
A Gerdau informou em nota que ainda trabalha para detectar as causas do acidente e que presta assist�ncia �s fam�lias das v�timas. A Pol�cia Civil abriu inqu�rito para investigar as causas da explos�o. J� o Sindicato dos Metal�rgicos de Ouro Branco e Base (Sindob) cobrou melhorias na manuten��o preventiva. “Ao que sabemos, ocorreu uma igni��o na parte inferior, onde os oper�rios realizavam a manuten��o”, disse Carlos Jos� Ribeiro Cavalcante, diretor administrativo do Sindob. “Nesta mesma coqueria houve uma explos�o na chamin�, em 2015”, acrescentou.
Os 10 feridos na explos�o de ontem foram encaminhados ao Hospital Funda��o Ouro Branco (FOB) que, por orienta��o da Gerdau, n�o divulgou informa��es sobre o estado de sa�de deles, segundo disse uma atendente por telefone. Dois dos oper�rios seguiram de imediato para a Unidade de Tratamento Intensivo mas, devido � gravidade dos ferimentos, foram transferidos de helic�ptero para o setor de queimados do Hospital Jo�o XXIII, em Belo Horizonte.
Os dois corpos, de um funcion�rio da empresa e de um integrante de uma empreiteira, foram levados no fim da tarde para o Instituto M�dico Legal de Conselheiro Lafaiete em carros de funer�rias locais, depois de encerrados os levantamentos dos peritos da delegacia de Pol�cia Civil de Congonhas. A corpora��o informou que iniciou as investiga��es das causas do acidente, mas que vai manter sigilo para n�o atrapalhar as apura��es. A corpora��o tamb�m n�o deu informa��es sobre os inqu�ritos relativos �s explos�es anteriores. Em nota, a Gerdau confirmou a ocorr�ncia em sua usina e afirmou que as pessoas feridas “foram socorridas imediatamente e encaminhadas ao FOB.”
MANUTEN��O O presidente do Sindob, Raimundo Nonato Roque de Carvalho, afirmou que o novo acidente aumenta a preocupa��o de trabalhadores. Segundo ele, oper�rios temem pelas condi��es de seguran�a na usina desde novembro do ano passado, quando quatro pessoas morreram depois da explos�o do gas�metro de um dos altos-fornos. No m�s seguinte, outra morte foi registrada em ocorr�ncia semelhante na aciaria – onde o ferro-gusa � transformado em a�o.
“Agora, j� s�o sete �bitos de trabalhadores nas instala��es da empresa em Ouro Branco em nove meses”, ressalta Carvalho. “Estamos denunciando frequentemente a falta de manuten��o preventiva na usina. Hoje mesmo (ontem) entregamos boletim pela manh� aos oper�rios alertando para que tivessem cuidado na �rea e durante as manuten��es, mas n�o foi o suficiente para evitar a trag�dia”, acrescentou o sindicalista.
Sobre as cr�ticas do Sindob, a Gerdau informou que “os equipamentos da usina Ouro Branco est�o em condi��es adequadas, obedecendo aos padr�es de seguran�a estabelecidos na legisla��o vigente.” A empresa ressaltou ainda que “a usina possui um estruturado programa de manuten��o, que contempla atualiza��o cont�nua das equipes, das pr�ticas e dos procedimentos de manuten��o.”