
A delegada Juliana Aparecida, de Piranga, na Zona da Mata, aguarda a conclus�o da per�cia feita nas pe�as para dar prosseguimento ao caso, j� que n�o h� nenhum suspeito de ter colocado os objetos sacros nas �guas rasas da localidade de Ponte Alta, na zona rural de Porto Firme. N�o h� registro de furto de igrejas ou capelas nos �ltimos tempos no munic�pio e arredores. Para moradores, o surgimento das imagens � um grande mist�rio.
Minas tem um dos maiores patrim�nios culturais do pa�s, sendo que 60% dos bens j� foram furtados ao longo dos anos. Mediante uma campanha iniciada h� 14 anos, muitas pe�as sacras j� voltaram para os altares e muitas reaparecem de forma surpreendente como agora. Embora as imagens encontradas na Zona da Mata n�o sejam de valor hist�rico, como diz um morador da regi�o, certamente “s�o de devo��o e devem pertencer a templos cat�licos”. O morador destaca, ainda, a coincid�ncia, j� que h� 300 anos foi encontrada no Rio Para�ba do Sul, em S�o Paulo, a imagem da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. “S� que, em vez de uma pe�a, agora s�o sete”, afirmou.
VILIP�NDIO Caso se comprove que as imagens foram colocadas no ribeir�o em algum ato contra a Igreja, o autor pode responder por crime contra o sentimento religioso, previsto no artigo 208 do C�digo Penal, por vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto.
O vilip�ndio tamb�m pode ser praticado contra objetos de culto religioso como o altar, p�lpito (tribuna), c�lice, crucifixo, livros lit�rgicos, tur�bulos (vaso suspenso por pequenas correntes, usado nas igrejas para nele queimar-se o incenso; incens�rio) ou aspers�rio (instrumento de metal ou madeira que se mergulha em �gua-benta para aspergi-la sobre os fi�is na igreja).
Por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, conforme disp�em as leis 9.099/95 e a 10.259/01, a pena m�xima n�o pode ser superior a dois anos. (Com informa��es de Landercy Hemerson)