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Estado de Minas

Alerta para HIV em BH cresce entre mais jovens

Apesar de a preval�ncia nacional do HIV ser de 0,4% a 0,7% na popula��o de 15 a 49 anos, e o �ndice poder ser usado como refer�ncia para BH, percentuais de infec��o podem chegar a 10% entre grupo de homens de 15 a 29 anos que t�m rela��o sexual com outros homens


postado em 19/08/2017 06:00 / atualizado em 28/08/2017 16:16

Gerente de centro de testagem, Raquel da Silva diz que muitas pessoas ainda têm relações sexuais sem proteção(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Gerente de centro de testagem, Raquel da Silva diz que muitas pessoas ainda t�m rela��es sexuais sem prote��o (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Dados do Programa Conjunto das Na��es Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) indicam que a preval�ncia de HIV no Brasil � de 0,4% a 0,7% na popula��o de 15 a 49 anos. Apesar de n�o haver estat�sticas espec�ficas para Belo Horizonte, o dado nacional pode ser usado como refer�ncia, o que significa dizer que cerca de 10 mil pessoas podem estar infectadas pelo v�rus em BH. O n�mero leva em considera��o a estimativa de popula��o da capital mineira em 2015 e a preval�ncia m�nima do programa, de 0,4%. Mas h� grupos em que a taxa de infec��o � muito superior, o que preocupa autoridades de sa�de. Os percentuais mais altos t�m sido percebidos entre dois deles: homens jovens, de 15 a 29 anos, que fazem sexo com outros homens e que t�m registrado 10% de positividade para HIV. Entre as profissionais do sexo, os exames t�m sido reagentes, ou seja, positivos, em 5% dos casos.

Foi por volta dos seus 29 anos que o assistente administrativo R., hoje com 38 anos, se infectou com o HIV. Em 2014 ele recebeu o diagn�stico, mas j� estava contaminado havia cerca de seis anos, segundo profissionais de sa�de que fazem seu acompanhamento na rede SUS-BH. A descoberta do v�rus ocorreu quando ele procurou um centro de sa�de em estado debilitado e sintomas como emagrecimento e baixa imunidade. Depois de v�rios exames, descobriu que tinha s�filis e tamb�m estava com o v�rus que transmite a Aids. Em seis meses, a s�filis estava tratada, mas a infec��o pelo HIV, incur�vel, exige dele tratamento cont�nuo e acompanhamento para detec��o da carga viral, hoje muito baixa.

“Na �poca foi uma not�cia muito dif�cil. A m�dica que me atendeu disse que eu j� estava com o v�rus havia mais tempo, cerca de seis anos, por causa da minha condi��o f�sica debilitada. A s�filis foi uma doen�a secund�ria e por causa dela � que descobri o HIV”, contou R. Apesar de hoje ele levar uma vida normal e ter bom estado de sa�de, o paciente que se trata na Rede SUS-BH disse ter revelado a infec��o para poucas pessoas. “Ainda existe muito preconceito e falta de aceita��o, porque as pessoas ainda enxergam o v�rus pensando em um estere�tipo, quando, na verdade, qualquer pessoa pode estar infectada, n�o somente grupos espec�ficos”, destacou.

Ele ainda critica as campanhas de conscientiza��o em torno do tema. “As campanhas que chamam para o teste e para a infec��o sempre tratam da preven��o, do diagn�stico e do tratamento. Mas n�o focam na quest�o do estigma em torno de quem tem o v�rus”, opinou. A respeito da rede de testagem em BH, o assistente afirma que o servi�o � eficiente e importante, principalmente por ser gratuito e acess�vel. Mas defende que o atendimento deveria ser estendido aos hospitais, nos mesmos moldes dos centros de sa�de e de centros de testagem.

Medica��o A gerente do Centro de Testagem e Aconselhamento Sagrada Fam�lia, Raquel �lvares da Silva, confirma que os resultados positivos t�m se concentrado entre o p�blico masculino jovem, que � tamb�m maioria na unidade, que realiza cerca de 800 testes r�pidos por m�s. “S�o, de modo geral, pessoas esclarecidas, com acesso � informa��o, e que ainda assim t�m tido rela��es sexuais desprotegidas. Muitos relatam que n�o usam o preservativo”, diz. H� ainda uma crescente “medica��o da preven��o”, como explica a gerente. “As pessoas t�m optado pela profilaxia p�s-exposi��o em vez de se prevenir”, afirma.

Segundo ela, muitas pessoas, em vez de usar preservativo, recorrem aos medicamentos que fazem parte do coquetel usado no tratamento da Aids para evitar a contamina��o pelo HIV. Esses medicamentos devem ser tomados em at� 72 horas para impedir a infec��o pelo v�rus e sempre com orienta��o m�dica.

Em nota, a Secretaria Municipal de Sa�de informou que os tratamentos das infec��es pelo HIV/Aids, hepatites virais e s�filis s�o gratuitos e integralmente dispon�veis pela Rede SUS e que, quanto mais precoce forem o diagn�stico e in�cio do tratamento, menores as possibilidades de adoecimento e transmiss�o desses agravos para outras pessoas.


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