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Estado de Minas

Opera��o no Ceresp Gameleira termina com dois carcereiros detidos com armas irregulares

Opera��o com mais de 260 policiais militares deflagrada a partir de investiga��es do Minist�rio P�blico barra esquema de entrada de objetos proibidos em unidade prisional


postado em 26/05/2017 06:00 / atualizado em 26/05/2017 07:45

Militares, que contaram com a ajuda de cães farejadores, identificaram nas galerias droga, celulares e instrumentos cortantes(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Militares, que contaram com a ajuda de c�es farejadores, identificaram nas galerias droga, celulares e instrumentos cortantes (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Um esquema de facilita��o de entrada de objetos il�citos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte, foi interceptado e dois agentes prisionais foram detidos durante a Opera��o Pombal, realizada na manh� de ontem, que resultou ainda na apreens�o de duas armas de fogo. A a��o ocorreu em cumprimento de ordem judicial, a partir de investiga��o do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPE-MG), que tamb�m apura den�ncias de maus-tratos contra presos.

A opera��o foi realizada pela Promotoria de Justi�a de Defesa dos Direitos Humanos e Controle Externo da Atividade Policial, com apoio de 265 militares e quatro c�es farejadores do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da PM. Foram realizadas vistorias em ve�culos de agentes penitenci�rios estacionados na unidade e em celas das galerias A e C.

Dos dois guardas prisionais detidos, um foi flagrado com duas armas de fogo, muni��o e quatro aparelhos celulares. O outro estava com uma arma n�o especificada pelos respons�veis pela opera��o. Nas galerias foram apreendidas 100 gramas de subst�ncia semelhante a maconha, um aparelho celular e objetos perfurocortantes. Os guardas presos foram encaminhados por outros agentes penitenci�rios, como determinam as normas que regem a atividade, para a Central de Flagrantes do Barreiro. A Corregedoria da Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap) acompanhou a ocorr�ncia.

De acordo com o MPE-MG, a a��o na unidade prisional � resultado de inqu�rito civil aberto em 2012 para apura��o dos recursos estruturais do Ceresp Gameleira, incluindo as condi��es de trabalho dos agentes penitenci�rios. Atualmente, s�o 1,2 mil presos em galerias que t�m capacidade para pouco mais de 400. De acordo com os promotores que atuam no caso, falta estrutura adequada � unidade e ao trabalho dos funcion�rios, situa��o que compromete a dignidade do cumprimento da pena.

“A corrup��o de agentes p�blicos, o n�mero de agress�es e torturas na unidade prisional, bem como as p�ssimas condi��es do c�rcere acabam se voltando contra a pr�pria sociedade, na medida em que n�o h� interrup��o da atividade delitiva e se impede a recupera��o do preso”, afirmam os representantes do Minist�rio P�blico em seus relat�rios. A partir das provas documentais conseguidas em dezenas de procedimentos investigat�rios criminais em andamento e de den�ncias de que nos �ltimos meses aumentaram os casos de entrada de objetos il�citos na penitenci�ria, com envolvimento de agentes prisionais, foi solicitada a expedi��o dos mandados de busca e apreens�o cumpridos ontem. Est� sob investiga��o ainda a suspeita de torturas e maus-tratos dos detentos contr�rios ao esquema criminoso.

Por meio de nota, a Seap confirmou a pris�o dos dois agentes de seguran�a e as apreens�es das armas e dos aparelhos de celular. “A opera��o come�ou com uma investiga��o do pr�prio Minist�rio P�blico e transcorreu em sigilo. N�o cabe � Secretaria de Estado de Administra��o Prisional conduzir investiga��es de fatos tipificados como crime”, esclareceu. Ainda de acordo com a secretaria, a a��o foi acompanhada no local por agentes penitenci�rios do Comando de Opera��es Especiais (Cope) e do N�cleo de Correi��o Administrativa. “No que se refere aos resultados da opera��o (pris�es e apreens�es), a Seap adotar� as provid�ncias administrativas requeridas pela situa��o, observando-se os procedimentos legais”, concluiu. (Com Guilherme Paranaiba)


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