
O ato de vandalismo ocorreu em 21 de mar�o do ano passado e M�rio Augusto foi preso preventivamente em 7 de abril, em Ibirit�, na Grande BH. A defesa dele j� ajuizou cinco habeas corpus, todos negados pela Justi�a. O advogado de M�rio Augusto Felipe Soares sustenta que o processo deveria ser mais �gil. “Dos tr�s que foram denunciados, o Maru � o �nico que est� preso em regime fechado. Os outros dois foram beneficiados por habeas corpus, em dezembro de 2016, e aguardam o julgamento em liberdade, com o uso de tornozeleiras eletr�nicas”, afirma. Maru pode ser condenado por forma��o de quadrilha (reclus�o, de 4 a 8 anos), picha��o em patrim�nio (6 meses a 1 ano) e apologia ao crime (tr�s a seis meses ou multa). O advogado acredita que a senten�a imposta pelo juiz ap�s sua decis�o deve resultar, no m�ximo, em regime aberto ou semiaberto.
A m�e do acusado de picha��o, Beatriz Silva Faleiro, de 59, cobra uma defini��o sobre a situa��o do filho. “Ele cometeu um crime, sim. Mas est� preso h� um ano, j� pagou por isso. � muito dif�cil viver sem meu filho. Fico me perguntando: At� quando vou conviver com a aus�ncia dele?”.
No ano passado, ap�s a picha��o, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) recrudesceu a luta contra os pichadores, que emporcalham as ruas e avenidas da capital. Logo ap�s a agress�o ao patrim�nio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), a Coordenadoria Estadual das Promotorias de Defesa do Patrim�nio Cultural e Tur�stico de Minas Gerais fortaleceu a investiga��o e adotou uma s�rie de medidas para evitar novos abusos.
Ontem, em nota, o MPMG informou que “compete ao Judici�rio analisar se ainda subsistem os motivos ensejadores da pris�o preventiva, o que pode ser feito mediante pedido da defesa”. E acrescentou que “tem se manifestado nos autos do processo a tempo e modo, n�o podendo lhe ser imputados eventuais atrasos.” O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) informou que o juiz Lu�s Augusto Barreto Fonseca recebeu o processo em 27 de mar�o e que o julgamento ainda ser� marcado.
Conclus�o sem data
Ainda sem data de conclus�o a limpeza da picha��o na Igreja de S�o Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte – o servi�o estava previsto para terminar anteontem. Segundo informa��es do Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha-MG), que cedeu a m�o de obra especializada para a tarefa, o trabalho � muito delicado, da� requerer mais tempo. Com material (aguarr�s) disponibilizado pela Arquidiocese de BH, � qual pertence o templo moderno, est�o no local as t�cnicas em restaura��o do Iepha Amanda Cordeiro, Fl�via Alc�ntara, Daniela Ayala e Ana Elisa Souza.
