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Estado de Minas

Em Belo Horizonte, 63% dos roubos de celulares s�o violentos

Ladr�es levam em m�dia um smartphone a cada 12 minutos em BH, na maioria dos casos com viol�ncia. Na quarta, tr�s adolescentes atacaram homem at� com golpes de madeira na Avenida dos Andradas para roubar um aparelho


postado em 21/07/2017 06:00 / atualizado em 21/07/2017 11:14

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

Fique atento: criminosos em Belo Horizonte n�o s� querem levar seu celular, mas roub�-lo a qualquer custo. � o que mostram as ocorr�ncias policiais envolvendo roubos e furtos de aparelhos cada vez mais modernos, caros e expostos por seus donos. Dados da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp) mostram que dos 13.516 registros em que celulares foram alvo de infratores, 63,5% deles (8.524) ocorreram com uso de viol�ncia ou grave amea�a, condi��es que configuram o crime de roubo. J� os furtos, quando a subtra��o ocorre sem essas condutas, somaram 4.992 casos. Um caso registrado na quarta-feira em Belo Horizonte alerta para o perigo: um homem foi agredido com socos e golpes de madeira durante um assalto, quando praticava corrida na Avenida dos Andradas, no Bairro Santa Tereza, Regi�o Leste de Belo Horizonte. O crime ocorreu no in�cio da tarde. Os agressores, que seriam adolescentes, fugiram levando o celular da v�tima, um motorista que pediu para n�o ser identificado.

Ainda assustado e com dores pelo corpo, o motorista contou que passava pela pista de caminhada por volta das 13h20 quando percebeu um suspeito no guardrail e outros dois sentados na escada da passarela que d� acesso a uma vila na regi�o, perto da C�mara Municipal de Belo Horizonte. “Percebi o rapaz, mas como estava correndo achei que dava para passar por ele. S� que ele viu que eu percebi e correu atr�s de mim”, lembra o motorista. Ele relatou que o adolescente o atingiu com um soco na cabe�a que o derrubou no ch�o e provocou um ferimento no joelho. “Quando tentei me levantar, chegaram mais dois, todos adolescentes. Me deram socos na cabe�a, pauladas”, conta. O motorista disse ter ficado atordoado com as agress�es. “Na segunda vez, achei que o menino estava com uma pedra, mas eram socos. Tinha um peda�o de madeira”, relatou.

A v�tima tentou correr mais uma vez, mas o celular dele caiu e foi tomado pelos assaltantes, que fugiram pela passarela. Ele acredita que eles podem ter puxado o fone de ouvido do aparelho para lev�-lo. O homem foi socorrido por um ciclista que passava pela avenida. “Um rapaz de bicicleta estava passando, a uns 300 metros, e ainda falou ‘se n�o fosse voc�, seria eu’. Ele chamou a pol�cia para mim e esperei uns 20 minutos at� a pol�cia chegar”, informou.

MERCADO As investidas de bandidos envolvendo aparelhos celulares est�o cada vez mais relacionadas ao seu valor de mercado. De acordo com o chefe da Sala de Imprensa da PM, major Fl�vio Santiago, depois do dinheiro em esp�cie, os aparelhos s�o os mais cobi�ados pelos criminosos, por ser uma mercadoria de alta rentabilidade no mercado do crime. “Ele funciona como moeda de troca, tanto para alimentar o tr�fico de drogas quanto o crime de recepta��o. H� uma rede organizada de pessoas que vendem mercadorias roubadas, bem como de pessoas que compram esses produtos de origem ilegal”, afirma o major. O policial chama a aten��o para a responsabilidade dessa pr�tica e alerta que quem compra mercadoria de roubo, vendida geralmente a pre�os muito abaixo dos valores de mercado, tamb�m pode responder pelo crime de recepta��o na modalidade culposa.

Homem mostra ferimentos provocados por ladrões no Santa Tereza:
Homem mostra ferimentos provocados por ladr�es no Santa Tereza: "Me deram socos na cabe�a, pauladas" (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Santiago considera que o roubo de celular se sobressai em rela��o �s ocorr�ncias de furto porque muita gente anda pelas ruas com os aparelhos � mostra, acessando redes sociais ou em liga��es telef�nicas. “O criminoso aproveita essa situa��o, rouba e sai correndo. N�o necessariamente h� uso de arma de fogo, mas o fato de arrancar o equipamento das m�os de uma pessoa configura uso de viol�ncia. J� o furto exige uma oportunidade ainda maior, quando o dono do aparelho n�o est� com o equipamento no campo de vis�o”, diz.

De acordo com o major, a PM realiza patrulhamento, inclusive com militares a p�, para coibir o crime e ainda para orientar pessoas quanto � necessidade de se prevenirem de roubos e furtos. O policiamento ocorre por toda a cidade, mas, segundo ele, se concentra em polos comerciais, em que h� intensa movimenta��o de pessoas e, consequentemente, maior volume de aparelhos. Entre as dicas de seguran�a, ele diz que as pessoas devem evitar falar ao celular na rua, deix�-lo sobre a mesa em locais p�blicos, como restaurantes, e manter o aparelho nos bolsos da frente da cal�a ou dentro de bolsas, colocadas na frente do corpo. Dados da Sesp indicam que houve queda de 7,6% nos roubos de celular nos primeiros 4 meses do ano.

Sobre o caso de ontem na Avenida dos Andradas, o comandante da 20ª Companhia do 16º Batalh�o, major Alisson Claudino C�mara, explica que um grupo de adolescentes que praticava assaltos na pista de caminhada j� foi identificado e apreendido tr�s vezes. Segundo ele, os casos anteriores se referiam a roubos de bicicletas. “Tivemos alguns casos que nos preocuparam e que tinham a mesma forma de atua��o. Eles agrediam para depois roubar. Descobrimos onde moravam e at� mesmo conseguimos recuperar algumas bicicletas e, por fim, erradicar esse tipo de crime”, afirma o major. Ele disse que houve refor�o no policiamento, com militares transitando a p� e tamb�m com viatura no trecho. “Mas com esse crime vamos avaliar se ser� um caso isolado ou se haver� necessidade de expandir a presen�a policial no local”, disse.


Veja estat�sticas de roubos e furtos de celulares em BH




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