PM p�e em funcionamento 86 bases m�veis comunit�rias nas ruas de BH

Com o desafio de aumentar a distribui��o do policiamento pelas ruas de Belo Horizonte e, consequentemente, a sensa��o de seguran�a dos cidad�os, a Pol�cia Militar investe na distribui��o de 86 bases comunit�rias m�veis pela cidade. As vans, que ter�o quatro policiais vinculados por ve�culo, dois deles fazendo o patrulhamento de moto no entorno da base (veja arte), funcionar�o diariamente das 14h � 0h, intervalo que, segundo a PM, concentra a maior parte dos crimes em BH. Ficar�o em pontos considerados concentradores da criminalidade, e tamb�m de grande circula��o de pessoas. O formato � a maior aposta da PM para conquistar os moradores de BH, antes de anunciar uma decis�o sobre 10 endere�os f�sicos onde hoje funcionam companhias de pol�cia da capital. A corpora��o estuda mudan�as nesses locais, que podem culminar no fechamento e remanejamento de PMs para a sede dos batalh�es, na tentativa de racionalizar a administra��o. Essa decis�o s� ser� tomada a partir de dezembro, mas j� desperta preocupa��o e protestos de setores da popula��o.

Enquanto o futuro de 10 das 24 companhias de pol�cia ainda � estudado, a PM garante que a realidade de hoje na cidade � a presen�a de 110 pontos de atendimento ao cidad�o, contando as 86 bases e as 24 companhias. Com as bases, a corpora��o sustenta que a popula��o sempre vai encontrar um ponto de atendimento a no m�ximo quatro quil�metros de dist�ncia do outro, podendo aumentar o poder de atua��o instant�neo em casos de registro de crime.

Em todos esses locais � poss�vel registrar ocorr�ncias e a aposta do comandante-geral da corpora��o, coronel Helbert Figueir� de Lourdes, � garantir presen�a mais ostensiva do policiamento nas ruas, demanda priorit�ria de quem circula pela cidade. “O atendimento � concentrado, primeiro, na disponibilidade para o cidad�o ao ver a base para registrar sua ocorr�ncia e, segundo, no patrulhamento preventivo. As bases t�m acesso �s c�meras do Olho Vivo da �rea onde est�o presentes, e por esse monitoramento t�m condi��es de solicitar que o militar em patrulhamento v� ao local e cheque alguma situa��o de suspei��o, gerando um grande potencial preventivo”, diz o coronel.

Para viabilizar esse efetivo de 344 policiais, 206 militares que atuavam no setor administrativo j� est�o nas ruas, refor�ando o setor operacional. Na Regi�o Centro-Sul de BH, por exemplo, as bases est�o em locais como a Pra�a Sete, o Mercado Central, a pra�a da rodovi�ria e a pra�a da Assembleia. Todas as regi�es da cidade est�o contempladas e foram investidos cerca de R$ 20 milh�es no projeto de policiamento comunit�rio at� agora. Durante a solenidade de lan�amento do modelo, ontem, o governador Fernando Pimentel (PT) destacou em pronunciamento que, apesar da crise financeira que a administra��o enfrenta, o modelo ser� estendido para todo o estado.

Em BH, inicialmente, as bases m�veis n�o ficar�o 24 horas nos 86 pontos escolhidos. Elas v�o funcionar das 14h � 0h, iniciando o recolhimento dos equipamentos para deslocamento de volta aos batalh�es �s 23h30. Segundo o coronel Helbert Figueir�, de dois em dois meses haver� uma avalia��o para ajustes necess�rios e a expectativa da corpora��o � estender a opera��o tamb�m para o per�odo da manh�.

Fechamento de unidades

Durante a entrevista para explicar a din�mica do policiamento que atuar� nas bases, o comandante tamb�m falou sobre estudos que a corpora��o est� fazendo para desativar alguns endere�os da PM em Belo Horizonte, como forma de otimizar os recursos. Segundo o coronel, atualmente, h� 24 companhias de pol�cia na cidade e 10 delas podem ser deslocadas para a sede dos respectivos batalh�es, mantendo o efetivo. Por�m, essa decis�o ainda est� sendo estudada pela PM. De acordo com o coronel, nenhuma mudan�a no atual sistema ser� feita antes de dezembro.

A explica��o da PM para justificar um poss�vel recolhimento das 10 companhias para as sedes dos batalh�es � a economia de recursos, com otimiza��o dos setores administrativos dessas unidades. “A comunidade de Belo Horizonte pode ficar tranquila, que nenhuma a��o da PM ser� feita em desfavor dela. Nada ser� decidido sobre recolhimento de companhias antes do m�s de dezembro, antes de a gente testar essas bases, fazer um estudo do efeito e do impacto na criminalidade que elas v�o oferecer para BH”, completa o militar.