Exame de grafia e identidade visual leva PC � confirma��o de pichador da Pampulha

Exames de grafia e de identidade visual, al�m do registro fotogr�fico e an�lise de imagens de c�meras pr�ximas � Igreja S�o Francisco de Assis, na orla da Pampulha, em Belo Horizonte, foram as pe�as-chave para que a Pol�cia Civil chegasse � confirma��o de que Wesley Abreu da Silva, de 34 anos, � de fato o autor da picha��o do monumento.

O crime ocorreu na madrugada do dia 15 de mar�o. Na manh� desta quinta-feira, a corpora��o apresentou v�deos e fotos que mostram o momento em que o homem, j� indiciado no crime de picha��o, deixa o templo religioso, depois de ter escrito a palavra Perfeita�smo em uma das paredes do local. O inqu�rito que apurou o caso ser� encaminhado nesta tarde � Justi�a.

De acordo com a delegada Cristiane Lopes, da Delegacia Especializada de Crimes contra o Meio Ambiente e Conflitos Agr�rios, Wesley est� solto e vai responder, em liberdade, pelo artigo 65 da Lei 9.605, que criminaliza a pr�tica de pichar, ou por outro meio, danificar edifica��o ou monumento urbano.

A policial explica que, “mesmo com a identifica��o de Wesley e sem restar d�vidas de que � ele o autor da picha��o, n�o cabe pris�o porque o crime � de menor potencial ofensivo”. Segundo ela, Wesley responder� pelo crime no tipo qualificado, por se tratar de um monumento tombado pelo patrim�nio, com pena de seis meses a um ano de deten��o, mais multa, a ser arbitrada pela Justi�a.

A delegada e peritos que trabalharam no caso explicaram a din�mica das investiga��es. De acordo com Cristiane Lopes, em 16 de mar�o, primeiro dia de apura��es, foi poss�vel chegar a um livro publicado na internet e intitulado Perfeita�smo, escrito por Wesley. Na data seguinte, ele foi chamado a prestar depoimento e negou que tenha sido ele o autor da picha��o, mas se disp�s a arcar com os custos da limpeza da igreja.

“Ele se apressou muito assustado e n�o soube explicar onde estava no momento do dia e momento da picha��o. O fato de ele ter oferecido para limpar a parede como forma de 'resolver isso logo' nos chamou a aten��o e passamos a suspeitar dele”, explica a delegada.

No dia em que foi ouvido, o acusado tamb�m se disse surpreso com a 'repercuss�o negativa' que o fato teve. “Ele disse em depoimento acreditar que seria chamado pela imprensa para dar entrevistas sobre o livro dele e n�o que a imprensa falasse do aspecto negativo da picha��o”, afirmou Cristiane.