
Mais um acidente com cargas que exigem cuidados especiais fecha rodovias mineiras pelo segundo dia nesta semana. Desta vez, o acidente envolve uma carreta de cilindro carregada de oxig�nio que tombou no fim da manh� desta quarta-feira na BR-356, na Serra de Itabirito, na Regi�o Central de Minas Gerais. N�o h� previs�o para a libera��o da rodovia, mas autoridades que atendem a ocorr�ncia j� alertaram que os trabalhos devem demorar. Em cinco meses, este � o sexto acidente a expor a dificuldade do poder p�blico em a��es deste tipo e a atrapalhar a rotina de quem precisa transitar pelas rodovias.
O acidente aconteceu por volta das 12h. O caminh�o seguia no sentido Itabirito / Belo Horizonte quando o motorista perdeu o controle da dire��o. “O motorista alegou problemas no sistema de frenagem. Ele sofreu ferimentos leves e foi socorrido para uma unidade de sa�de de Itabirito pelo Corpo de Bombeiros. Ele j� recebeu alta”, explicou o Sargento Cristian Mendes, da Pol�cia Militar Rodovi�ria (PMRv).
A carreta da empresa White Martins, que est� carregada com oxig�nio, tombou fora da pista, em um a �rea de terra. Mas, por motivos de seguran�a, a rodovia teve que ser interditada. “O oxig�ncia se entrar em contato com combust�vel, gasolina ou diesel, pode ocorrer explos�es. Por isso, para efeito de seguran�a, fizemos o isolamento como determina a fica t�cnica de emerg�ncia”, afirmou o sargento.
A �rea do tombamento foi isolada em 100 metros. N�o h� previs�o para a libera��o do tr�nsito e para a remo��o do ve�culo da estrada. T�cnicos da empresa respons�vel pelo ve�culo j� est�o no local para avaliar a melhor forma de realizar os servi�os. “Est�o avaliando a possibilidade de abrir a v�lvula e dispensar o oxig�nio na atmosfera. Se isso for poss�vel, podemos liberar a pista”, comentou Cristian Mendes.
Por volta das 15h50, a PMRv informou que uma reuni�o foi feita entre agentes da corpora��o, militares do Corpo de Bombeiros, t�cnicos da White Martins, ficou definido que ser�o necess�rias mais ou menos quatro horas para libera��o das pistas da BR-356.
Segundo a PMRv, os motoristas podem pegar desvios. Quem segue em dire��o a Itabirito, deve acessar a MG-030, em Nova Lima, e seguir em dire��o a Rio Acima. Na cidade, pegar uma estrada de terra at� chegar em Itabirito. O trajeto � de 22 quil�metros. Quem n�o desejar pegar estradas de ch�o, pode seguir pela BR-040 at� Ouro Branco e acessar Ouro Preto. O trajeto � mais longo. J� os condutores que v�o para Belo Horizonte, t�m a op��o de fazer o caminho inverso.
Acidentes recorrentes
Dona da maior malha vi�ria do pa�s, Minas Gerais vem se acostumando com acidentes com ve�culos que transportam cargas perigosas. Somente neste ano, foram seis ocorr�ncias. Nessa segunda-feira, o Anel Rodovi�rio de Belo Horizonte ficou quatro horas interditado por causa do tombamento de uma carreta bitrem com cerca de 48 toneladas de res�duos usados para alimentar fornos de uma f�brica de cimento. O ve�culo ficou sem controle e parte da carga tombou no asfalto.
Em fevereiro deste ano, a BR-116, em Dom Cavati, no Vale do Rio Doce, ficou interditada por aproximadamente 28 horas, ap�s acidente com um caminh�o que transportava produto altamente inflam�vel e t�xico. Um desvio teve que ser feito pela BR-381, em Ipatinga.
Em mar�o, o tombamento de uma carreta com 18 bombonas de �cido para uso na minera��o fechou a BR-040 por mais de 12 horas em Nova Lima, na Grande BH, causando uma fila de mais de 22 quil�metros na estrada, que � concedida � iniciativa privada. No fim de maio, a BR-262, em Juatuba, (Grande BH), tamb�m concedida, ficou quase 24 horas fechada ap�s o tombamento de uma carreta carregada com 44 mil litros de �leo diesel. Na sexta-feira, uma carreta que transportava �cido sulf�rico tombou na AMG-150, na altura do km 2, em Nova Lima, e tamb�m imp�s um bloqueio que testou a paci�ncia dos motoristas.
Dificuldades
Como o Estado de Minas mostrou na edi��o de ter�a-feira, que este tipo de acidentes exp�e a dificuldade de fazer a libera��o r�pida das rodovias. Autoridades afirmam que o principal motivo para a demora � a dificuldade de contrata��o pelos respons�veis pela carga de empresas especializadas na remo��o. O fato � que a nova ocorr�ncia revela a inefic�cia de um plano que seja capaz de dar resposta r�pida e minimizar os reflexos desse tipo de ocorr�ncia. *Sob supervis�o do editor Benny Cohen