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Estado de Minas

Crian�a morta em Venda Nova j� tinha sido agredida anteriormente pelo pai, diz pol�cia

Rodney Alves Miranda, de 23 anos, foi indiciado por homic�dio doloso, quando h� inten��o de matar. A m�e da crian�a tamb�m foi indiciada por homic�dio culposo


14/07/2017 15:51 - atualizado 14/07/2017 16:08

Pai da criança diz que deu uma cotovelada involuntária no garoto enquanto dormia(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Pai da crian�a diz que deu uma cotovelada involunt�ria no garoto enquanto dormia (foto: Reprodu��o/TV Alterosa)

A s�rie de agress�es cometidas pelo pai contra o menino David Roger Alves da Silva, de 2 anos e nove meses, assassinado em 3 de julho em Venda Nova, foram um dos motivos do indiciamento de Rodney Alves Miranda, de 23 anos, por homic�dio doloso, quando h� a inten��o de matar. A m�e da crian�a, Naiane Stefany Silva de Souza, de 22. foi indiciada por homic�dio culposo, sem inten��o de matar, pois sabia das agress�es e se omitiu. As investiga��es apontaram que o garoto j� tinha sido medicado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Belo Horizonte com traumatismo craniano, possivelmente, por agress�es sofridas. Rodney, que j� foi preso por tr�fico de drogas, nega as agress�es.

A morte de David come�ou a ser investigada em 3 de julho, quando ele deu entrada na UPA Venda Nova com parada cardiorrespirat�ria, depois de ficar sob os cuidados do pai. Os m�dicos fizeram manobras de ressuscita��o, mas sem sucesso. Como os profissionais de sa�de n�o conseguiram detectar as causas da morte, o corpo foi encaminhado para o Instituto M�dico Legal (IML) onde passou por necropsia.

O resultado foi que o garoto teve hemorragia interna por traumatismo t�raco-abdominal contuso, o que levantou a suspeita contra o pai. “Tinha hemorragia interna causado com um objeto contuso, que pode ter sido uma pancada. O que quer dizer que sofreu in�meras les�es. N�o podemos afirmar que foi por pancada e qual o tipo de pancada, mas o que fez a gente concluir que n�o foi a cotovelada alegada pelo pai de forma involunt�ria”, afirma a delegada Fabiola Oliveira, da delegacia de Homic�dio de Venda Nova, respons�vel pelo caso.

No dia do crime, Rodney foi ouvido e negou as agress�es. “Ele alegou que estava dormindo com a crian�a e fez um movimento brusco ao acordar e dado uma cotovelada involunt�ria no meio do peito da crian�a, que acabou acarretando falta de ar. Al�m dela ter ficado desacordada”, comentou a delegada.

Para a pol�cia, a vers�o apresentada pelo pai n�o condiz com a verdade, pois j� h� um grande hist�rico de agress�es dele contra David. “A morte n�o foi acidente. O que nos levou a concluir isso, foi justamente o hist�rico anterior”, concluiu a delegada.

Medo do pai

A viol�ncia de Rodney contra David fica expl�cita com o comportamento da crian�a, segundo testemunhas. Pessoas ouvidas pela delegada afirmaram que o garoto chorava todas as vezes que sabia que iria para a casa do pai. “Essas agress�es j� eram constante na vida dele. Tanto que ele tinha um pavor do pai. Ele n�o o chamava de pai, referia a ele somente pelo nome e sempre que teria que ir para casa do pai chegava a chorar. Inclusive os vizinhos chegaram a amea�ar a chamar a pol�cia por causa deste choro”, revelou Fabiola Oliveira.

Levantamentos da pol�cia mostraram que algumas agress�es aconteceram pouco tempo da morte. Segundo a delegada, um m�s antes do crime, David apresentou hematomas nas n�degas provocadas, possivelmente, por chineladas. O menino contou para os familiares que o pai o virou de bru�os e o agrediu algumas vezes, de acordo com os depoimentos colhidos na investiga��o. Duas semanas antes do assassinato, ele apareceu com um hematoma no rosto e falou com a empregada dom�stica que o Rodney o bateu com um chinelo pois tinha acordado a irm� de seis meses.

“S� que no ano passado, em novembro, o David deu entrada na UPA Venda Nova com traumatismo cranioencef�lico. Ao questionar o pai, porque o menino chegou com um incha�o na cabe�a e no olho, ele disse aos funcion�rios que ele teria ca�do no banheiro. Por�m, David disse que realmente caiu, mas que o pai o empurrou e por isso houve a queda”, explicou a delegada.

Em depoimento, Rodney afirmou que tinha um bom relacionamento com o filho, diferente das testemunhas. “As informa��es s�o que, inclusive, no dia do atendimento na UPA, David se aproximou de um Guarda Municipal perguntando se a arma dele matava, porque ele queria matar o pai pelo tanto que estava sendo agredido”, comentou Fabiola.

Indiciamento da m�e

Testemunhas ouvidas pela delegada afirmaram que Naiane tinha conhecimentos das agress�es, apesar dela negar. “Ela tinha conhecimento. Naiane alega que teve apenas dos hematomas na regi�o gl�tea, e foi ai que ela se separou e deixou a casa. Por�m, testemunhas afirmam que todas as les�es relatadas por ele (David), ela tinha conhecimento. Ent�o, mesmo sabendo das agress�es, das les�es, do pavor da crian�a pelo pai, ela continua o relacionando com ele. N�o morava mais, mas dormia com ele, e o deixava tomar conta das crian�as”, conta a delegada.

Por causa da omiss�o, a m�e foi indiciada por homic�dio culposo. “Neste caso, a omiss�o dela foi relevante para o resultado. Sabendo de todo hist�rico, deixou o pai tomando conta da crian�a”, completou Fab�ola. J� Roney continua negando o crime. O jovem admitiu ser usu�rio de drogas, mas, segundo a delegada, afirmou que parou de usar entorpecente uma semana antes do crime, no dia do anivers�rio dele.

As causas do que levaria o assassinato, por�m, n�o foram encontradas. “Na verdade, a motiva��o certa n�o conseguimos levantar. At� porque uma crian�a de 2 anos e nove meses n�o teria um motivo grave para ser brutalmente assassinada. Chegou informa��o que ele poderia ter sido morto por ter pedido um biscoito. Naiane tamb�m relatou que ela estava para terminar o relacionamento com Rodney e por isso chegou a cogitar ser uma vingan�a. Outra hip�tese e que ele estava sem a droga e, segundo Naiane, estaria extremamente violento por isso”, disse.


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