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Estado de Minas

Falta de conex�o entre ladr�o e v�tima dificulta apura��o de mortes por roubo

Para Pol�cia Civil, investiga��o desse tipo de caso � mais complexa. Por isso, corpora��o pede que popula��o ajude com informa��es via 181. Den�ncias ajudaram a desvendar caso de estudante da UFMG


postado em 19/04/2017 06:00 / atualizado em 19/04/2017 07:47

Dupla que matou o estudante Gabriel Araújo estava acompanhada de um menor de idade(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Dupla que matou o estudante Gabriel Ara�jo estava acompanhada de um menor de idade (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)
Uma das quest�es que dificultam a apura��o dos casos de roubos seguidos de morte pela Pol�cia Civil, segundo o delegado Emerson Morais, � a aus�ncia de v�nculo entre v�tima e autor. O policial trabalhou na apura��o da morte do estudante de veterin�ria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Gabriel Ara�jo de Oliveira, de 21 anos, assassinado em 6 de fevereiro no Bairro S�o Gabriel, Nordeste de Belo Horizonte, e afirma que, como os criminosos escolhem alvos por oportunidade, sem conhecimento de quem ser� assaltado, na maioria das vezes fica muito mais complicado estabelecer a conex�o entre os dois lados. Por isso, a Pol�cia Civil pede que a popula��o denuncie e repasse qualquer informa��o importante para as autoridades via Disque Den�ncia, pelo telefone 181. Essa ajuda foi decisiva para desvendar a morte de Gabriel, segundo o delegado Emerson Morais.


Uma das testemunhas ouvidas durante a investiga��o da morte de Gabriel afirmou � pol�cia que ele teria resistido a entregar o celular, ocorrendo at� princ�pio de luta corporal entre ele e um dos assaltantes. Nesse momento, o segundo criminoso desceu de uma moto e atirou no peito do jovem. Ontem, a Pol�cia Civil apresentou os dois maiores de idade acusados pelo latroc�nio. Um jovem de 17 anos tamb�m foi apreendido. Os tr�s t�m uma longa ficha policial.

Um dos dois maiores, Roberth Martins da Silva, de 20 anos, era, inclusive, foragido da Justi�a ap�s uma sa�da tempor�ria para passar o Natal de 2016 em casa, enquanto cumpria pena de nove anos por um roubo em 2015. Como n�o voltou ap�s o benef�cio, passou a ser procurado. Marcos Fl�vio de Oliveira Souza, de 18, participou do mesmo assalto em 2015, mas como era menor na �poca, acabou escapando de puni��o mais r�gida.

O terceiro envolvido no caso, de 17 anos, foi detido logo depois de roubar, � m�o armada, uma carga de carne su�na no Anel Rodovi�rio de Belo Horizonte, em 8 de mar�o. Os tr�s ostentavam roupas de marca e frequentavam festas de luxo com o dinheiro proveniente de roubos. “Essa vida que eles estavam levando era �s custas do celular da empregada dom�stica no ponto de �nibus, do frentista, do oper�rio de obra, da senhora que est� fazendo uma caminhada, do rapaz indo para a escola. E s�o jovens, com toda a capacidade f�sica e rigidez mental para o trabalho”, diz Emerson Morais.
O delegado Emerson Morais destaca que casos de latrocínio são mais difíceis de serem resolvidos(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS)
O delegado Emerson Morais destaca que casos de latroc�nio s�o mais dif�ceis de serem resolvidos (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A PRESS)


ENTENDA O CASO
Segundo a Pol�cia Civil, o trio nem chegou a levar o celular de Gabriel. O delegado explicou que os tr�s estavam em duas motos, sendo o menor sozinho em uma delas dando cobertura. Eles seguiram em 6 de fevereiro pela Rua Ilha da Malta � procura de uma oportunidade de assalto. Roberth e Marcos Fl�vio observaram Gabriel andando pela rua e mexendo no celular, quando o abordaram. Ele havia sa�do de uma quadra de futebol e se dirigia � casa de um amigo e teria reagido, tomando um tiro. Gra�as a informa��es repassadas pelo 181, a pol�cia conseguiu localizar os suspeitos e come�ou a remontar o caso.

“O menor apontou os dois como autores do disparo e os dois jogaram a responsabilidade no menor. Mas os �libis que eles constru�ram foram derrubados pela investiga��o”, afirma o delegado. Roberth e Marcos Fl�vio negaram o crime, mas podem pegar de 20 a 30 anos de cadeia pelo crime de latroc�nio. O adolescente pode ficar at� tr�s anos internado.

O delegado Matheus Cobucci, chefe da Divis�o de Crimes contra a Vida, reitera a import�ncia de manter a calma e n�o reagir a um roubo, pois tentar preservar um bem pode custar a vida no momento em que os bandidos est�o exaltados pela situa��o em si, mas tamb�m por uso de drogas e �lcool. “As pessoas devem evitar transitar com celular aparente, evitar estacionar ve�culos em locais ermos. Antes de entrar na garagem, tamb�m � importante passar uma vez pela rua, se for o caso duas, e, no caso de observar pessoas suspeitas, n�o entrar. S�o pequenas atitudes que podem evitar que a v�tima seja alvo de bandidos”, afirma.


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