos dias 11 e 12, em Bras�lia (DF), um encontro reunindo os 305 prefeitos de munic�pios brasileiros com bens reconhecidos pela Organiza��o das Na��es Unidas para a Educa��o, a Ci�ncia e a Cultura (Unesco) e Uni�o.
Na elabora��o do 3º Encontro Brasileiro das Cidades Hist�ricas Tur�sticas e Patrim�nio Mundial, em Bras�lia (DF), o Iphan tem a parceria da Confedera��o Nacional de Munic�pios (CNM) e da Organiza��o das Cidades Brasileiras Patrim�nio Mundial (OCBPM) e pretende consolidar uma rede de gestores para formatar uma pol�tica nacional de gest�o das cidades hist�ricas e patrim�nio mundial.
K�tia afirmou que a reuni�o tem como base legal um ac�rd�o do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), que recomenda a prioriza��o de quest�es como a padroniza��o da sinaliza��o, comunica��o visual e atendimento ao turista; adequa��o de infraestrutura de transporte, hospedagem e acesso; estrat�gias de divulga��o e promo��o; forma��o de m�o de obra especializada, entre outros aspectos, visando � sustentabilidade dos s�tios e a aloca��o de recursos federais a estes munic�pios. “Queremos tamb�m implementar a��es de educa��o patrimonial nas comunidades”, ressaltou K�tia.
Eram 11h em ponto quando os sinos da Matriz de Congonhas come�aram a tocar em tom festivo. Pouco antes, o Grupo de C�mara da Secretaria Municipal de Educa��o, do projeto Arte na Escola, apresentou tr�s n�meros. Diante da porta principal com obra de Aleijadinho, em pedra-sab�o – arca da alian�a, s�mbolos da eucaristia, anjos barrocos e coroa de Nossa Senhora –, o titular da par�quia, padre Paulo Barbosa, aspergiu �gua benta, aben�oou com o incenso e entrou no templo. O clima foi de muita admira��o, com o hino de Nossa Senhora da Concei��o e a Ave-Maria saudando a padroeira, moradores e visitantes.