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Estado de Minas

Inc�ndio em mata de BH revela dificuldade de apontar respons�veis pela devasta��o

Bombeiros constatam que fogo que destruiu 4 mil m2 de vegeta��o na APA Sul foi provocado pela a��o do homem


postado em 25/07/2017 06:00 / atualizado em 25/07/2017 07:41

Bombeiros fazem o rescaldo do incêndio na área que liga a Serra do Curral ao Parque do Rola-Moça e é corredor de animais para acessar alimentos(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Bombeiros fazem o rescaldo do inc�ndio na �rea que liga a Serra do Curral ao Parque do Rola-Mo�a e � corredor de animais para acessar alimentos (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
As marcas do fogo na vegeta��o das belas montanhas de Minas Gerais s�o percept�veis, mas encontrar as provas que levem aos autores dos inc�ndios criminosos ainda desafia as autoridades. Ontem, os bombeiros constataram que o fogo que destruiu uma �rea de 4 mil m² da vegeta��o da ´ï¿½rea de Prote��o Ambiental (APA)  Sul, na Regi�o Centro-Sul de BH, que liga a Serra do Curral ao Parque do Rola-Mo�a, foi provocado pela a��o de uma pessoa. A Pol�cia Civil se empenha nas investiga��es para identific�-la. A corpora��o atendeu 3.425 ocorr�ncias de inc�ndio em vegeta��o no estado de janeiro a junho deste ano. Em 2016, foram 12.182 atendimentos. Estudo do Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade aponta que 90% dos inc�ndios florestais no Brasil s�o provocados por a��o do homem.

As chamas que atingiram a �rea de preserva��o ambiental come�aram nas imedia��es do Bairro Sion e se alastraram at� o Bairro Belvedere, ambos na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. O inc�ndio come�ou por volta das 19h e os militares do Corpo de Bombeiros tiveram dificuldades no acesso �s chamas, devido ao inclinamento da Serra do Curral. Cerca de 20 militares trabalharam para conter o fogo. “Diferente do combate a um inc�ndio em �rea urbana, os bombeiros trabalham de forma manual para eliminar grandes propor��es atingidas. Al�m do mais, s�o ocorr�ncias que mobilizam um n�mero maior de homens e que podem demandar horas de trabalho para que as chamas sejam controladas”, apontou Tenente Pedro Aihara. Na manh� de ontem, a equipe continuava no local para trabalhar nos rescaldos e um helic�ptero sobrevoou a �rea afetada.

A APA Sul funciona como um caminho para ligar os dois parques e muitos animais passam pelo corredor para se locomover entre a Serra do Curral e o Parque do Rola-Mo�a. Esse tipo de inc�ndio, al�m de ter consequ�ncias ambientais, como o aumento de gases respons�veis pelo efeito estufa e a degrada��o do solo, pode causar problemas de sa�de ao ser humano. A fauna � tamb�m fortemente prejudicada, lembra o Anderson Passos, comandante do Batalh�o de Emerg�ncias Ambientais do Corpo de Bombeiros. “Na APA Sul, por exemplo, animais silvestres como o lobo-guar�, a jaguatirica e p�ssaros precisam migrar do seu local habitual para buscar alimento. Em decorr�ncia do fogo, muitos deles acabam por n�o encontrar alimento e morrem de fome. Outros bichos, como as cobras, ainda podem ser mortos pelo fogo. O estrago pode demorar anos para ser superado”, disse o major Anderson.

Os bombeiros lembram que os inc�ndios na vegeta��o aumentam muito durante a estiagem e que ocorrem como consequ�ncia de pontas de cigarro atiradas na beira das estradas, de queima de lixo e de fogueiras mal apagadas. Os inc�ndios criminosos, provocados intencionalmente, s�o as principais causas. “99,0% dos inc�ndios s�o causados pela a��o do homem. Tudo indica que o da madrugada de segunda-feira tamb�m foi provocado por vandalismo ou por descuido”, afirma o major Anderson Passos. “Com os ventos fortes, um pequeno peda�o de papel pode provocar um estrago muito grande”, completa.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
A pr�tica de inc�ndio � crime de acordo com o artigo 250 do C�digo Penal, com pena de reclus�o, de tr�s a seis anos, e multa. Se o inc�ndio for praticado em lavoura, pastagem, mata ou floresta h� o aumento de um ter�o na pena. Ainda, se o inc�ndio for criminoso, a pena � de deten��o, de seis meses a dois anos. Em se tratando de uma �rea de preserva��o ambiental o crime pode se agravar e se enquadrar como Crime Ambiental, previsto no artigo 38 da Lei 90.605/98, que estabelece pena de deten��o, de um a tr�s anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. “O problema � que � muito dif�cil  identificar o autor desse tipo de crime. Acontece de o inc�ndio come�ar depois de algumas horas que a pessoa passou por l�”, afirma o major. Segundo a Pol�cia Civil, o caso est� sendo investigado pela corpora��o.

PREVEN��O Neste ano, para prevenir ou tentar diminuir a �rea queimada, o Corpo de Bombeiros mudou a estrat�gia no Parque Nacional da Serra do Rola-Mo�a. “Al�m dos seis bombeiros militares que habitualmente ali trabalham, foram acrescidos 30 profissionais nos fins de semana e feriados”, informou o major Passos. Os militares andaram pelas �reas com maior concentra��o de pessoas e explicaram a necessidade de manter a vigil�ncia, alertando para os riscos do fogo e tamb�m sobre o potencial de destrui��o de pequenos focos. Segundo os bombeiros, em junho houve redu��o de 48% em rela��o � m�dia hist�rica de inc�ndios naquele m�s.


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