
A fam�lia da adolescente morta � de origem humilde e vive na zona rural. Ela era a �nica filha e tinha tr�s irm�os, todos trabalhadores da regi�o. O pai da estudante � lavrador e sustenta a fam�lia com servi�os nas propriedades rurais regi�o, de acordo com informa��es de pessoas da comunidade. A Pol�cia Civil informou que s� poderia se manifestar sobre o caso hoje, uma vez que a delegacia de S�o Jo�o del-Rei funciona em esquema de plant�o nos fins de semana. Em Tiradentes, o caso tamb�m repercute trazendo indigna��o.
No dia 7, Abrah�o foi detido pela pol�cia como suspeito de ter cometido o crime. Segundo o juiz Ernane Barbosa Neves, o homem manteve sil�ncio durante depoimento, sendo que foi justamente o depoimento do adolescente de 12 anos, que afirmou que Abrah�o tinha matado Gisele porque gostava dela, mas n�o era correspondido, o principal fator para o pedido de pris�o no in�cio do m�s.
A jovem foi morta pouco depois de descer do �nibus escolar. Ela foi estrangulada com uma corda e seu corpo atirado em uma vala da via rural. Mas, com o andamento das investiga��es, o adolescente mudou a sua vers�o, dizendo que teria sido ele quem matou Gisele por n�o ser correspondido afetivamente. O juiz afirma que esse depoimento n�o p�s, ainda, fim ao caso e que as investiga��es continuar�o.
REPRES�LIA Uma vizinha de um dos acusados, que pediu para n�o ser identificada, conta que o suspeito n�o tem sido visto em casa por medo de ser atacado. “O pessoal aqui est� muito revoltado, muito nervoso. Foi uma covardia o que fizeram com a menina e muita gente diz que isso n�o vai ficar assim, que quer Justi�a”, disse a mulher. Outro morador do distrito, o comerciante Mois�s Nascimento, de 43 anos, conta que a rotina de Elvas foi abalada depois do crime. “Aqui � uma zona rural, um lugar muito tranquilo. O clima ficou pesado, muito tenso. Porque todos se conheciam, eram frequentadores da mesma escola, das casas dos familiares e dos jogos de futebol, das festas de anivers�rio”, comenta.
De acordo com ele, a v�tima seria colega de escola do seu filho e o rapaz tamb�m est� consternado. “O que deixa as pessoas mais indignadas � que temos duas pessoas soltas, mas o caso � muito nebuloso. N�o sabemos se o menor confessou como estrat�gia de advogado para livrar o outro nem mesmo se h� um terceiro envolvido. Isso tudo a gente tem visto deixar a tens�o alta aqui pelos coment�rios que escutamos”, conta.