Minas registra mais um caso que pode ter rela��o com o jogo Baleia Azul

Mais um caso pode ter liga��o com o jogo Baleia Azul, brincadeira macabra que incentiva as pessoas a tirarem a pr�pria vida. Uma adolescente de 13 anos foi encontrada desmaiada dentro de casa em Manhua�u, da Regi�o da Zona da Mata, depois de ingerir cartelas de um medicamento para o tratamento de epilepsia e outra para dores musculares. A v�tima deixou o hospital nesta quarta-feira. Em conversa com o em.com.br, a tia da garota afirmou que ela participava de um grupo do game. A Pol�cia Civil abriu inqu�rito para investigar a situa��o.

O caso aconteceu na madrugada da �ltima segunda-feira. A m�e da garota ouviu um barulho vindo do quarto dela. Quando foi ao c�modo, a encontrou ca�da no ch�o desacordada. “Minha irm� me ligou e como moro perto, fui at� a casa dela. Encontrei minha sobrinha no ch�o e, a primeira coisa que fiz, foi ver se ela estava respirando. Em seguida, liguei para o Corpo de Bombeiros”, comentou a tia da adolescente, que preferiu n�o se identificar.

Segundo a familiar da garota, o bra�o dela estava com arranhados. “Encontrei uma gilete pr�ximo a cama dela, mas n�o era desenho de baleia”, comentou. A adolescente foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. “Ela ficou desacordada at� essa ter�a-feira. Hoje (quarta-feira), recebeu alta e vai ser atendida por psic�logos”, afirmou a tia.

A suspeita que a garota participava do jogo Baleia Azul veio por causa do comportamento dela nos �ltimos dias. “Ela vinha andando meio estranha, falando que estava vendo filmes de terror, ouvindo m�sicas estranhas, usando somente blusas de mangas cumpridas, vendo s�ries. Isso desde o in�cio de janeiro. Conversei com uma amiga dela, depois da situa��o, e ela me informou que minha sobrinha participava de um grupo do jogo, mas que n�o estava jogando”, explicou.

O celular da garota foi apreendido e ser� analisado pela Pol�cia Civil, que abriu inqu�rito para investigar o caso. Os agentes j� est�o colhendo o depoimento de familiares da v�tima e a amiga dela tamb�m deve ser ouvida nos pr�ximos dias. A apura��o inicial d� conta que h� ind�cios da participa��o no jogo.

Outros casos

Minas Gerais j� investiga outros poss�veis casos de pessoas que tentaram ou retiraram a pr�pria vida por causa do jogo macabro. O primeiro registro foi de um de um jovem de 19 anos que se matou em Par� de Minas, na Regi�o Centro-Oeste do Estado. O corpo do rapaz foi encontrado na quarta-feira, na cama da casa onde morava. A principal prova do crime pode estar no celular do jovem, que ainda � periciado. A suspeita � que ele tenha ingerido dezenas de comprimidos de um antidepressivo e calmante.

A Pol�cia Civil de Leopoldina, na Zona da Mata, investiga a participa��o de um jovem de 18 anos no jogo. Segundo a corpora��o, a m�e do garoto procurou a pol�cia em 13 de abril informando que o filho estava participando do jogo e que ele tinha alguns cortes no bra�o. O boletim de ocorr�ncia gerado pela mulher d� conta de que os cortes reproduzem a imagem de uma baleia e que eles teriam sido feitos com a ajuda de uma colega de sala do filho, que o incentivou a entrar no game.

Em Belo Horizonte, um adolescente de 16 anos foi encontrado morto no �ltimo fim de semana no Bairro Ribeiro de Abreu, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. Apesar de a princ�pio a Pol�cia Civil n�o relacionar o caso com o game, familiares da v�tima suspeitam que haja rela��o.

O jogo prev� o cumprimento de 50 tarefas, que incentivam a automutila��o e tamb�m colocam a vida em risco, sendo que uma delas � a pessoa desenhar uma baleia no pr�prio bra�o com objetos cortantes. O desafio derradeiro � cometer o suic�dio.

Preven��o

A Pol�cia Civil destaca algumas orienta��es aos pais e respons�veis para evitar que crian�as e adolescentes fiquem expostos a crimes virtuais, como o jogo. A corpora��o orienta manter a proximidade com os filhos, sobrinhos e alunos. Com isso, � poss�vel conhecer mais sobre amigos, lazer e atividades sociais de interesse.

Ter acesso a redes sociais para verificar o tipo de assunto que a crian�a ou o adolescente aborda ou compartilha entre os amigos; importante se inteirar da rotina e ficar atento a qualquer altera��o de comportamento deles. Mudan�as de estilo de roupas e h�bitos, por exemplo, s�o um indicativo de alerta; � fundamental que a fam�lia e a escola realizem atividades que despertem o interesse no jovem acerca do futuro dele, que estimulem a autoestima e o que planeja para a vida.

Promover sempre um di�logo aberto com orienta��es e informa��es sobre os riscos de eventuais crimes pela Internet, ressaltando que podem vir mascarados de entretenimento e sedu��o para algo interessante e que, na verdade, pode ser uma grande armadilha; A rela��o de confian�a criada com os pais � imprescind�vel para que o adolescente possa relatar qualquer coisa diferente que tenha ocorrido em sua rotina, sem temer a puni��o.