(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

"� definitiva e sem volta", diz Kalil sobre retirada dos camel�s do Centro de BH

Prefeito de Belo Horizonte disse que a a��o ser� permanente e vai ser ampliada para outras regi�es da cidade. Sorteio de vagas foi adiantado para quinta


postado em 04/07/2017 13:33 / atualizado em 04/07/2017 14:20

Kalil, secretários e autoridades policiais concederam entrevista coletiva nesta terça(foto: PBH/Divulgação)
Kalil, secret�rios e autoridades policiais concederam entrevista coletiva nesta ter�a (foto: PBH/Divulga��o)
“� uma opera��o definitiva e sem volta”, disse, na manh� desta ter�a-feira, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, em coletiva de imprensa sobre a a��o de retirada dos camel�s do Hipercentro da capital. Durante a reuni�o, a PBH anunciou que adiantou para esta quinta-feira, 6 de julho, o sorteio das primeiras vagas para os camel�s em shoppings populares privados da capital. Enquanto isso, camel�s voltaram a protestar no Centro da capital.

O prefeito destacou que a opera��o foi planejada, inclusive com o fechamento do Parque Municipal Am�rico Renn� Giannetti para que os camel�s pudessem se cadastrar e tirar d�vidas com os agentes da prefeitura a respeito das mudan�as. Kalil tamb�m ressalta que a opera��o de retirada de ambulantes vai partir para outros bairros da cidade. “� uma opera��o que n�o tem volta, n�o tem fim, � como a Guarda no �nibus, � como o t�xi andando (nas pistas do Move), � como o estacionamento do Mineir�o, s�o a��es permanentes”, disse.

Na segunda-feira, a secret�ria municipal de Servi�os Urbanos, Maria Caldas, anunciava em outra entrevista que em 21 de julho seria feito um sorteio com as primeiras vagas para os camel�s em shoppings populares privados. A iniciativa faz parte de um edital publicado no m�s passado. Eles v�o ocupar espa�os como se estivessem em uma feira livre, n�o tendo boxes inicialmente. Hoje, a prefeitura informou que adiantou este sorteio para quinta-feira. “Como neste momento n�o haver� repasse de recurso p�blico para esses shoppings que aderirem ao programa, a gente entendeu que, juridicamente, n�s temos condi��es de acelerar”, detalhou hoje Maria Caldas. “A gente j� tem a confirma��o de shopping que vai protocolar a proposta hoje. O que n�s conseguimos fazer foi um rito que a medida em que protocola a gente vai sorteando e realocando as pessoas”, disse.

A expectativa � de que o sorteio comece com 400 ou 500 vagas. A prioridade das vagas � para camel�s que j� se cadastraram na Prefeitura. Pelo menos 500 teriam demonstrado interesse em contato com a PBH no Parque Municipal. Vale destacar que essas vagas s�o tempor�rias, por um per�odo de quatro meses em que, assim como o projeto de opera��o urbana que corre na C�mara Municipal, os camel�s v�o pagar R$ 30 mensais. Caso o projeto seja aprovado pelo legislativo municipal, eles ser�o realocados na medida em que as vagas nos boxes sejam abertas. “A conta que est� sendo feita, a prefeitura vai arcar com 95% do aluguel no in�cio e, ao final de cinco anos, o comerciante estaria pagando R$ 600. Esse valor � trazido a valor presente, com as corre��es que a gente estima que aconte�a de aluguel, IGP-M, tem condom�nio e aluguel. � o m�ximo que ele ter� que pagar em shopping”, explica Maria Caldas sobre o projeto na C�mara.

Por sua vez, a remunera��o dos estabelecimento ser� feita em potencial construtivo. “Os shoppings do centro da cidade hoje tem coeficiente de constru��o igual a 1. Eles querem ampliar, eles querem crescer, essa forma de remunerar � com esse direito de construir. Eles podem usar seus pr�prios edif�cios ou vender para as construtoras em outras �reas da cidade. � como se fosse um t�tulo que � convertido em dinheiro na hora. O coeficiente vai depender do n�mero de metros quadrados que ele vai obter em fun��o do n�mero de vagas que ele vai gerar”, detalhou.

