
A Justi�a determinou o prosseguimento do processo que investiga o homic�dio doloso de Gustavo Henrique Bello Correa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann, contra Rodrigo Augusto de P�dua, de 30 anos, depois de o rapaz tentar assassinar a apresentadora no quarto de um hotel na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, em 21 de maio do ano passado. A defesa alega leg�tima defesa, mas as argumentos n�o foram acatados pela ju�za, que determinou o prosseguimento do caso. As audi�ncias de instru��o do processo ainda n�o foram marcadas.
A decis�o foi publicada no Di�rio do Judici�rio de sexta-feira. “Afasto, nesse momento, as alega��es da defesa, ratifico o recebimento da den�ncia e dou prosseguimento ao feito”, decidiu a ju�za.
A argumenta��o da defesa continua sendo de leg�tima defesa. "Essa � nossa principal tese, acatado pelo delegado respons�vel pelo inqu�rito. N�o h� mudan�a de estrat�gia. Quem age em legitima defesa n�o comete crime. Ent�o, n�o tem por que ser condenado. E por isso, teria o arquivamento do caso”, explicou. O advogado afirmou que j� esperava a decis�o. “A Ju�za j� tinha nos dito que iria fazer”, completou.
O cunhado da apresentadora foi enquadrado no artigo 121 do C�digo Penal, que prev� reclus�o de 12 a 30 anos por homic�dio qualificado. A den�ncia � exatamente o oposto do que a Pol�cia Civil apontou em investiga��o. Em 17 de junho, o delegado respons�vel pelo caso, Fl�vio Grossi, pediu o arquivamento do inqu�rito argumentando o que o cunhado da apresentadora teria agido em leg�tima defesa. Ele sustentou ainda que o atentado foi planejado em todos os detalhes, dos locais de abordagem at� a escolha da arma do crime. P�dua foi morto com tr�s tiros na nuca, depois de luta corporal que teria durado cerca de 8 minutos, de acordo com o promotor.
Na den�ncia, o promotor do Tribunal do J�ri do F�rum Lafayette, em Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, aponta que Correa, ao iniciar embate corporal com P�dua, agiu em leg�tima defesa, mas excedeu essa condi��o e praticou homic�dio doloso. A principal prova disso, para a Promotoria, s�o os tr�s tiros dados na nuca do suposto f� da apresentadora. O agressor chegou ao local do crime depois de render Correa e o obrigar a lev�-lo at� o quarto de Ana Hickmann, que estava com uma assistente. Os tr�s foram mantidos sob a mira de um rev�lver.
De acordo com a assessoria de imprensa do F�rum Lafayette, o processo est� com vista para o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG).