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Estado de Minas

Apesar de queda nos casos de febre amarela, autoridades recomendam vacina��o

Manuten��o da imuniza��o deve ser mantida porque per�odo de maior circula��o do v�rus, que vai de setembro at� o fim de maio, ainda n�o terminou


postado em 04/05/2017 06:00 / atualizado em 04/05/2017 07:45

A vacina contra febre amarela faz parte do calendário de rotina em Minas, mas a cobertura era de apenas 50% no início do surto, chegando a 70% no momento(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS - 10/01/2017)
A vacina contra febre amarela faz parte do calend�rio de rotina em Minas, mas a cobertura era de apenas 50% no in�cio do surto, chegando a 70% no momento (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS - 10/01/2017)
Os n�meros de casos e mortes por febre amarela silvestre mostram que a doen�a deu uma tr�gua em Minas, com dados que seguem em tend�ncia de estagna��o. Mas, ap�s o maior surto de que se tem registro na hist�ria da sa�de p�blica do pa�s, pelo menos desde 1980, ainda n�o � momento de baixar a guarda em rela��o � doen�a.

At� porque o per�odo de maior circula��o do v�rus, que come�a em setembro, ainda n�o acabou e se estende at� o fim de maio. Al�m disso, casos podem ocorrer em qualquer �poca do ano. Depois de pelo menos 1.139 casos notificados em Minas e 151 mortes j� confirmadas, autoridades de sa�de recomendam que se mantenha a vacina��o para pessoas ainda n�o protegidas, ou seja, aquelas que nunca tenham tomada nenhuma dose ao longo de toda a vida. As doses do imunizante fazem parte do calend�rio nacional de vacina��o e est�o dispon�veis em todos os centros de sa�de da capital.

Diferentemente do m�todo que vinha sendo preconizado at� ent�o, desde 5 de abril o Minist�rio da Sa�de passou a adotar dose �nica da vacina contra a febre amarela para as �reas com recomenda��o de vacina��o em todo o pa�s, assim como � o estado de Minas Gerais. A medida j� era adotada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), desde 2014. Com isso, segundo o �rg�o, devem se imunizar crian�as a partir de nove meses e adultos at� 59 anos, com apenas uma dose da vacina. “Assim, a prote��o est� garantida para o resto da vida. Para quem ainda n�o foi vacinado, a orienta��o � receber a dose �nica. A indica��o � apenas para pessoas que vivem ou viajam para as �reas de recomenda��o. A popula��o que n�o vive na �rea de recomenda��o e n�o vai se dirigir a essas �reas n�o precisa buscar a vacina��o neste momento”, informou o Minist�rio, por meio de nota. A vacina��o de rotina para febre amarela � ofertada em 19 estados.

Desde o in�cio do surto de febre amarela em Minas, houve uma corrida �s unidades de sa�de em busca de doses da vacina, o que elevou a cobertura vacinal da popula��o, que era na �poca de aproximadamente 50%, para de 70,81%, na semana passada. Segundo o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Est�v�o Urbano, o ideal � que 100% da popula��o esteja imunizada, descontando aquelas pessoas que n�o podem tomar a vacina. Mas admite-se um �ndice de 80% para enfrentamento de grandes surtos, como o atual. “Ainda h� um trabalho a ser feito”, adverte. Na capital, segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, esse �ndice chegou a cerca de 90%.

“O Programa Nacional de Imuniza��o (PNI) do Sistema �nico de Sa�de (SUS) j� determina que a vacina de febre amarela � priorit�ria para �reas end�micas da doen�a, a exemplo de Minas. Ent�o, mesmo fora de �pocas de surto, o imunizante permanece dispon�vel. E como agora a recomenda��o � de apenas uma dose, as pessoas que n�o se vacinaram ainda devem conferir seus cart�es e, caso nunca tenham se imunizado, devem procurar a unidade de sa�de mais pr�xima para receber a dose”, orienta a coordenadora estadual de Imuniza��o da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), Eva L�dia Arcoverde Medeiros. Ela afirmou que um novo levantamento est� sendo feito no estado para avaliar qual � o mais atual �ndice de cobertura vacinal nos munic�pios mineiros.