“N�s estamos querendo chegar em 2003, quando a cidade era limpa e entregue para o com�rcio, que gera imposto, que gera emprego, com uma vantagem: todo o dinheiro que est� sendo economizado aqui � para isso. � para subsidiar aluguel para n�o jogar o pessoal que est� na rua ao l�u”, disse Kalil. “N�s vamos coloc�-los, pagando aluguel de todos, durante cinco anos, gradativamente. Porque � pra isso que o poder p�blico tem o dinheiro, � para ajudar quem precisa. Ent�o, n�o � uma coisa desumana que estamos fazendo. N�s estamos fazendo uma coisa planejada, bem feita, de responsabilidade”, argumentou o prefeito.

PROTESTOS Na tentativa de anular a decis�o da PBH que proibiu a a��o dos ambulantes nas ruas do Hipercentro de BH, os  camel�s realizaram mais um protesto na manh� desta ter�a-feira na Regi�o Central da cidade. Com gritos de ordem contra o prefeito Alexandre Kalil (PHS), o grupo deslocou para a sede da PBH, onde v�o aguardar por uma reuni�o com representantes da administra��o municipal e com a participa��o da vereadora �urea Carolina (Psol) que esteve no protesto.

Os camel�s seguem pedindo que a prefeitura fa�a a retirada gradual do grupo das ruas, al�m do pedido pela cria��o de uma feira livre nas ruas da capital. Um dos l�deres do movimento, inclusive, chegou a sugerir que a PBH implante na cidade, uma feira parecida com a Rua 25 de Mar�o, em S�o Paulo.

Prefeitura nega trucul�ncia


O prefeito Alexandre Kalil tamb�m negou que houve maus-tratos durante a opera��o de ontem, e atribuiu o tumulto - que teve pedras, foguetes, bombas de g�s e balas de borracha -, a vendedores de cigarros contrabandeados e de celulares roubados. “Ningu�m gosta disso, ningu�m gosta de ver o que aconteceu ontem na cidade. Mas, se precisar, acontecer�. Aconteceu ontem, acontecer� hoje, acontecer� amanh�. Ent�o, n�o enfrentem a prefeitura de Belo Horizonte. Aos contrabandistas de cigarro, e aos vendedores de celulares roubados, aconselho mudar de cidade, porque aqui n�o haver� esse tipo de coisa mais”, enfatizou Kalil.

O tenente-coronel Eduardo Felisberto, comandante do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar (PM) relembrou que houve negocia��o com os manifestantes e que houve revide quando os policiais foram atacados com pedras, inclusive com uma viatura danificada. “� Pol�cia Militar cabe a preserva��o da ordem p�blica. N�s n�o nos furtamos ao nosso papel”, disse. “N�s estamos prontos a negociar em todo momento, desde que n�o haja uso de viol�ncia. A manifesta��o deve ser pac�fica. A luta por direitos � pac�fica. E, rompeu a ordem, a a��o pode acontecer novamente, de controle e manuten��o da ordem”, enfatizou.

Segundo a Pol�cia Civil, 15 pessoas foram detidas ontem como autores de tumulto, dois homens foram presos em flagrantes por dano qualificado ao patrim�nio p�blico e permanecem presos na Central de Flagrantes da Pol�cia Civil (Ceflan). Os outros 13 assinatram termos circunstanciados de ocorr�ncia (TCOs) por constrangimento ilegal e incita��o ao crime e devem comparecer a uma audi�ncia em 28 de julho.

A promotoria Direitos Humanos do Minist�rio P�blico de Minas Gerais acompanhou a a��o da prefeitura e das pol�cias no Centro ontem. Nesta quarta, o promotor M�rio Higuchi disse que a a��o da PM ser� investigada. “Muito embora nenhuma pessoa ainda tenha procurado a promotoria, em raz�o das imagens que foram divulgadas na m�dia ontem, eu vou instaurar um procedimento hoje e requisitar as imagens das emissoras de televis�o”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)