
“Vamos procurar os recursos necess�rios via Lei de Incentivo, j� que a imagem de Santana � importante para a comunidade, para nosso patrim�nio e tombada pelo Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan)”, afirma o secret�rio municipal de Cultura e Patrim�nio de Ouro Preto, Zaqueu Astoni Moreira. Conforme os documentos, o objeto sacro foi tombado pela autarquia federal em 1987, enquanto a constru��o, em 2005, pelo munic�pio.
At� domingo, moradores e visitantes poder�o participar da festa de Santana, uma tradi��o no distrito de Chapada. Amanh� � noite haver� missa e carreata e no domingo, dia da festa, missa solene �s 12h, seguindo-se a prociss�o (�s 13h).
HIST�RIA Quem chega ao distrito de Chapada pode ler no frontisp�cio, sobre a porta principal da igreja, a data 1883, gravada em pedra-sab�o. Pesquisa do professor de hist�ria da arte e iconografia Alex Bohrer, autor do livro Igrejas e Capelas – Ouro Preto, a A Capela de Santana tem arquitetura simples, com uma pequena nave, uma capela-mor e telhado de duas �guas. Escreveu o especialista: “Chama aten��o na fachada principal a torre sineira desprendida da edifica��o, � direita, com telhadinho piramidal, e a curios�ssima portada em pedra-sab�o. Mesclando concep��es populares, t�cnicas e simbologia religiosa, esta portada, executada em 1883, � fruto da f� de esmoleres. Totalmente afastado – temporal e espacialmente – das fachadas rococ�s e mais ‘livre’ dos c�nones europeus de arquitetura e ornamenta��o, o artista desta portada p�de conceber uma obra original em sua ess�ncia”.

ESMOLERES A inscri��o central tem gravado, em latim, Anno 1883 por as Santana esmolas– o que diz respeito � a��o dos esmoleres, pessoas que sa�am, com orat�rio, pedindo donativos para constru��o de igrejas. Mais abaixo, em meio a ornatos variados, se encontra uma lan�a circundada, pelo lado direito, por um c�lice, e, pelo lado esquerdo, por um cora��o. A simbologia � clara e n�o demanda maior erudi��o: o c�lice representa o sangue de Cristo, a lan�a significa a traspassa��o, que fez o sangue jorrar na cruz, e o cora��o, ferido aqui por um cutelo, representa o mart�rio”.