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Estado de Minas

Pol�cia aponta prefeita de Santa Luzia como mandante de assassinato de jornalista

As investiga��es apontaram que o crime foi motivado por disputa eleitoral. Roseli Ferreira Pimentel foi presa na �ltima quinta-feira na cidade


postado em 11/09/2017 15:35 / atualizado em 12/09/2017 07:47

Prefeita de Santa Luzia foi presa na última quinta-feira na cidade(foto: Reprodução da Internet)
Prefeita de Santa Luzia foi presa na �ltima quinta-feira na cidade (foto: Reprodu��o da Internet)

A prefeita de Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, Roseli Ferreira Pimentel, foi indiciada por homic�dio duplamente qualificado pela morte do jornalista Maur�cio Campos Rosa, de 64 anos, pelo uso de verbas p�blicas para pagar os assassinos e por ocultar provas do crime. As investiga��es apontam que o assassinato foi motivado pela disputa eleitoral do ano passado. De acordo com o delegado C�sar Matoso, respons�vel pelas investiga��es, a administradora municipal, presa na quinta-feira, pagou R$ 20 mil pelo crime. O recurso teria sido retirado da Secretaria Municipal de Sa�de, mas com nota emitida pela Secretaria Municipal de Educa��o com a justificativa de que a verba seria utilizada para a compra de mam�o destinado � merenda escolar.

O assassinato do jornalista, que era dono do jornal O Grito, ocorreu em 17 de agosto de 2016. Maur�cio foi atingido por cinco tiros quando deixava a casa de Alessandro de Oliveira Souza no Bairro Frimisa, que presenciou o crime. De acordo com a PM, uma testemunha disse que Rosa havia acabado de sair do im�vel quando foi baleado. Ele foi atingido por um disparo no pesco�o e quatro nas costas, levado pelos policiais at� o Pronto-Atendimento do Bairro S�o Benedito, mas precisou ser transferido para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, onde morreu. O jornal O Grito � distribu�do gratuitamente em Santa Luzia h� mais de 20 anos com not�cias da regi�o.

De acordo com o delegado, as investiga��es apontam que o dinheiro utilizado para pagar os criminosos saiu da administra��o municipal. “Esse dinheiro foi cal�ado por uma nota da Educa��o, mas compensado por recursos da sa�de. A nota utilizada para tentar cal�ar esse valor � de mam�o da merenda escolar. Mas o recurso p�blico est� sendo compensado pela Secretaria da Sa�de, pelo aluguel de um posto de sa�de”, explicou o delegado. Os levantamentos contra Roseli come�aram depois do relato de uma testemunha. “A investiga��o demandou um ano de muito trabalho. A suspei��o contra a indiciada Roseli come�ou depois de um relato de uma testemunha, integrante do grupo pol�tico da indiciada, que revelou a motiva��o do assassinato”, informou o delegado.

A pol�cia acredita que Roseli vinha sendo chantageada pelo jornalista: “A prova indici�ria � muito forte no sentido de que a motiva��o se deu por chantagens da v�tima, que cobrava valores em dinheiro da ent�o candidata a prefeita do munic�pio de Santa Luzia. Essa ordem (assassinato) partiu dela a um auxiliar, que contratou o executor”, completou. O delegado explicou que o jornal publicava mat�rias favor�veis ao munic�pio mas, de acordo com testemunhas, amea�ava mudar a linha editorial se n�o recebesse propina. Com medo, Roseli teria decidido encomendar a morte do jornalista. A execu��o teria sido planejada tr�s dias antes do crime, durante uma festa junina na Vila Ferraz, em Santa Luzia.
Veja como foi a emboscada que resultou na morte do jornalista (clique para ampliar a imagem)(foto: Lelis)
Veja como foi a emboscada que resultou na morte do jornalista (clique para ampliar a imagem) (foto: Lelis)

ENCOMENDA Foi ent�o que Alessandro de Oliveira Souza, que a v�tima acabara de visitar quando foi alvejada, passou de testemunha a suspeito. Alessandro seria, segundo as investiga��es, o respons�vel por intermediar o contato do jornalista com a prefeita, mas tamb�m a pessoa incumbida por Roseli de contratar o executor do assassinato. “Por meio das c�meras de diversos bairros da cidade, conseguimos refazer o trajeto desde o encontro com Alessandro at� o momento do assassinato”, informa o delegado. Na sa�da do jornalista da casa, tr�s homens, identificados pela pol�cia como Paulo C�sar de Almeida (executor), David Santos Lima (auxiliar), Gustavo S�rgio Soares Silva (motorista) – aguardavam a v�tima em um ve�culo Parati 1993, de cor escura met�lica. Os assassinos sabiam exatamente o hor�rio em que o jornalista estaria no im�vel, o que passou a ser um ponto de desconfian�a para pol�cia: “Em geral, a v�tima n�o tinha roteiro determinado”, diz o delegado.

No decorrer das investiga��es, outras pessoas foram apontadas por pactuarem com o crime. “No dia do crime, a v�tima foi socorrida e levada at� um posto, onde uma servidora p�blica retirou pertences da v�tima, como dinheiro, carteira, sapato, roupa, bens. Os objetos deviam estar no poder da administra��o, mas foram levados at� o gabinete da prefeita, por ordem de Roseli”, disse o delegado. At� o momento, n�o foram encontrados. Portanto, al�m do homic�dio duplamente qualificado, a prefeita vai responder tamb�m por peculato – por ocultar as provas do crime e pelo desvio de verba p�blica para financi�-lo. Ela foi presa na quinta-feira em uma opera��o montada pela Pol�cia Civil e encaminhada para o Complexo Penitenci�rio Feminino Estev�o Pinto.

No total, foram nove indiciados – sendo David Santos Lima, Alessandro de Oliveira Souza, e Gustavo S�rgio Soares Silva, Paulo C�sar Florindo de Almeida e Roseli Ferreira Pimentel por homic�dio. Por�m, o executor dos disparos, Paulo C�sar Florindo de Almeida, ainda n�o foi localizado pela pol�cia. Outras quatro pessoas foram indiciadas pelo crime de peculato, s�o elas: a tesoureira da Prefeitura Municipal de Santa Luzia M�nica Maria, Lara Augusto Rocha, Tarick Elias Bruck Campos e o policial militar Leonardo L�cio Morais.


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