(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Assaltos a bancos levam p�nico e viram desafio para pequenas cidades do interior de Minas

Ataques a bancos como o que matou PM e vigia em Santa Margarida se tornam desafio em cidades com t�mido efetivo policial e em estado de grande extens�o e v�rias rotas de fuga


12/07/2017 06:00 - atualizado 12/07/2017 07:36

Agências vizinhas atacadas na Zona da Mata: tiros, morte e pânico em roteiro recorrente
Ag�ncias vizinhas atacadas na Zona da Mata: tiros, morte e p�nico em roteiro recorrente (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Depois de entrar na rota de quadrilhas especializadas, cidades mineiras que experimentam a interioriza��o do crime se tornaram um desafio para a �rea de seguran�a p�blica. Com suas ruas pacatas e popula��o pequena, esses munic�pios t�m peculiaridades que ao mesmo tempo atraem bandidos e se transformam em �rdua miss�o para o policiamento. Na lista de dificuldades para fechar o cerco a crimes como explos�es de caixas eletr�nicos e assaltos a banco, como o que na segunda-feira resultou na morte de um policial militar e de um vigilante em Santa Margarida, na Zona da Mata, h� uma s�rie de fatores. Entre eles est�o o baixo efetivo policial, pouco infraestrutura de log�stica, grandes dist�ncias entre munic�pios, al�m de muitas rodovias que servem como rota de fuga para criminosos.

Dados da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica mostram que, de janeiro a abril deste ano, foram 16 assaltos a ag�ncias banc�rias no estado, m�dia de um por semana. O n�mero se mant�m quase est�vel, j� que ano passado foram 17 ocorr�ncias do tipo no mesmo per�odo. Apesar de registrarem queda de 34% nos primeiros seis meses de 2017 em rela��o a 2016, os ataques a caixas eletr�nicos tamb�m assustam: foram 83 neste ano, contra 127 no ano passado.

Mas os n�meros seguem subindo. Na madrugada de ontem, em Matias Cardoso, no Norte de Minas, ladr�es explodiram a ag�ncia do Bradesco, na pra�a principal da cidade, e roubaram o cofre. Antes, com armamento pesado, cercaram as casas dos oito policiais militares da cidade, de 10,5 mil habitantes. Tamb�m atiraram contra o pelot�o local da PM e, com isso, impediram rea��o policial e qualquer tipo de confronto. Como funcionam como postos de servi�os banc�rios, ag�ncias dos Correios tamb�m entraram na mira de bandidos. Uma delas, em Tabuleiro, na Zona da Mata, foi assaltada na tarde de ontem por dois homens armados, que ainda s�o procurados.

Comandantes � frente de batalh�es no interior de Minas reconhecem os desafios e destacam o esfor�o da corpora��o para responder a eles. A 15ª Regi�o da PM, com sede em Te�filo Otoni, por exemplo, tem 60 munic�pios sob seu comando. “A maioria � de cidades de pequeno porte e com efetivo menor que cidades polos. N�o s� em Minas, como em todo o pa�s, os bandidos t�m investido em a��es organizadas nessas localidades, com armamento pesado, ve�culos possantes e em grandes grupos, que monitoram previamente as casas de militares e unidades policiais, para intimida��o com disparos, al�m de mapear rotas de fuga”, afirma o comandante, coronel Marcelo Fernandes. Segundo ele, h� casos em que ocorre a participa��o de moradores locais, como informantes. Nessa �rea do estado foram registradas cinco investidas contra bancos neste ano (Padre Para�so, Medina, Divisa Alegre, Carlos Chagas e Palm�polis). Em apenas uma o dinheiro foi levado. Em Novo Cruzeiro, militares conseguiram evitar a a��o de uma quadrilha, previamente abordada e detida.

Grandes dist�ncias entre as cidades em um estado com grande territ�rio tamb�m facilitam a a��o de bandidos. “Esse � sem d�vida um complicador. H� em nossa regi�o rotas que s�o percorridas em 40 minutos para sair de uma cidade e chegar a outro estado. At� instalarmos uma opera��o de cerco e bloqueio, os bandidos j� est�o no estado vizinho”, afirma o coronel Rodrigo Braga, comandante da 16ª Regi�o da PM, com sede em Una� e que engloba 17 munic�pios.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)