
Segundo os investigadores, Elvis da Silva Pereira criou o Conv�nio de Profissionais Liberais do Estado de Minas Gerais (Ceplemg), que prometia servi�os de medicina, odontologia e reboque a um pre�o acess�vel, mas a demanda dos clientes nunca era executada. Ainda de acrodo com a Pol�cia Civil, o suspeito chegou a falsificar decis�es judiciais e se apresentar como rep�rter investigativo federal, oferecendo aos clientes quebra de sigilo de sites e aplicativos de relacionamento, como o Facebook e WhatsApp.
Elvis foi preso pela Pol�cia Civil no �ltimo s�bado e a sede do Ceplemg foi fechada no mesmo dia. Al�m do mandado de pris�o, a pol�cia tamb�m cumpriu mandados de busca e apreens�o na sede do conv�nio e na resid�ncia do acusado. No Ceplemg foram recolhidos diversos documentos e dois computadores e, na casa, um ve�culo Renault Megane.
As investiga��es que culminaram com a pris�o de Elvis da Silva Pereira tiveram in�cio em janeiro, ap�s uma den�ncia de estupro. Segundo o delegado Rodrigo Baptista Damiano, respons�vel pelo caso, Elvis se apresentou para um homem como rep�rter investigativo federal e foi contratato para, por meio da quebra de sigilo de sites e aplicativos, vigiar a namorada da v�tima.
"Como n�o obteve o atendimento que desejava, o homem foi at� o escrit�rio do Ceplemg para reclamar. L� o suspeito afirmou ser um policial civil, dizendo que do lado de fora estavam mais dois policiais. Neste momento, ele obrigou a v�tima a praticar ato libidinoso com ele, sob amea�a de espacamento dos supostos civis", revelou o delegado.
Depois do ocorrido, Elvis teria dito que havia filmado tudo e divulgaria as imagens, caso fosse denunciado. "A v�tima chegou a pensar em tirar a pr�pria vida, mas procurou a Pol�cia Civil. A partir da�, come�amos a investigar o suspeito e a entidade", completou Rodrigo.
Golpe
Conforme as investiga��es, o Ceplemg teria sido respons�vel por lesar in�meras pessoas, vendendo a promessa de uma associa��o que garantiria ao s�cio acesso a servi�os de medicina, odontologia, reboque e advocacia. As mensalidades variavam de R$75 a R$600. "O conv�nio oferecia uma gama enorme de servi�os por um pre�o barato, atendendo principalmente a uma popula��o de baixa renda, que muitas vezes n�o consegue ter um plano de sa�de e, pelas faciliaddes, se sentia atra�da para se associar", afirmou Rodrigo.
A pol�cia ainda destacou que o contrato assinado pelas v�timas tinha uma cl�usula que deixava em aberto a presta��o dos servi�os. "De acordo com o contrato, mesmo que as pessoas estivessem com o pagamento em dia, todo o pedido de servi�o ficava sujeito a uma an�lise t�cnica que era feita pelo pr�prio suspeito. Nessa an�lise, ele inventava as desculpas mais estapaf�rdias para reprovar o servi�o requisitado", apontou o delegado.
Alerta
O delegado Marcelo Cali, da Regional Centro, faz um alerta para outras v�timas que identificarem o suspeito fa�am ocorr�ncia. "Considerando que outras pessoas podem ter sido lesadas, � extremamente importante que as v�timas desse suspeito procurem a delegacia mais pr�xima ou a pr�pria 4ª Delegacia de Pol�cia Civil, no Centro, para fazer o registro da ocorr�ncia", disse.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Jociane Morais