Atendimentos de acidentes com crian�as aumentam em Belo Horizonte

Uma distra��o com crian�as pode provocar ferimentos graves ou trag�dias envolvendo os pequenos. O n�mero de atendimentos de acidentes – como quedas, queimaduras, intoxica��o, entre outros – com meninos e meninas vem aumentando nos �ltimos tr�s anos. Somente na Cl�nica Pedi�trica do Hospital Jo�o XXIII, refer�ncia nacional no Sistema �nico de Sa�de (SUS) na assist�ncia ao trauma pedi�trico, foram atendidas, em m�dia, 32,9 crian�as por dia em 2015. No ano seguinte, a m�dia subiu para 36,2 por dia. Em 2017, de janeiro at� 25 de agosto, j� s�o 36,6 atendimentos di�rios.

Nesta quarta-feira, � comemorado o Dia Nacional de Preven��o de Acidentes na Inf�ncia. Na tentativa de diminuir o n�mero de casos, m�dicos procuram implantar uma cultura nos profissionais de sa�de de alertar os pais e familiares sobre os riscos. “Queremos transmitir para a comunidade m�dica a necessidade de criar a cultura de conversar sobre os atos de seguran�a nas consultas de pediatria. Em toda consulta recomendamos citar algumas medidas que podem ser tomadas enquanto a crian�a vai se desenvolvendo”, explicou o coordenador da cl�nica pedi�trica do Hospital Jo�o XXIII, Andr� Gon�alves Marinho. “Temos que focar na cultura dos profissionais de sa�de. Trabalhar com as fam�lias e os pais, que n�o � ficar vigilante 24 horas, mas criar ambientes e pr�ticas seguras”, completou.

Os dados da Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) refor�am os cuidados que se deve ter com as crian�as e adolescentes. Em 2015, foram 12.062 atendimentos. No per�odo seguinte, foram 13.236. Neste ano, at� 25 de agosto j� s�o 8.678. A maioria delas foi por quedas, 2.342 no total. Outras 1.624 foi por ingest�o de corpo estranho, 442 casos de intoxica��o e 253 de acidentes de tr�nsito, sendo 103 por atropelamento.

“Temos algumas recomenda��es que devem ser seguidas pelos pais. Assim que a crian�a vai se desenvolvendo, mudan�as devem ser feitas dentro das casas. Quando ela est� engatinhando, por exemplo, � preciso ter cuidados com tomadas, recolher fios de cabos de celulares e tomar cuidado com locais onde podem ocorrer quedas. J� com a crian�a conseguindo andar, os cuidados devem ser com camas, sof�s e intoxica��o. N�o adianta colocar rem�dios e produtos de limpeza no alto, pois elas os pegam. Ent�o, eles devem estar em locais bem trancados”, comentou Marinho.

Outra preocupa��o � em rela��o a piscinas e baldes. “N�o podemos deixar crian�as de um ano perto dos vasos sanit�rios e baldes, pois podem cair e se afogar”, afirma o m�dico. Neste ano, ao menos tr�s crian�as morreram nessa situa��o. A �ltima delas foi em um acidente em 18 de agosto. Uma crian�a de 1 ano e seis meses morreu afogada na piscina de um s�tio no Bairro Quintas S�o Jos�, em Esmeraldas, na Grande BH. A m�e fazia faxina na propriedade quando se distraiu.

Em janeiro, foram dois casos semelhantes. No dia dois, uma crian�a de um ano e meio morreu afogada em uma piscina de pl�stico com capacidade para 1 mil litros, comprada pela fam�lia no Natal. O caso ocorreu no Bairro Vila Togni, em Po�os de Caldas, no Sul de Minas Gerais. Tr�s dias depois, um menino de 3 anos e meio morreu afogado em uma das piscinas de um condom�nio em Montes Claros, no Norte de Minas.

Tr�nsito

As estat�sticas de atropelamentos de crian�as e adolescentes tamb�m assustam. Para Marinho, os pais e respons�veis devem tomar mais cuidados ao caminhar e atravessar as ruas. “Muitos t�m a pr�tica de deixar as crian�as desacompanhadas nas ruas. Temos que ficar de m�os dadas para atravessar. Quando forem mais novas, o recomendado � coloc�-las no colo”, disse.

RB