Em Belo Horizonte, a orienta��o � a mesma. De acordo com o m�dico infectologista e coordenador do Servi�o de Aten��o ao Viajante da Secretaria Municipal de Sa�de (SMSa), Argus Le�o Ara�jo, apesar de grande parte da popula��o ter se vacinado ap�s o in�cio do surto em Minas, � preciso ficar atento para que essa situa��o n�o se repita. “A vacina faz parte da rotina de vacina��o, assim como a da gripe ou a do t�tano, por exemplo. O que n�o se deve � esperar ocorrer uma situa��o como a deste ano para se buscar o imunizante. Muito provavelmente, se a popula��o do Leste do estado tivesse se protegido previamente, n�o ter�amos tido tantos casos e mortes”, lembra.

O especialista lembra ainda que Belo Horizonte n�o teve casos aut�ctones de febre amarela, ou seja, aqueles contra�dos dentro de seu territ�rio. Mas ressalta que o registro de mortes de macacos, inclusive em parques dentro da �rea urbana e com quatro resultados positivos para a doen�a nesses animais, s�o um alerta para a circula��o do v�rus na cidade ou, pelo menos, naquela regi�o. E afirma que o atual momento � inclusive mais favor�vel � vacina��o, que pode ser programada, j� que o cen�rio n�o � mais de urg�ncia. “A vacina est� dispon�vel em qualquer centro de sa�de da cidade. N�o h� desculpa para n�o se vacinar, caso haja realmente necessidade. At� porque, n�o h� filas, como em meses anteriores”, disse.

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)

COMBATE AO VETOR O m�dico Carlos Starling, que � membro da Sociedade Mineira de Infectologia, destaca outro ponto importante. Ele alerta que as medidas de controle do mosquito Aedes aegypti, apto para transmitir a febre amarela na �rea urbana, n�o podem ser esquecidas. No meio rural, a doen�a tem como vetor os mosquitos Haemagogus e Sabethes. “Sem d�vida, a vacina � a medida priorit�ria, diante de sua efic�cia, superior a 95%. Mas, as a��es para evitar a prolifera��o do Aedes n�o podem ser deixadas de lado, durante todo o ano, j� que estamos batendo h� d�cadas nessa tecla e registramos epidemias de dengue ano ap�s ano e atualmente estamos vendo os casos de chikungunya disparar.

CASOS Dados do Minist�rio da Sa�de mostram a situa��o da febre amarela no pa�s. At� a �ltima quinta-feira, foram confirmados 715 (22,8%) casos da doen�a. Ao todo, foram notificados 3.131 casos suspeitos, sendo que 827 (26,4%) permanecem em investiga��o e 1.589 (50,8%) foram descartados.

Dos 392 �bitos notificados, 240 (61,2%) foram confirmados, 39 (9,9%) ainda s�o investigados e 113 (28,9%) terminaram descartados.A vacina��o de rotina para febre amarela � ofertada em 19 estados. (Acre, Amazonas, Amap�, Par�, Rond�nia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goi�s, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranh�o, Piau�, Minas Gerais, S�o Paulo, Paran�, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com recomenda��o para imuniza��o. Vale destacar que na Bahia, Piau�, S�o Paulo, Paran�, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a vacina��o n�o ocorre em todos os munic�pios.

Al�m das �reas com recomenda��o, neste momento, tamb�m est� sendo vacinada, de forma escalonada, a popula��o do Rio de Janeiro e Esp�rito Santo. Segundo o Minist�rio da Sa�de, doses extras da vacina t�m sido enviadas desde o in�cio do ano aos estados que est�o registrando casos suspeitos da doen�a, al�m de outros localizados na divisa com �reas que tenham notificado casos.

No total, 23,6 milh�es de doses extras foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (7,5 milh�es), S�o Paulo (4,78 milh�es), Esp�rito Santo (3,65 milh�es), Rio de Janeiro (4,6 milh�es) e Bahia (2,2 milh�es). Al�m disso, foram distribu�das, desde janeiro deste ano, 4,35 milh�es doses da vacina de rotina para todas as unidades da federa��o. Outras 813,4 mil doses foram enviadas para intensificar a��es nos outros estados.


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