Beato elogiou o trabalho da Guarda Municipal – corpora��o subordinada � pasta que comanda – e destacou a import�ncia do aumento do efetivo da Pol�cia Militar na capital, institui��o considerada pelo pr�prio secret�rio como protagonista da redu��o da criminalidade. Por isso, provavelmente muitas a��es a serem implantadas pelo munic�pio dever�o ter parceria com a PM e outras institui��es de alguma forma ligadas � quest�o da seguran�a.
“A queda mais not�vel foi nos homic�dios, quase 23%. Outro delito, o roubo, tamb�m registrou redu��o de 13,8%”, disse o soci�logo. Beato, entretanto, destacou que, em n�meros absolutos, as ocorr�ncias continuam elevadas. E garantiu: “Vamos continuar trabalhando para oferecer o melhor por parte do poder p�blico para a popula��o”.
Algumas a��es j� s�o conhecidas do belo-horizontino. Uma delas � a atua��o do Centro de Opera��es da Prefeitura (COP), que re�ne diversas institui��es municipais e estaduais em uma sala no Buritis, na Regi�o Oeste da capital. � de l� que guardas municipais, policiais militares e civis, bombeiros e outros profissionais acompanham o que ocorre na capital por meio de dezenas de c�meras de vigil�ncia.
Uma medida divulgada com pompa pela prefeitura e que completar� um m�s amanh� � o refor�o do n�mero de guardas municipais no Hipercentro da capital. A estrat�gia faz parte do projeto do prefeito Alexandre Kalil de revitalizar a �rea. No que diz respeito � seguran�a, a corpora��o apostou na presen�a maior dos agentes em tr�s pra�as: Sete, da Rodovi�ria e da Esta��o.
VIAGEM SEGURA O comandante da Guarda Municipal, Rodrigo Prates, avaliou que parte da redu��o no n�mero de roubos em Belo Horizonte se deve a a��es como o projeto Viagem Segura, implantado em fevereiro, pelo qual duplas de guardas viajam em �nibus de algumas linhas em corredores movimentados, como as avenidas Ant�nio Carlos e Nossa Senhora do Carmo.
“Acompanhamos 5.758 viagens”, informou Prates. Ele acrescenta que, desde o in�cio do ano, a corpora��o abordou 3.282 pessoas e apreendeu 28 armas de fogo. Ao todo, 52 pessoas foram presas. Levando-se em conta todas as a��es com a participa��o da corpora��o, a soma chega a 9.679.
CONCURSO P�BLICO Apesar do elogio do comandante e do secret�rio �s a��es da corpora��o, a prefeitura ainda n�o tem previs�o de quando aumentar� o efetivo da Guarda. N�o h� previs�o de concurso p�blico e o total de agentes recua a cada ano desde 2013, quando somavam 2.221 servidores. Em 2014 passaram para 2.184; em 2015, para 2.133; em 2016, no �ltimo balan�o divulgado, eram 2.112. Nestes quatro anos, 131 agentes foram exonerados por motivos diversos.
O aumento do efetivo foi um dos pilares do plano de governo de Alexandre Kalil na �rea de seguran�a. “Naturalmente, depende de or�amento”, afirmou o secret�rio municipal sobre a efetiva��o da proposta. O artigo 7 da Lei Federal 13.022, mais conhecido como Estatuto das Guardas Municipais, estipula a quantidade de agentes para cada cidade, levando-se em conta o n�mero de habitantes.
No caso de BH, com popula��o em torno de 2,4 milh�es, a Guarda deveria contar com um efetivo em torno de 4,5 mil agentes. O oficial de Justi�a aposentado Ronaldo Correa Camargos, de 63 anos, torce para que as a��es da corpora��o e as novas diretrizes contenham a viol�ncia na cidade. Para ele, embora tenha ocorrido redu��o na criminalidade, a sensa��o de inseguran�a continua grande. “� o que vejo e escuto pela cidade.”
Palavra de especialista
Victor Neiva, soci�logo e pesquisador do Crisp/UFMG
Dados devem orientar a��es
“Para cada tipo de crime h� uma din�mica. As a��es das institui��es de seguran�a precisam ser focalizadas, baseadas em evid�ncias, em dados. N�o h� mais como atuar de forma cega. A pol�cia precisa saber como agir em cada localidade, levando em conta as evid�ncias, as estat�sticas.”