
Segundo boletim de ocorr�ncia, K. contou aos policiais que sofria de hipertens�o arterial cr�nica maligna, uma doen�a gen�tica rara, que desencadeia v�rios problemas de sa�de e acomete �rg�os como o cora��o, rins, tireoide e olhos. Sobre os problemas oculares ela alegou que tinha tido deslocamento de retina e hipertens�o intraocular recentemente, devido a uma infec��o contra�da em uma cirurgia na cabe�a.
Militares registraram que, em seguida, ela apontou para cicatrizes e marcas do lado direito do rosto e para um tipo de secre��o que sa�a de seus olhos. Presa e encaminhada � Santa Casa de S�o Gotardo, K. foi examinada por um m�dico, que realizou um eletrocardiograma e a limpeza dos olhos e pediu que ela preenchesse um relat�rio. O m�dico constatou que a mulher de fato tem hipertens�o.
Em depoimento aos policiais, K. se justificou dizendo que doa��o n�o � crime e que n�o recebia ajuda de nenhum �rg�o p�blico. E ainda vende rifas e faz campanhas no Facebook para pagar uma cirurgia de R$ 7 mil que precisa fazer com urg�ncia nos olhos. Referente aos olhos, o m�dico respondeu que ela teria que ir a um especialista para confirmar a infec��o.
Enfermeiras que j� atenderam a mulher outras vezes comentaram com os militares que ela sempre impediu que limpassem seus olhos, dizendo que j� tinha tido quatro paradas card�acas. Por�m, nos exames cardiovasculares n�o h� sinais de enfartos. Durante o registro da ocorr�ncia, K. come�ou a passar mal e foi amparada pela pessoa qua a acompanhava. Ela disse que sofria convuls�es diariamente.