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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Caverna revela vida pr�-hist�rica com pregui�a-gigante na regi�o de BH

Descoberta de uma paleotoca e possibilidade da confirma��o de outras na regi�o de BH indica presen�a desses animais h� at� aproximadamente 10 mil anos


28/07/2023 05:25 - atualizado 28/07/2023 07:51
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Esqueleto de bicho-preguiça gigante, imagem meramente ilustrativa
Esqueleto de bicho-pregui�a gigante, imagem meramente ilustrativa (foto: LadyofHats/Wikimedia Commons)
Animais pr�-hist�ricos como pregui�as-gigantes, com quatro toneladas e seis metros de extens�o, vivendo na �rea em que, mil�nios depois, veio a se transformar na regi�o metropolitana de Belo Horizonte.

A descoberta de uma paleotoca e a possibilidade da confirma��o da exist�ncia de outras na imedia��es da capital mineira e na pr�pria cidade indica a presen�a desses animais na regi�o h� at� aproximadamente 10 mil anos, quando foram extintos.

Paleotoca � o nome dado para cavidades abertas por esses animais. Uma das principais caracter�sticas dessas aberturas na terra s�o ranhuras ao seu entorno, provocadas pelas longas garras dos mam�feros.

A paleotoca descoberta fica na regi�o da Serra do Gandarela, pr�ximo ao parque nacional, e tem 340 metros. A cavidade est� a cerca de 40 quil�metros de Belo Horizonte, dentro de propriedade da mineradora Vale.

A cavidade foi descoberta pela pr�pria empresa. O fato de estar dentro de terreno da mineradora preocupa espele�logos, que s�o especialistas no estudo de cavernas.

"A regi�o merece um estudo profundo, j� que existe a possibilidade de haver um grande complexo de paleotocas no local", afirma Luciano Faria, da Sociedade Brasileira de Espeleologia.

 

Esse tipo de cavidade � protegido por lei federal. A mineradora Vale afirma adotar medidas para que a paleotoca seja preservada, realizando estudos sobre a biodiversidade na estrutura, impactos do clima e estabilidade geot�cnica.

Outra cavidade que pode ser uma paleotoca foi localizada em 2017 no Parque das Mangabeiras, no extremo sul da capital mineira. O achado foi apresentado no 35º Congresso Brasileiro de Espeleologia, realizado em Bonito (MS) em 2019. A poss�vel paleotoca tem 8,7 metros de comprimento.

"A cavidade apresenta marcas n�tidas de garras o que sugere uma g�nese por a��o bioerosiva, ou seja, que tenha sido escavada por algum animal da megafauna extinta", diz o registro da apresenta��o da descoberta no congresso.

A possibilidade da ocorr�ncia de tantas paleotocas pode ajudar na compreens�o da vida animal na regi�o no per�odo pr�-hist�rico. "Esses animais n�o eram eremitas. N�o viviam isolados", diz o espele�logo Faria.

 

O representante da mineradora Vale para a �rea, o tamb�m espele�logo Robson Zampaulo, afirma que a paleotoca descoberta pela empresa em 2010 serve, atualmente, como abrigo, local de reprodu��o e alimento para esp�cies que vivem na superf�cie e em ambientes subterr�neos.

"As grandes dimens�es, marcas de garras nas paredes e tetos, morfologia e se��es da caverna permitem atribuir parte de sua g�nese �s pregui�as-gigantes de dois dedos, constituindo um importante registro da megafauna extinta de mam�feros na regi�o", diz.


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