Os dois indicadores que subiram s�o exatamente os estupros e tentativas contra pessoas vulner�veis (menores de 14 anos e portadores de dist�rbio mental, por exemplo). Autoridades atribuem o quadro � maior divulga��o dos canais de den�ncia e campanhas para evitar esse tipo de crime, al�m da mudan�a na legisla��o. Em 2009, a Lei 12.015 passou a considerar atos libidinosos como crime de estupro, independentemente de conjun��o carnal.
Por outro lado, segundo a Secretaria de Seguran�a P�blica (Sesp/MG), de janeiro a junho de 2017, considerando todo o estado, houve queda nos casos de roubo, estupros e tentativas (exclu�das as ocorr�ncias contra pessoas vulner�veis), homic�dios e tentativas, les�es corporais, furtos, extors�es, extors�es mediante sequestro (redu��o de 50,9%) e sequestros e c�rceres privados, sempre na compara��o com igual per�odo do ano passado (veja arte).
No caso dos roubos, que vinham subindo seguidamente, a queda foi a mais significativa dos �ltimos seis anos em Minas. O recuo de 8% representa, segundo as autoridades de seguran�a, 5,3 mil ocorr�ncias a menos na compara��o com o ano passado. Neste primeiro semestre, segundo o balan�o, 57% dos munic�pios n�o tiveram registro desse tipo de crime contra o patrim�nio ou marcaram �ndice est�vel ou em queda.
Em seu pronunciamento, o governador Fernando Pimentel (PT) se mostrou satisfeito com os resultados obtidos pelas for�as de seguran�a de Minas, e comparou os dados com a situa��o do Rio de Janeiro e de S�o Paulo. “Os n�meros s�o positivos e mostram que, de fato, o trabalho que vem sendo feito pelas for�as de seguran�a do estado est�o produzindo resultados melhores do que a m�dia nacional. O Rio de Janeiro neste ano perdeu 94 policiais militares entre janeiro e junho, um n�mero extremamente expressivo. Eu diria que � quase uma estat�stica de guerra. Em S�o Paulo, outro grande estado vizinho e irm�o nosso, eu n�o tenho o n�mero das perdas das for�as e seguran�a, mas tenho outro n�mero espantoso: morreram 454 cidad�os paulistas em confrontos com as for�as de pol�cia de janeiro a junho. S�o dois n�meros aterradores, e, felizmente, n�o temos nada nem sequer parecido em Minas Gerais”, enfatizou o governador.
Homic�dios avan�am
Os homic�dios em Minas ca�ram 3,9% no primeiro semestre de 2017 na compara��o com os primeiros seis meses do ano passado. Apesar da redu��o em �mbito estadual, a situa��o de cidades-polo e de m�dio porte mineiras chama a aten��o, por terem registrado aumento expressivo nas ocorr�ncias de assassinatos no primeiro semestre de 2017. No caso mais grave, em Divin�polis, na Regi�o Centro-Oeste de Minas, o n�mero deu um salto de 71%. Em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, o aumento foi de 24%, enquanto em Nova Serrana, no Centro-Oeste do estado, as ocorr�ncias subiram 19%, mesmo �ndice registrado em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. O relat�rio da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica tamb�m identificou um aumento de 12,91% nas apreens�es de arma de fogo no estado neste primeiro semestre de 2017. Foram 1.915 artefatos recolhidos. No mesmo per�odo, em 2016, o arsenal retirado das m�os de criminosos somou 1.696 unidades. Em Belo Horizonte, o aumento do �ndice de apreens�o � ainda maior, chegando a 17,6%. A quantidade de drogas apreendidas tamb�m registrou aumento. Em 2016, nos primeiros seis meses, foram 24.488 ocorr�ncias, enquanto de janeiro a junho de 2017 o n�mero de registros foi de 31.112, crescimento de 13,1%. Em BH, em compara��o com igual per�odo de 2016, houve aumento de 25,9% nas apreens�es de entorpecentes.
* Estagi�rio sob supervis�o do editor Andr� Garcia
ENQUANTO ISSO...
...Mais v�timas vulner�veis
De janeiro a junho de 2016, foram registrados 1.189 casos de estupro de vulner�veis no estado, contra 1.352 no mesmo per�odo deste ano, o que representa aumento de 13,7%. Uma das v�timas desse tipo de agress�o foi uma pr�-adolescente de 12 anos, atacada em maio por um homem de 65, em Raposos, na Grande BH. Ant�nio Barbosa da Costa foi detido quinta-feira, depois que a Justi�a decretou sua pris�o. A v�tima contou que estava em um ponto de �nibus antes de ir para a escola quando foi abordada. Segundo a den�ncia, o agressor usou de viol�ncia e amea�ou matar familiares dela caso fosse denunciado. Em caso de condena��o, o acusado, que admite ter mantido rela��es com a menina, mas nega t�-la for�ado, pode pegar at� 15 anos de pris�o.