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Estado de Minas

Chapada celebra Santana e renova a esperan�a de ter de volta imagem sacra

At� domingo, moradores e visitantes poder�o participar da festa de Santana, uma tradi��o no distrito de Chapada. Faltam verbas para restaurar e garantir a seguran�a da pe�a sacra, atribu�da a Aleijadinho


postado em 28/07/2017 06:00 / atualizado em 28/07/2017 08:31

Tombada em 2005, a Capela de Santana não dispõe de estrutura de segurança para abrigar a imagem(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Tombada em 2005, a Capela de Santana n�o disp�e de estrutura de seguran�a para abrigar a imagem (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
H� dois anos, os moradores do distrito de Chapada, em Ouro Preto, na Regi�o Central, n�o podem seguir em prociss�o a imagem original da padroeira Santana, m�e de Nossa Senhora, cuja data foi celebrada na quarta-feira e tem programa��o at� domingo no distrito e em v�rias cidades de Minas. Atribu�da a Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814), de mem�ria reverenciada em 2017 pelos 280 anos de seu nascimento, a pe�a do s�culo 18 foi substitu�da por uma r�plica, segundo o p�roco Ant�nio J�sus Vieira. Diante da situa��o que entristece a comunidade, a Secretaria Municipal de Cultura e Patrim�nio de Ouro Preto est� em busca de recursos para restaurar o tesouro barroco e dotar a capela de seguran�a suficiente para abrigar, em definitivo, o bem, sob guarda do Museu de Arte Sacra, no munic�pio vizinho de Mariana, sede da arquidiocese.

“Vamos procurar os recursos necess�rios via Lei de Incentivo, j� que a imagem de Santana � importante para a comunidade, para nosso patrim�nio e tombada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan)”, afirma o secret�rio municipal de Cultura e Patrim�nio de Ouro Preto, Zaqueu Astoni Moreira. Conforme os documentos, o objeto sacro foi tombado pela autarquia federal em 1987, enquanto a constru��o, em 2005, pelo munic�pio.


At� domingo, moradores e visitantes poder�o participar da festa de Santana, uma tradi��o no distrito de Chapada.  Amanh� � noite haver� missa e carreata e no domingo, dia da festa, missa solene �s 12h, seguindo-se a prociss�o (�s 13h).

HIST�RIA Quem chega ao distrito de Chapada pode ler no frontisp�cio, sobre a porta principal da igreja, a data 1883, gravada em pedra-sab�o. Pesquisa do professor de hist�ria da arte e iconografia Alex Bohrer, autor do livro Igrejas e Capelas – Ouro Preto, a A Capela de Santana tem arquitetura simples, com uma pequena nave, uma capela-mor e telhado de duas �guas. Escreveu o especialista: “Chama aten��o na fachada principal a torre sineira desprendida da edifica��o, � direita, com telhadinho piramidal, e a curios�ssima portada em pedra-sab�o. Mesclando concep��es populares, t�cnicas e simbologia religiosa, esta portada, executada em 1883, � fruto da f� de esmoleres. Totalmente afastado – temporal e espacialmente – das fachadas rococ�s e mais ‘livre’ dos c�nones europeus de arquitetura e ornamenta��o, o artista desta portada p�de conceber uma obra original em sua ess�ncia”.

Do século 18, a imagem da mãe de Nossa Senhora está sob guarda do Museu de Arte Sacra de Mariana(foto: Prefeitura de Ouro Preto/Divulgação)
Do s�culo 18, a imagem da m�e de Nossa Senhora est� sob guarda do Museu de Arte Sacra de Mariana (foto: Prefeitura de Ouro Preto/Divulga��o)
A pesquisa mostra ainda que a capela � “herdeira da primeira arquitetura religiosa implantada pelos exploradores pioneiros, remanescente importante do patrim�nio hist�rico edificado do atual munic�pio de Ouro Preto”. E mais: “Antigas estradas ou vias de acesso � sede colonial mineira cruzavam estas paragens. O lugarejo se encontra a poucos quil�metros de algumas dessas estradas principais, cujo entroncamento dava in�cio aos afamados caminho novo e caminho velho, pontos de converg�ncia das estradas reais em Minas. Nas proximidades da Chapada ainda existem vest�gios desses caminhos, com algumas pontes e outros vest�gios”.

ESMOLERES A inscri��o central tem gravado, em latim, Anno 1883 por as Santana esmolas– o que diz respeito � a��o dos esmoleres, pessoas que sa�am, com orat�rio, pedindo donativos para constru��o de igrejas. Mais abaixo, em meio a ornatos variados, se encontra uma lan�a circundada, pelo lado direito, por um c�lice, e, pelo lado esquerdo, por um cora��o. A simbologia � clara e n�o demanda maior erudi��o: o c�lice representa o sangue de Cristo, a lan�a significa a traspassa��o, que fez o sangue jorrar na cruz, e o cora��o, ferido aqui por um cutelo, representa o mart�rio”.


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