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Estado de Minas

Den�ncia de abusos em Alfenas exp�e onda de crimes contra adolescentes na cidade

Dados do Conselho Tutelar mostram que h� uma m�dia de 20 crimes registrados contra meninas, por m�s, na cidade


postado em 06/05/2017 00:12 / atualizado em 06/05/2017 08:11

Paulo, Silvério, presidente do Conselho Tutelar de Alfenas:
Paulo, Silv�rio, presidente do Conselho Tutelar de Alfenas: "A situa��o est� dif�cil e os abusadores est�o nas ruas". (foto: Jair Amaral/Em/D.A Press)

Alfenas –
A identifica��o de um homem suspeito de abuso sexual de adolescentes que desejavam seguir carreiras de atriz e modelo exp�e apenas uma pequena parte desse tipo de situa��o em Alfenas, na Regi�o Sul de Minas. De acordo com o Conselho Tutelar do munic�pio, h� registro de, em m�dia, 20 den�ncias por m�s envolvendo meninas na cidade. “A situa��o est� dif�cil e os abusadores est�o nas ruas”, alertou ontem o presidente da entidade, Paulo Silv�rio.

Ele disse que, na segunda-feira, vai � C�mara Municipal para falar aos vereadores e a pessoas da comunidade sobre a situa��o, que culminou, no s�bado, com a revela��o de que sete jovens – duas de Goi�s e outras do Sul de Minas, S�o Paulo e Paran� – tinham sido v�timas de abuso, press�o psicol�gica e at� estupro.

F�bio Fernandes dos Santos, acusado de assediar meninas que hospedava em um casar�o do Bairro Jardim Alvorada, a tr�s quil�metros do Centro, sob promessa de contrato de trabalho para desfiles ou novelas de tev�, est� desaparecido. Na manh� de ontem, a equipe do Estado de Minas esteve na casa da m�e dele, no Bairro Pinheirinhos, mas ela n�o quis dar entrevistas. A porta foi atendida por uma jovem que se identificou como irm� de F�bio e disse n�o saber do paradeiro dele, mas negou que esteja foragido.


Numa avenida pr�xima, outra mulher que se disse parente de F�bio tamb�m informou desconhecer o rumo tomado pelo agente de modelos. “Ele saiu daqui h� algum tempo. Morou em S�o Paulo, no Rio de Janeiro e depois voltou para c�. Se fez alguma coisa errada, certamente ter� que pagar � Justi�a”, observou.


‘MUITO ESTRANHO’
No Bairro Jardim Alvorada, um homem informou que havia visto F�bio dois dias antes, na quarta-feira, pegando um �nibus. Ao lado, um rapaz foi logo dizendo que F�bio n�o “merece defesa” pelos atos cometidos, que, conforme den�ncia do Conselho Tutelar e apura��o da Pol�cia Civil, inclui o estupro de uma menina de 13 anos.


No Bairro Pinheiros, uma mulher que pediu para n�o ser identificada contou que chegou a ir � ag�ncia mantida pelo investigado, que funcionava no casar�o da Rua Onofre Gomes Pereira, no Bairro Jardim Alvorada. Em tom confidencial, explicou que, h� um m�s, esteve no local com a nora, a sobrinha da nora, de 15 anos, que queria ser modelo, e tamb�m com uma esteticista. “Queria conhecer o ambiente, e achei l� tudo muito estranho, principalmente pela localiza��o de uma ag�ncia de modelos neste ‘fund�o’. S� estava aquele homem, que eu nunca tinha visto, e umas meninas em torno de uma mesa. Nada parecia um escrit�rio”, revelou.


Intrigada com o ambiente e preocupada com a situa��o da adolescente, a mulher, que estuda direito, perguntou se o lugar era uma ag�ncia, um escrit�rio ou se havia contrato para os pais das garotas assinarem. Como as respostas eram negativas, ela perguntou pelo CNPJ, “que ele disse que tinha, mas n�o mostrou”. Finalmente, pediu um cart�o de visita, mas o homem respondeu que “tinha acabado”. N�o satisfeita, a mulher perguntou se as meninas recebiam algum dinheiro, se os pais davam autoriza��o, mas acabou sem muitas informa��es. “Achei melhor, ent�o, comentar o assunto com um amigo meu da pol�cia”, ressaltou.


No Bairro Jardim Alvorada, a m�e de uma menina que tamb�m queria ser modelo e que chegou a ir algumas vezes ao casar�o disse que n�o suporta mais a situa��o. “Isso mexeu com a cabe�a da minha filha, vou lev�-la ao psic�logo.” Para ela, F�bio, o suspeito de ter praticado o ass�dio e abuso sexual contra as adolescentes, nunca demonstrou esse tipo de comportamento. E destacou, chamando a casa das “meninas de Goi�s”. “Elas entravam e sa�am a hora que queriam. Iam para a escola, para a academia. Todo mundo tinha o controle (remoto) do port�o”, disse.


Quem passa na frente do casar�o de muros altos e com tr�s port�es observa que o sil�ncio est� imperando ali. “S� ouvi falar, n�o sei de nada n�o”, comenta um trabalhador apressado. J� uma mulher prefere dizer que n�o assiste televis�o nem l� jornais, por isso n�o sabe de nada, enquanto uma senhora diz que mudou apenas h� dois meses para o bairro. “Ent�o, mo�o, n�o sei de nada.”

Apura��es Ontem, a delegada Renata Fernanda Resende informou que dilig�ncias e oitivas est�o sendo feitas para apurar o caso. Ela acrescentou que h� muitas v�timas envolvidas e que cada caso est� sendo avaliado com aten��o. Ainda de acordo com Renata, resultados de laudos periciais j� foram anexados ao inqu�rito policial, mas o conte�do n�o ser� divulgado para n�o atrapalhar as investiga��es.


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