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Estado de Minas

Zool�gico de BH adota medidas especiais para proteger animais do frio

Mais suscet�veis �s mudan�as de temperatura, r�pteis contam com sistemas de aquecimento e mam�feros ganham alimenta��o extra


postado em 14/07/2017 06:00 / atualizado em 14/07/2017 07:50

Iguana-verde conta com aquecimento de uma lâmpada especial durante o inverno(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Iguana-verde conta com aquecimento de uma l�mpada especial durante o inverno (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
O clima gelado deste m�s em Belo Horizonte, inclusive com o registro de 6,1 graus de temperatura, a mais baixa dos �ltimos 42 anos na capital mineira, n�o trouxe frio apenas para as pessoas, que tiraram luvas, gorros, cachec�is e casacos dos arm�rios.

A derrubada nos term�metros fez com que os respons�veis por uma popula��o de mais de 4 mil indiv�duos tomassem medidas espec�ficas para garantir o bem-estar dos moradores do zool�gico de BH, especialmente os r�pteis e mam�feros. Com l�mpadas especiais, aquecedores, feno e abrigos, os animais est�o mais confort�veis neste per�odo de frio intenso na capital mineira, que volta com for�a a partir de hoje, com temperaturas entre 9 e 10 graus at� domingo, de acordo com o Instituto PUCMinas/TempoClima. Com a chegada das f�rias escolares, o zool�gico voltou a ser aberto tamb�m �s quintas-feiras para visita��o p�blica, desde ontem (leia texto nesta p�gina).

Entre os grupos de aves, peixes, anf�bios, r�pteis e mam�feros, o frio do inverno motiva uma aten��o especial aos r�pteis, que somam 259 indiv�duos de 18 esp�cies nativas do Brasil e oito ex�ticas, de outros pa�ses. Segundo o bi�logo da Funda��o Zoobot�nica (FZB) Luiz Eduardo Coura, isso ocorre porque a temperatura interna do corpo dos r�pteis varia de acordo com o ambiente em que eles est�o.

“Se eles estiverem em um ambiente muito frio, a temperatura vai cair a um ponto que pode se tornar perigoso para eles, ocasionando eventualmente at� o �bito. Isso tem uma s�rie de outras consequ�ncias no comportamento. Eles podem deixar de comer, pode dificultar a digest�o, ent�o os r�pteis precisam dessas temperaturas �timas para que todos os processos fisiol�gicos ocorram de maneira otimizada”, diz o especialista.
Dragão-barbudo também conta com aquecimento por uma lâmpada que emite radiação infravermelha(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Drag�o-barbudo tamb�m conta com aquecimento por uma l�mpada que emite radia��o infravermelha (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)


Para garantir as condi��es favor�veis a esse grupo de animais, tr�s medidas s�o implementadas no frio. Parte do piso dos recintos � aquecido por meio de um sistema de serpentinas com controle de temperatura, os tratadores colocam feno para tentar isolar os ambientes e l�mpadas especiais que emitem radia��o infravermelha como fonte de calor tamb�m s�o instaladas. � o caso do local onde est�o a iguana-verde e o drag�o-barbudo, animal t�pico da Austr�lia.

O bi�logo Luiz Eduardo explica que � importante a fonte de calor para garantir diferentes possibilidades ao animal, e n�o apenas um ambiente que seja quente o tempo todo. “Essa varia��o de temperatura � o trunfo. N�o adianta s� colocar calor no ambiente. Voc� tem que deixar o animal escolher onde ele quer ficar, proporcionando para ele tanto pontos frios quanto pontos quentes e todo esse gradiente entre os dois  extremos de temperatura”, acrescenta o bi�logo da FZB.

� bem comum encontrar tamb�m entre os r�pteis muito feno nos abrigos. O produto garante isolamento de temperatura. No caso das serpentes, por exemplo, o piso do abrigo � aquecido e os tratadores colocam o feno por cima desse espa�o, possibilitando que elas fiquem entre o feno e a placa. O piso aquece e o feno isola o ambiente para que ele se mantenha quente. A reportagem observou dois animais da esp�cie Python reticulatus nessas condi��es. O abrigo do monitor-do-nilo, um dos maiores lagartos da �frica, tamb�m foi preparado nas mesmas condi��es. Luiz Eduardo ainda lembra que o ideal � monitorar de perto todas as esp�cies nessas condi��es de frio, para observar os h�bitos e saber o momento certo de tomar as medidas mais en�rgicas, como o aquecimento das placas e o acionamento das l�mpadas, que t�m 250 watts de pot�ncia.

Serpente se enrola em toca que conta com aquecimento no piso e também é forrada com feno, para isolar temperatura(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Serpente se enrola em toca que conta com aquecimento no piso e tamb�m � forrada com feno, para isolar temperatura (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)

MAM�FEROS
O per�odo de frio tamb�m exige aten��o especial aos animais da se��o dos mam�feros, que s�o 137 indiv�duos de 43 esp�cies, das quais 29 do Brasil e 14 ex�ticas. Segundo a bi�loga da FZB Val�ria Pereira, � muito importante que esses animais tomem sol, por isso algumas medidas preventivas s�o essenciais. “Temos que limpar a vegeta��o que estiver bloqueando a entrada da luminosidade para que eles tomem sol durante o dia. Tamb�m colocamos muito feno nas camas e abrigos”, afirma. Outra quest�o muito importante � a alimenta��o. Diferente dos r�pteis, os mam�feros comem mais nesse per�odo, portanto os bi�logos d�o aten��o especial � dieta desses bichos e o tempo todo fazem contato com a cozinha para solicitar mais alimentos. Alguns animais, como os pequenos primatas, buscam mais as �reas de abrigo. Locais fechados onde os bichos ficam trancados no momento de limpeza ou tratamento tamb�m s�o muito procurados por eles nesse per�odo.

Novo hor�rio

Desde ontem, a Funda��o Zoo-Bot�nica (FZB) de BH passou a abrir para a visita��o do p�blico de quinta a domingo, das 8h �s 16h, com perman�ncia at� as 17h. Esse funcionamento se estender� at� o fim do m�s.A expectativa � de que, no pr�ximo m�s, com o in�cio do contrato com a empresa terceirizada Colabore, vencedora da licita��o de presta��o de servi�os de m�o de obra, homologada no dia 6, os espa�os da FZB (Zool�gico, Jardim Bot�nico, Aqu�rio e Parque Ecol�gico da Pampulha) voltem a funcionar normalmente de ter�a a domingo. Esse esquema de funcionamento foi alterado em abril, com o fim do contrato de presta��o de servi�o vigente at� aquela data.

O biológo Luiz Eduardo Coura explica que a temperatura interna dos répteis varia de acordo com o clima externo, por isso é importante fornecer pontos de calor para esses animais durante o frio(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
O biol�go Luiz Eduardo Coura explica que a temperatura interna dos r�pteis varia de acordo com o clima externo, por isso � importante fornecer pontos de calor para esses animais durante o frio (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)


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