
O baiano Edson Jos� da Silva tem 57 anos e h� quatro vive nas ruas de Belo Horizonte. Veio para a capital mineira em busca de oportunidade de emprego, mas ainda n�o conseguiu um lugar para morar. Nas noites frias, encontra ref�gio no abrigo S�o Paulo. Para ele, a��es como a desta quinta-feira significam devolver um pouco de dignidade para as pessoas que vivem em situa��o de rua.
"Principalmente no inverno, muita gente precisa se aquecer e n�o tem de onde tirar agasalho. Ter a op��o de escolher � muito melhor, porque, na maioria das vezes, quando recebemos doa��es de outra pessoa, muita coisa n�o serve", conta. Cada pessoa escolheu tr�s pe�as de inverno, incluindo um par de sapatos. Muitos deles j� sa�ram vestidos do abrigo.
"Neste per�odo do ano, que � muito frio, os abrigados precisam de roupas com certa frequ�ncia, porque n�o t�m onde guard�-las nem onde lav�-las. Muitos s�o obrigados a descartar a roupa do corpo. Eles n�o t�m como manter o que ganham porque vivem na rua. A��es assim s�o importantes, justamente porque d�o a chance de trocar o vestu�rio sujo pelo limpo", apontou o coordenador do abrigo, Rodrigo Ramos. "E isso s� � poss�vel gra�as ao trabalho do Servas, que � sempre muito importante para a gente."
Maria Cristina Aires, diretora de Assist�ncia Social do Servas, diz que fazer a entrega dos agasalhos arrecadados de uma maneira mais interativa une dois prop�sitos principais da #CalorHumano. "� preciso atender essa demanda emergencial das pessoas que n�o t�m como se aquecer e, em se tratando de pessoas em situa��o de rua, tamb�m � necess�rio dar a elas o poder de escolha, e n�o simplesmente entregar um agasalho que pode nem servir. Dessa forma, voc� consegue aquecer e ainda ajudar a resgatar a cidadania dessas pessoas", enfatiza.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a