
O crime ocorreu no Hotel Caesar Business, no Bairro Belvedere, Regi�o Centro-Sul da capital. No epis�dio, Correa matou Rodrigo Augusto de P�dua, suposto f� da apresentadora, que invadiu o quarto de Ana para assassin�-la, conforme investiga��es da Pol�cia Civil. Correa poder� ir a j�ri popular. O processo est� em fase de instru��o.
Al�m de Gustavo Correa, participam da reconstitui��o uma pessoa representando sua mulher, outra representando Rodrigo e uma terceira simulando ser a apresentadora, para resgatar a cena da mesma forma que aconteceu em maio de 2016. Dois peritos que atuaram no caso da menina Isabella Nardoni, contratados pela defesa de Gustavo, atuaram na reconstitui��o particular. Todos chegaram no hotel por volta das 10h30 e, ao fim dos trabalhos, Gustavo desabafou.
"P�ssimo. Tenho uma esposa em casa que tem diversas marcas no corpo, uma bala para o resto da vida. E a gente veio aqui pra esse hotel para trabalhar e o outro veio para matar. A gente ainda tem que provar n�o sei o que. Mas eu vou provar, n�o tem problema nenhum. Infelizmente, o Brasil � assim", afirma. O cunhado da apresentadora disse que sua vida foi exposta, mas que a maioria das pessoas ficou do seu lado. "Voc� tirar a vida de algu�m � muito ruim, mas se eu to aqui � porque ele t� morto. Se ele tivesse aqui eu estaria morto. Ent�o eu lutei pela minha vida", enfatiza.
O advogado de Gustavo, Fernando Jos� da Costa relatou que no momento dos disparos atitude de uma pessoa leiga, n�o pode ser considerada como ato criminoso. "Estamos falando de uma pessoa leiga com estado emocional pertubado, num local onde j� foram disparados dois tiros antes daquele. Querer que a pessoa tenha frieza e entenda que um disparo em fra��o de segundos � o suficiente para efetivar a legitima de defesa dele e de terceiros, � pedir o improv�vel e impossivel," destacou.
O advogado relatou que o laudo da restitui��o ser� anexado ao processo. "O processo corre dentro do crivo do contradit�rio. O Minist�rio P�blico, que pediu primeiro para que n�o fosse realizado e depois para que fosse na presen�a de perito - que n�o foi acompanhar a reconstitui��o, ter� direito de se manifestar com rela��o ao laudo", disse.
Em nota, o Hotel Caesar Business, informou que "permanece � disposi��o das autoridades para contribuir com a reconstru��o hist�rica dos fatos, a fim de que o caso ocorrido com a apresentadora Ana Hickmann no ano passado seja julgado em processo justo”, diz o texto enviado pela assessoria. O advogado do hotel, S�rgio Leonardo, disse que n�o houve mudan�as na seguran�a depois do fato. "N�s todos estamos sujeitos a uma pessoa descontrolada que se hospeda normalmente e tenta ter acesso ao quarto de outra pessoa. � um fato completamente at�pico", afirma.

Em 7 de julho do ano passado, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais apresentou den�ncia por homic�dio doloso, quando h� inten��o de cometer o crime, contra o cunhado da apresentadora Ana Hickmann. A den�ncia foi em sentido oposto ao que a Pol�cia Civil apontou em investiga��o. Em 20 de junho, o delegado respons�vel pelo caso, Fl�vio Grossi, pediu o arquivamento do inqu�rito, alegando que o cunhado da apresentadora teria agido em leg�tima defesa. P�dua foi morto com tr�s tiros na nuca, depois de lutar com Correa.
Na den�ncia, o promotor do Tribunal do J�ri do F�rum Lafayette, em Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, aponta que Correa, ao iniciar embate corporal com P�dua, agiu em leg�tima defesa, mas excedeu essa condi��o e praticou homic�dio doloso. A principal prova disso, para a Promotoria, s�o os tr�s tiros dados na nuca do suposto f� da apresentadora. O agressor chegou ao quarto depois de render Correa e o obrigar a lev�-lo at� o quarto de Ana Hickmann, que estava com uma assistente. Os tr�s foram mantidos sob a mira de um rev�lver.
O pedido para a realiza��o da reconstitui��o foi feito pela defesa de Ana Hickmann. A Promotoria foi contra, mas a ju�za Analin Aziz Sant'ana, deferiu o pedido. A defesa da apresentadora solicitou ainda que a reconstitui��o fosse feita por peritos de S�o Paulo. A promotoria foi contra e a ju�za negou o pedido, determinando que o procedimento fosse feito por t�cnicos de Belo Horizonte.
