
Mais comumente praticado contra o cabeamento da rede el�trica da Cemig, o furto de fia��o que alimenta sem�foros gera uma despesa para a BHTrans que j� chega a R$ 20 mil neste ano, mas o maior impacto talvez esteja nas horas de tr�nsito parado, com preju�zos econ�micos, irrita��o e perda de compromisso por motoristas presos em engarrafamentos. Ontem, em meio ao caos instalado nas vizinhan�as, uma equipe colocava cabos novos nos sem�foros da Bias Fortes, enquanto outra estava na Avenida Oiapoque, entre as ruas S�o Paulo e Curitiba, repondo fios furtados pela terceira vez em apenas cinco dias no Centro de Belo Horizonte.
Pouco antes da chegada dos respons�veis pela manuten��o, a situa��o era cr�tica, com ve�culos transitando pela Bias Fortes em meio aos carros que atravessavam a avenida pelas ruas Timbiras e Curitiba. Houve um momento em que uma pessoa resolveu tentar organizar o tr�nsito por conta pr�pria, j� que ningu�m conseguia seguir seu caminho sem interfer�ncias. Agentes da BHTrans compareceram ao local para tentar desatar o n� e a situa��o foi totalmente resolvida �s 8h39, com a reativa��o dos sem�foros.

Segundo a BHTrans, em todo o ano passado a empresa gastou R$ 210 mil para repor material danificado por vandalismo, incluindo objetos furtados, depredados e destru�dos por acidentes. S� com os cabos, o preju�zo foi de R$ 14 mil, para substituir 3.642 metros de fios. De janeiro a junho de 2016, foram 2.852 metros, o que consumiu mais R$ 11 mil. O dano j� subiu para R$ 20 mil no primeiro semestre deste ano, per�odo em que a empresa precisou repor 5.132 metros de cabos.
Os furtos de fia��o viraram um desafio para a empresa de transporte e tr�nsito, que tenta imaginar maneiras diferentes de combater o crime. “Temos pontos recorrentes onde v�m ocorrendo esses atos de vandalismo, como o Complexo da Lagoinha. Para tentar minimizar a situa��o, fazemos um estudo sobre como est�o sendo feitos os furtos. Em alguns locais, enterramos o cabeamento e temos de retirar caixas de passagem, para evitar que v�ndalos tenham acesso. At� mesmo mobili�rio de alum�nio, como a tampa onde fica o visor de sem�foro de pedestres, tivemos que trocar para pl�stico”, explicou o gerente de Sem�foros da BHTrans, Ant�nio Celso Silva Medeiros.

Cemig perdeu R$ 492 mil com furtos de cabos
Os roubos de cabos de cobre, que agora chegam com intensidade ao sistema de sem�foros de Belo Horizonte, provocando preju�zo de R$ 20 mil apenas no primeiro semestre, estendem seus impactos a outros setores da cidade. A Cemig e as empresas de telefonia tamb�m t�m o desafio de combater esses danos. Somente no ano passado, a estatal de energia el�trica, por exemplo, teve preju�zos de aproximadamente R$ 492 mil com o vandalismo apenas em subesta��es localizadas na regi�o metropolitana da capital, onde foram registradas 14 ocorr�ncias.
A capit�o Molise Zimmerman, assessora de comunica��o do Comando de Policiamento da Capital (CPC), informa que a Pol�cia Militar monitora as c�meras do Olho Vivo e envia viaturas aos locais da cidade em que � constatado qualquer tipo de ind�cio de crime, al�m de fazer o patrulhamento rotineiro nas ruas. Por�m, a militar informou que n�o h� a��o espec�fica para coibir furto de cabos semaf�ricos ou objetos da rede el�trica. “Em caso de furto, a PM registra o fato ap�s ser acionada por quem � de direito. N�o existe uma a��o espec�fica e direta da PM destinada a prevenir esse tipo de furtos, tendo em vista serem um patrim�nio do munic�pio”, afirma.

“De madrugada, o servi�o � restabelecido quase de imediato. Mas durante o dia, a empresa terceirizada tem 90 minutos para resolver a ocorr�ncia desde o momento em que foi acionada. Quando h� os roubos de cabos demora um pouco, pois � preciso passar o cabeamento todo novamente”, completou.
Normalmente, os v�ndalos que praticam este tipo de roubo cometem o crime para vender o cobre. Mas, correm risco de acidentes, que podem ser fatais. “Toda a energia do cabo � de 220 volts. A possibilidade de um choque el�trico � muito grande. Nossos empregados trabalham com equipamentos de seguran�a para evitar essas situa��es, por exemplo”, disse Medeiros.