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Estado de Minas

Motoristas sentem impacto da desativa��o do terminal Jos� C�ndido

Com a desativa��o no in�cio do m�s do terminal anexo � esta��o do metr�, a rodovi�ria do Centro de BH voltou a concentrar todo o movimento de �nibus de viagens. Especialista e condutores criticam falta de obras


postado em 18/04/2017 06:00 / atualizado em 18/04/2017 07:28

Na Antônio Carlos, pistas do tráfego misto ficaram paradas, cena que deve se repetir nos próximos recessos(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Na Ant�nio Carlos, pistas do tr�fego misto ficaram paradas, cena que deve se repetir nos pr�ximos recessos (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)

O que j� era previs�vel se concretizou: a segunda-feira p�s-recesso da semana santa foi de caos no tr�nsito nos acessos ao Centro de Belo Horizonte, devido ao movimento em torno do Terminal Rodovi�rio Governador Israel Pinheiro (Tergip). Motoristas relataram ter gasto o dobro do tempo normal para chegar � �rea central por corredores como as avenidas Ant�nio Carlos, Pedro II e Cristiano Machado. Depois da desativa��o, no dia 1º deste m�s, do terminal anexo � Esta��o Jos� C�ndido da Silveira do metr�, no Bairro Santa In�s, Leste de BH, a rodovi�ria do Centro passou a concentrar todas as viagens com origem ou destino na capital, atraindo mais passageiros e complicando o tr�fego no entorno. Com congestionamentos gigantescos formados, passageiros tiveram que descer dos coletivos para procurar pontos em outras ruas ou seguir a p� para o trabalho.

Na Avenida Ant�nio Carlos, a fila de ve�culos chegou at� o Viaduto S�o Francisco, no bairro hom�nimo, j� na Regi�o da Pampulha. O Complexo da Lagoinha praticamente parou. “A rodovi�ria do Centro n�o pode concentrar todas as viagens. Quando ainda funcionava o terminal da Jos� C�ndido era muito melhor. Eles diminuem os gastos e estressam os motoristas”, dizia o taxista Alb�rico Rodrigues, que desistiu de usar a Cristiano Machado para chegar ao Centro. O acesso ao T�nel da Lagoinha ainda estava congestionado at� por volta das 10h30, um hor�rio que n�o � considerado de pico.

Com o tr�nsito praticamente parado nas pistas laterais, passageiros que usaram o Move nas avenidas Ant�nio Carlos e Cristiano Machado tiveram mais sorte e encontraram fluxo livre at� chegar ao Centro. Quem passou pela Cristiano Machado teve um pouco mais de dificuldade ao chegar no Complexo da Lagoinha e encontrar o tr�nsito parado nas pistas mistas. Essa interfer�ncia foi bem menor na Ant�nio Carlos, porque os �nibus usam viadutos exclusivos. J� na Avenida Afonso Pena, formaram-se grandes filas nos pontos de �nibus e t�xi-lota��o. O principal corredor de acesso � rodovi�ria para a popula��o da Regi�o Centro-Sul tamb�m chegou a ficar parado, mas o fluxo melhorou por volta das 9h.

O motorista particular Renato Santos, de 42 anos, costuma gastar no m�ximo 45 minutos de carro entre o Bairro Copacabana, na Regi�o de Venda Nova, e a Savassi. Ontem, levou uma hora e meia. “N�o tem condi��o um tr�nsito desse jeito. A gente fica doente aqui dentro do carro, pela falta de compromisso e responsabilidade de quem gerencia a cidade. Se a gente tivesse metr� ligando pontos importantes da capital, certamente muita gente deixaria o carro em casa. Mas, com esse sistema atual n�o tem a m�nima condi��o de migrar”, afirma.

Em nota, a BHTrans se limitou a constatar que o aumento do n�mero de �nibus e passageiros que acessam o terminal rodovi�rio j� era esperado durante a volta da semana santa e que “continuar� a realizar opera��es para minimizar o impacto desse aumento em per�odo de f�rias e feriados”. Questionada a respeito das opera��es para os pr�ximos feriados, a empresa informou que “sempre avalia o resultado de uma opera��o para ver a necessidade de altera��es”.

Segundo o engenheiro especialista em transporte e tr�nsito M�rcio Aguiar, professor da Universidade Fumec, n�o � poss�vel que uma cidade t�o grande e com fluxo t�o intenso de pessoas, como � o caso da capital, opere com apenas uma rodovi�ria. “H� quase 10 anos os especialistas batem nessa tecla. A situa��o do Terminal Governador Israel Pinheiro � insustent�vel, e vai ficar cada vez pior se n�o houver a divis�o de demandas para outros locais, de modo a amenizar o fluxo no Centro”, aponta. O especialista tamb�m critica a falta de implanta��o de projetos para melhorar a mobilidade urbana. “O mais importante � que n�o temos executado o que foi planejado, e o impacto � cada vez maior. Se os projetos tivessem sido feitos h� alguns anos, hoje o gasto seria menor, somente para a manuten��o. Quanto mais os planos s�o deixados de lado, mais caro fica para implementar o que quer que seja, e a mobilidade continuar� sendo enormemente afetada”, conclui.
Ver galeria . 18 Fotos Aumento do número de veículos na volta do feriado deixa trânsito caótico no Centro de BHEdésio Ferreira/EM/DA Press
Aumento do n�mero de ve�culos na volta do feriado deixa tr�nsito ca�tico no Centro de BH (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press )

QUEDA NO MOVIMENTO A Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig), atual administradora da rodovi�ria da �rea central, informou que entre a �ltima quarta-feira e a manh� de ontem, o terminal registrou queda na movimenta��o de passageiros em compara��o aos anos de 2016 e 2015. Em 2017, foram realizados 81.790 embarques, n�mero 16% menor que o registrado em 2016 (97.694 embarques) e 27% menor que em 2015 (111.663 embarques). Desde a �ltima quarta-feira, ocorreram 3.683 partidas. Em 2016, esse n�mero foi de 3.672. Em 2015, registraram-se 3.966 partidas, 7% mais que neste ano.

Em rela��o �s chegadas de �nibus e aos desembarques de passageiros, o percentual tamb�m � menor que o apresentado nos dois anos anteriores. Foram registradas 3.696 chegadas, quantidade 7% menor que em 2016 (3.996) e 12% menor que em 2015 (4.219). Foram realizados 74.664 desembarques em 2017, 9% a menos que em 2016 (82.270) e 18% menos que em 2015 (91.561). De acordo com a Codemig, os dados mostram que a transfer�ncia das viagens da Esta��o Jos� C�ndido da Silveira para a rodovi�ria central n�o afetou o movimento.

 

Nova rodovi�ria n�o engrena

 

As obras da nova rodovi�ria de BH, que est� sendo constru�da no Bairro S�o Gabriel, Nordeste da capital mineira, empacaram. O terminal deveria ficar pronto at� agosto, prazo estabelecido em contrato assinado pelo ex-pefeito Marcio Lacerda (PSB). A responsabilidade dos investimentos de constru��o e adequa��o do sistema vi�rio da regi�o � toda do cons�rcio SPE Terminal, formado por cinco empresas, que, em contrapartida, t�m o direito de gerenciar a rodovi�ria e arrecadar receitas de opera��o pelos pr�ximos 30 anos.


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