Com o crescente n�mero de assaltos a �nibus do sistema p�blico de Belo Horizonte, desde janeiro a prefeitura mobilizou seu sistema de seguran�a, com o acompanhamento aleat�rio de viagens por guardas municipais em linhas que cortam as avenidas Nossa Senhora do Carmo e Ant�nio Carlos, em trechos considerados cr�ticos. Os dados mais recentes sobre essa modalidade de crime na capital, informados pela Secretaria de Estado de defesa Social (Seds), apontam crescimento em torno de 59% dos ataques aos coletivos no comparativo de janeiro a novembro do ano passado, com 2.467 ocorr�ncias, contra 1.555 de igual per�odo em 2015. M�dia assustadora de sete assaltos di�rios em 2016.
A escolha dos corredores eleitos para as opera��es da Guarda Municipal levaram em conta os �ndice de ataques a �nibus nessas vias. Na Avenida Nossa Senhora do Carmo, o trecho cr�tico identificado foi do ponto em frente ao Chevrolet Hall at� a BR-356, em frente ao BH Shopping. Na Ant�nio Carlos, entre os bairros Lagoinha e Cachoeirinha. De acordo com a Secretaria de Seguran�a Urbana, a opera��o j� se estendeu para outras avenidas, como Cristiano Machado e Raja Gabaglia, sempre se concentrando em �reas de maior frequ�ncia de assaltos a �nibus. Desde janeiro, a pasta informa que foram realizadas 2.623 viagens acompanhadas, com 13 pessoas detidas de um total de 926 abordadas.
A estudante universit�ria Kelly Cristina, de 35 anos, usa a linha 9250 (Caetano Furquim/Nova Cintra) com frequ�ncia. Demonstrando-se segura, ela at� arranjou tempo para estudar durante a viagem. “Nunca fui assaltada nesta linha, mas tenho amigos que foram. N�o me lembro de ver guardas municipais nas viagens que fiz, mas � bom ter essa op��o de seguran�a”, sugeriu.
A coordenadora de cr�dito imobili�rios Anna Venuto, de 41, conta que pega o �nibus 8001 (Ana L�cia/BH Shopping), �s 20h, em dire��o ao Centro, e que tem sido comum a presen�a dos guardas. “Embora n�o tendo sofrido assaltos, era sempre temeroso voltar para casa � noite. Com eles, h� uma sensa��o de seguran�a”. J� a servidora p�blica Edna Lopes, de 56, conta que por tr�s vezes estava em coletivos que foram atacados. “Ainda n�o percebi guardas nos �nibus, mas deu para sentir um clima menos tenso nos �ltimos meses, j� que n�o vejo mais suspeitos entrando nos ve�culos”, assinalou.