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Estado de Minas

Negra e adotada, garota de 12 anos � alvo de bullying em tr�s escolas de BH

Menina sofria ofensas raciais e a dire��o dizia que ela entendia errado as 'brincadeiras'. Aos 12 anos, ela est� em tratamento psiqui�trico e toma rem�dios contra depress�o


16/04/2017 10:37 - atualizado 16/04/2017 10:48

Aos 12 anos, Larissa (nome fict�cio) ficar� ao menos 30 dias fora da escola por determina��o m�dica. Ap�s sofrer bullying em tr�s col�gios de Belo Horizonte ao longo de tr�s anos, ela est� em tratamento psiqui�trico e toma rem�dios contra depress�o. Negra e adotada, adorava ir �s aulas, at� ser alvo de agress�es f�sicas e psicol�gica de colegas.

“Era uma das poucas negras do col�gio, mas nunca a incomodou. Os colegas nunca haviam dito ou a tratado diferente, apesar de olhares tortos que percebia de alguns pais. Mas, quando fez 9 anos, os apelidos e provoca��es com sua pele e cabelo come�aram”, conta a aposentada L�cia Helena, de 51 anos, m�e da menina. Ap�s persegui��es em duas escolas, foi para um col�gio religioso, onde tudo piorou, segundo relato da m�e. “A escola n�o soube recepcion�-la, e ela foi exclu�da dos grupos.”

A menina sofria ofensas raciais e a dire��o dizia que ela entendia errado as “brincadeiras”. Em novembro, foi ofendida por uma menina e revidou com um tapa. A dire��o quis suspend�-la por entender que ela era a agressora. Desistiu, mas o epis�dio abalou Larissa, que passou a dizer que preferia morrer a voltar � aula. Em depress�o, perdeu as provas finais e a recupera��o. Foi reprovada, apesar das boas notas no restante do ano.

“Tentei explicar que ela n�o tinha condi��es de fazer as provas, que estava sob efeito de rem�dios fort�ssimos, mas a escola foi irredut�vel”, diz. A m�e recorreu � Justi�a para reverter a reprova��o, sem sucesso. Agora tenta a��o criminal. A menina est� matriculada em outro col�gio, para onde vai ap�s se recuperar.

“Ela n�o quer sair de casa nem conversar, desenvolveu fobia de escola. O dano � t�o grave que os m�dicos me recomendaram n�o deix�-la sozinha, vigiar o que faz e evitar deixar facas e rem�dios ao seu alcance”, conta L�cia. “A gente se culpa por n�o ter entendido a gravidade do problema antes, por n�o ter exigido da escola uma a��o.”

Em nota, o col�gio disse que adotou a��es em conformidade com “o regimento escolar” e que se pauta pelo car�ter crist�o.


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