
Um esquema de tr�fico de drogas chefiado por dois detentos de dentro de um pres�dio na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte foi interceptado pela Pol�cia Civil, e resultou na pris�o de mais quatro envolvidos que estavam em liberdade, al�m da apreens�o de 1,3 tonelada de maconha. De acordo com as apura��es, a organiza��o criminosa trazia carregamentos da droga a cada tr�s meses.
Foram oito meses de investiga��o, at� que na quarta-feira passada, foi apreendida a droga em a��o policial na cidade de Frutal, no Tri�ngulo Mineiro. O carregamento de maconha estava num fundo falso de um caminh�o boiadeiro.
De acordo com a Pol�cia Civil, foram presos Paulo Cesar Antunes Pereira, de 28 anos, Jair Siqueria, de 44, Odulio Gon�alves Martinez, de 47 e Renato da Motta Pereira, de 28. Wender Wesley Ferreira de Oliveira, de 27, e Roberth Afonso Santos Morais, comandavam a compra da droga de dentro da penitenci�ria.
A organiza��o criminosa era dividida em dois n�cleos. Wender Oliveira chefiva o grupo que atua no Aglomerado da Serra, Centro-Sul de Belo Horizonte. Roberth era o “patr�o” da gangue do Bairro S�o Francisco, na Pampulha.
O superintendente de Investiga��o e Pol�cia Judici�ria, delegado-geral Marcio Lobato, ressaltou o trabalho da equipe. “Foi uma a��o muito importante, que resultou na pris�o dos l�deres da quadrilha, culminando com um duro golpe ao tr�fico”, ressaltou. “� um trabalho que merece destaque e deve ser enaltecido”, completou.
O delegado Marcus Vin�cius Lobo Leite Vieira, respons�vel pela investiga��o, destacou como a quadrilha agia. “De acordo com as investiga��es, a quadrilha trazia essa quantidade de drogas para Minas a cada tr�s meses. Wender e Roberth se associaram dentro do pres�dio para trazerem grande quantidade maconha a ser distribu�da em suas regi�es”, assinalou.
Segundo o policial, o local escolhido para a negocia��o da compra do entorpecente foi a cidade de Ponta Por� (MS), que fica na fronteira do Brasil com Paraguai, grande produtor de maconha. Para escapar da fiscaliza��o em S�o Paulo, os criminosos escolheram como rota estradas no Tri�ngulo Mineiro.
“Para viabilizar a empreitada criminosa, cada um tinha, do lado de fora da pris�o, um associado de confian�a que resolvia os assuntos referentes ao transporte da droga”, completou Vieira. Os associados, conhecidos como gerentes da quadrilha, est�o em liberdade, mas j� foram identificados. As investiga��es seguem para descobrir outros integrantes do grupo criminoso.
Por meio de nota, a Secretaria de Administra��o Prisional (Seap) disse que, “a partir do momento em que tomou conhecimento do caso, come�ou a apura��o interna imediatamente para saber se a informa��o procede ou n�o”.
