
Na vers�o do caminhoneiro, dada � PRF e ao Corpo de Bombeiros, ele seguia em dire��o a Governador Valadares quando foi surpreendido pela moto desgovernada, no sentido contr�rio da BR-116, na contram�o de dire��o. Ele informou que teria tentado evitar a batida, mas n�o conseguiu e ainda acertou a Parati que tamb�m estava no sentido contr�rio, em dire��o a Te�filo Otoni, mas seguia em sua m�o de dire��o. Uma das hip�teses levantadas pelo pr�prio motorista do caminh�o para a batida � um poss�vel deslocamento de ar que pode ter desequilibrado a moto no momento em que ela cruzou com um caminh�o-ba�, momentos antes de encontrar a carreta. A moto, cujos dois ocupantes seriam de Itambacuri, ficou completamente destru�da e pegou fogo ap�s a batida. J� os ocupantes da Parati seriam de Nanuque, na mesma regi�o. O motorista do caminh�o passou pelo teste do baf�metro e n�o havia ingerido bebidas alco�licas.

Especialistas em transporte apontam v�rias raz�es para o aumento da letalidade em 2017. Para o engenheiro civil Silvestre Andrade Puty Filho, mestre na �rea de transportes, os demais ve�culos na via sempre ter�o desvantagem em rela��o ao caminh�o no caso de trag�dias. Al�m disso, como esses ve�culos pesados s�o cada vez mais modernos, h� casos em que o motorista abusa da velocidade e se envolve em acidentes por imprud�ncia. “De modo geral, quem morre em acidentes com caminh�es s�o sempre os ocupantes de ve�culos de passeio e de motos, sendo que neste �ltimo caso as pessoas est�o ainda mais desprotegidas. Houve uma tend�ncia nos �ltimos anos de substitui��o de tecnologia e com isso, os caminh�es t�m mais eixos, est�o maiores, com maior capacidade de carga e tamb�m mais potentes. Quando trafegam em rodovias como as nossas, a maior parte delas antigas, com tra�ado sinuoso e malconservadas, isso se torna ainda mais perigoso, porque esses ve�culos s�o muito dif�ceis de ser parados”, afirma Silvestre.

Para a PRF, o excesso de velocidade � o maior sinal de alerta para o aumento das mortes em 2017, j� que 55,5% das mortes ocorreram por essa causa. Na avalia��o da inspetora Fl�via Cristina, “falta conscientiza��o”. “Ainda h� muito motorista imprudente no tr�nsito, n�o s� caminhoneiros, porque a seguran�a nas estradas depende de todos. A PRF trabalha para frear infra��es, mas o motorista tem que ter em mente que a vida dele e das outras pessoas ficam em risco quando ele trafega em alta velocidade”, defende. “O motorista tem que priorizar a vida e n�o os prazos de trabalho”, acrescenta.
